Coleção pessoal de bluestillskin
"Eu vi uma das mentes mais brilhantes da minha geração ser destruída pela loucura. Ah, espera um minuto. Minha geração não tem mentes brilhantes."
Eu tenho um milhão de coisas para falar com você. Tudo que eu quero neste mundo é você. Eu quero ver você e falar. Eu quero os dois de nós para começar tudo desde o começo.
Sou o tipo de sujeito que gosta de estar sozinho consigo mesmo. Para dizer de um modo mais agradável, sou o tipo de pessoa que não acha um sofrimento ficar só. Não acho que passar uma ou duas horas correndo sozinho todos os dias, sem falar com ninguém, além de passar quatro ou cinco horas sozinho em minha mesa, seja difícil nem chato. Tenho essa tendência desde que era mais novo, quando, caso tivesse escolha, preferia ficar sozinho lendo um livro ou concentrado ouvindo música a estar na companhia de alguém. Sempre fui capaz de pensar em coisas para fazer quando estou sozinho.
Oportunidades perdidas, possibilidades goradas, sentimentos que nunca mais voltaremos a viver. Faz parte da vida. Mas dentro da nossa cabeça, pelo menos é aí que eu imagino que tudo aconteça, existe um quartinho onde armezanamos todas as recordações. E a fim de compreendermos os mecanismos do nosso próprio coração temos que ir sempre dando entrada a novas fichas, como aqui [na Biblioteca] fazemos. Volta e meia precisamos de limpar o pó às coisas, deixar entrar ar, mudar a águia das plantas. Por outras palavras, cada um vive para sempre fechado dentro da sua própria biblioteca.
A coisa mais importante que aprendi na escola é o fato de que as coisas mais importantes não podem ser aprendidas na escola.
Talvez haja alguma coisa que você tem medo de dizer, ou alguém que você tem medo de amar, ou algum lugar que você tem medo de ir. Vai doer. Vai doer porque é importante.
Eu finalmente descobri que eu sou solitário por natureza, mas ao mesmo tempo eu sei que muitas pessoas, muitas pessoas pensam que possuem um pedaço de mim. Elas mudam e se movem sob a minha pele, como um desfile de memórias que simplesmente não vão embora. Não importa onde eu estou, ou como estou sozinho, eu sempre tenho uma cabeça cheia de gente.
Morremos um para o outro por dia. O que sabemos de outras pessoas é apenas nossa memória os momentos em que nós conhecíamos eles. E eles mudaram desde então. Para fingir que eles e nós somos o mesmo é uma convenção útil e conveniente social, que por vezes têm de ser quebrado. Devemos lembrar também que em cada reunião estamos cumprimentando um estranho.