Coleção pessoal de Bissueque
Estou nesta noite de joelhos diante de ti senhor, para confessar o quanto nós pecamos em cada minuto neste mar que já nem tem rosas.
Preciso aprender a contar a nossa história, porquê já não é para viver, é para contar ainda que não tenham as velas nem as rosas, apenas em volta da fogueira.
E há uma vida única que eu preciso aprender a viver e aprender a perder. Eu não sei qual é a raiz desta vida que só pelo sopro do vento, o vento arranca.
A noite! não está para dormir, no ocidente os homens andam castrados, a esperança some, a prosperidade some, muito mais a idade e quando tudo some, é igual a zero. É mais fácil ver o que não conquistamos do que aquilo que já conquistamos.
Que nos dê a vida senhor ao nível que precisamos, e que nos conceda o seu amor, a sua proteção segundo a sua vontade. Soubemos que não estamos num rebanho sem pastor, é o mais que me alegra.
Se o amor continuar a sarar? E...se houver a sabedoria de como dominar o ego, será que havemos de ver a beleza da lua? Sera que havemos de perceber o sentido da vida?
Soubemos nós, que nós somos prisioneiros que nunca sairíamos desta prisão e nem o pouco poderíamos merecer e aqui na terra, ainda estamos em guerra e vimos sempre os filhos dos homens abandonando as suas terras para ir morrer noutras terras.
Afronte é guerra e nós seguimos invicto, na frente com a mente de crente até lá onde o sol se põe, onde o vento era só pra..
Poema de: Rosário Felizardo Bissueque
SUPLICAS DE MINHA CAVERNA
Que a poesia continue a ser um meio de libertação
E há uma vida única que eu preciso aprender a viver e aprender a perder, eu não sei qual é a raiz desta vida, que só pelo sopro do vento, o vento arranca.
O VELHO MENDIGO Mendiguei á vida inteira, sou velho que sou, eu nunca tive alguém que me amou verdadeiramente nessa vida, nunca tive e nem filhos tenho se não as barbas brancas.
Eu não sei cuidar mesmo da minha própria vida e se um dia eu tiver que partir que não seja o coração de ninguém porque eu não pertenço nem mesmo á vida inteira. Vivi, amei, vi um pouco de tudo e as vidas ceifadas em segundos é oque mais vi, só nunca vi o bem mas houve um dia em que eu julguei ter visto tudo.
As minhas barbas são grandes, brancas, sujas e fortes, tornaram-se assim naturalmente e eu gosto, eu gosto porque é o que pelo menos não faltou em mim.
Os meus olhos são cansados, como se eu quisesse dormir. As minhas unhas são fortes e são mais velhas que os meus desejos. Não falo do amor, porque não tenho além do meu próprio e a única coisa que me acompanhou em toda minha vida e sempre esteve comigo, foi a minha sombra.
Consideraram me luz só no primeiro dia em eu nasci, e hoje aos olhos de outrém sou um sismo. Coitado de mim que nunca fui revelado sobre o meu futuro com os olhos abertos que nunca viram o bem nem a perfeição.
Esverdeados montes do oriente, melhores refúgios para qualquer sobrevivente, onde clamam as vozes dos que rogam sem esperança, hoje campos da batalha, abençoados sãos vocês que nunca envelhecem, têm vida eterna e nunca morrem. EU NÃO SEI MUDAR DE POSTURA.
Poema de Rosário Bissueque
O VELHO MENDIGO
Que a poesia continue a ser um meio de libertação