Coleção pessoal de birdais

Vou-lhes contar um segredo: a vida é mortal.

Peço também que não leia tudo o que escrevo porque muitas vezes sou áspera e não quero que você receba minha aspereza.

E eis-me aqui dura e silenciosa e heroica. Sem menina dentro de mim.

Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente – como em dores de parto – e vi que a menina em mim estava morrendo.

Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.

Saudade (...) é um dos sentimentos mais urgentes que existem.

Quem muito agrada, desagrada.

O que me atormenta é que tudo é "por enquanto", nada é "sempre".

"Libertar" era uma palavra imensa, cheia de mistérios e dores.

Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.

Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar.

Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser.

Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Eu quero simplesmente isto: o impossível.

Você é um idiota. É um babaca cretino e sabe disso. Você frustra todas as expectativas que eu já tive em relação a alguém pra mim. E mesmo assim é em você que eu penso, é de você que eu gosto, é pra você que eu volto… sempre.

O ser humano é um bicho engraçado: sabe que está sendo enganado, mas prefere enganar-se também à admitir que ainda não foi dessa vez.

"Continuamos acreditando mais nas palavras que felicitam nossos ouvidos, do que nos atos que as tornam verdades."