Coleção pessoal de 1bibliasagrada

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Salmo 9

1 Senhor, quero dar-te graças de todo o coração e falar de todas as tuas maravilhas.
2 Em ti quero alegrar-me e exultar, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
3 Quando os meus inimigos contigo se defrontam, tropeçam e são destruídos.
4 Pois defendeste o meu direito e a minha causa; em teu trono te assentaste,
julgando com justiça.
5 Repreendeste as nações e destruíste os ímpios; para todo o sempre apagaste o nome deles.
6 O inimigo foi totalmente arrasado, para sempre; desarraigaste as suas cidades;
já não há quem delas se lembre.
7 O Senhor reina para sempre; estabeleceu o seu trono para julgar.
8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; governa os povos com retidão.
9 O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma torre segura na hora da adversidade.
10 Os que conhecem o teu nome confiam em ti, pois tu, Senhor, jamais abandonas
os que te buscam.
11 Cantem louvores ao Senhor, que reina em Sião; proclamem entre as nações os seus feitos.
12 Aquele que pede contas do sangue derramado não esquece; ele não ignora o clamor dos oprimidos.
13 Misericórdia, Senhor! Vê o sofrimento que me causam os que me odeiam.
Salva-me das portas da morte,
14 para que, junto às portas da cidade de Sião, eu cante louvores a ti e ali exulte em tua salvação.
15 Caíram as nações na cova que abriram; os seus pés ficaram presos no laço que esconderam.
16 O Senhor é conhecido pela justiça que executa; os ímpios caem em suas próprias armadilhas.
17 Voltem os ímpios ao pó, todas as nações que se esquecem de Deus!
18 Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança dos necessitados.
19 Levanta-te, Senhor! Não permitas que o mortal triunfe! Julgadas sejam as nações na tua presença.
20 Infunde-lhes terror, Senhor; saibam as nações que não passam de seres humanos.

Salmo 8

1 Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus.
2 Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança.
3 Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste,
4 pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem,
para que com ele te preocupes?
5 Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra.
6 Tu o fizeste dominar as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste:
7 todos os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens,
8 as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.
9 Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!

Salmo 7

1 Senhor, meu Deus, em ti me refugio; salva-me e livra-me de todos os que me perseguem,
2 para que, como leões, não me dilacerem nem me despedacem, sem que ninguém me livre.
3 Senhor, meu Deus, se assim procedi, se nas minhas mãos há injustiça,
4 se fiz algum mal a um amigo ou se poupei sem motivo o meu adversário,
5 persiga-me o meu inimigo até me alcançar, no chão me pisoteie e aniquile a minha vida, lançando a minha honra no pó.
6 Levanta-te, Senhor, na tua ira; ergue-te contra o furor dos meus adversários.
Desperta-te, meu Deus! Ordena a justiça!
7 Reúnam-se os povos ao teu redor. Das alturas reina sobre eles.
8 O Senhor é quem julga os povos. Julga-me, Senhor, conforme a minha justiça,
conforme a minha integridade.
9 Deus justo, que sondas a mente e o coração dos homens, dá fim à maldade dos ímpios e ao justo dá segurança.
10 O meu escudo está nas mãos de Deus, que salva o reto de coração.
11 Deus é um juiz justo, um Deus que manifesta cada dia o seu furor.
12 Se o homem não se arrepende, Deus afia a sua espada, arma o seu arco e o aponta,
13 prepara as suas armas mortais e faz de suas setas flechas flamejantes.
14 Quem gera a maldade concebe sofrimento e dá à luz a desilusão.
15 Quem cava um buraco e o aprofunda cairá nessa armadilha que fez.
16 Sua maldade se voltará contra ele; sua violência cairá sobre a sua própria cabeça.
17 Darei graças ao Senhor por sua justiça; ao nome do Senhor Altíssimo
cantarei louvores.

Salmo 6

1 Senhor, não me castigues na tua ira nem me disciplines no teu furor.
2 Misericórdia, Senhor, pois vou desfalecendo! Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem:
3 todo o meu ser estremece. Até quando, Senhor, até quando?
4 Volta-te, Senhor, e livra-me; salva-me por causa do teu amor leal.
5 Quem morreu não se lembra de ti. Entre os mortos, quem te louvará?
6 Estou exausto de tanto gemer. De tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lágrimas encharco o meu leito.
7 Os meus olhos se consomem de tristeza; fraquejam por causa de todos os meus adversários.
8 Afastem-se de mim todos vocês que praticam o mal, porque o Senhor ouviu o meu choro.
9 O Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor aceitou a minha oração.
10 Serão humilhados e aterrorizados todos os meus inimigos; frustrados, recuarão de repente.

Salmo 5

1 Escuta, Senhor, as minhas palavras, considera o meu gemer.
2 Atenta para o meu grito de socorro, meu Rei e meu Deus, pois é a ti que imploro.
3 De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração
e aguardo com esperança.
4 Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar.
5 Os arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o mal.
6 Destróis os mentirosos; os assassinos e os traiçoeiros o Senhor detesta.
7 Eu, porém, pelo teu grande amor,
8 entrarei em tua casa; com temor me inclinarei para o teu santo templo. Conduze-me, Senhor, na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplaina o teu caminho diante de mim.
9 Em seus lábios não há palavra confiável; a mente deles só trama destruição. A garganta é um túmulo aberto; com a língua enganam sutilmente.
10 Condena-os, ó Deus! Caiam eles por suas próprias maquinações. Expulsa-os por causa dos seus muitos crimes, pois se rebelaram contra ti.
11 Alegrem-se, porém, todos os que se refugiam em ti; cantem sempre de alegria!
Estende sobre eles a tua proteção. Em ti exultem os que amam o teu nome.
12 Pois tu, Senhor, abençoas o justo; o teu favor o protege como um escudo.

Salmo 4

1 Responde-me quando clamo, ó Deus que me fazes justiça! Dá-me alívio da minha angústia; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
2 Até quando vocês, ó poderosos, ultrajarão a minha honra? Até quando estarão amando ilusões e buscando mentiras?
3 Saibam que o Senhor escolheu o piedoso; o Senhor ouvirá quando eu o invocar.
4 Quando vocês ficarem irados, não pequem; ao deitar-se, reflitam nisso e aquietem-se.
5 Ofereçam sacrifícios como Deus exige e confiem no Senhor.
6 Muitos perguntam: "Quem nos fará desfrutar o bem?" Faze, ó Senhor, resplandecer sobre nós a luz do teu rosto!
7 Encheste o meu coração de alegria, alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e de vinho.
8 Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.

Salmo 3

1 Senhor, muitos são os meus adversários! Muitos se rebelam contra mim!
2 São muitos os que dizem a meu respeito: "Deus nunca o salvará!"
3 Mas tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida.
4 Ao Senhor clamo em alta voz, e do seu santo monte ele me responde.
5 Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém.
6 Não me assustam os milhares que me cercam.
7 Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu! Quebra o queixo de todos os meus inimigos; arrebenta os dentes dos ímpios.
8 Do Senhor vem o livramento. A tua bênção está sobre o teu povo.

Salmo 2

1 Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão?
2 Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido, e dizem:
3 "Façamos em pedaços as suas correntes, lancemos de nós as suas algemas!"
4 Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles.
5 Em sua ira os repreende e em seu furor os aterroriza, dizendo:
6 "Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte".
7 Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade.
9 Tu as quebrarás com vara de ferro e as despedaçarás como a um vaso de barro".
10 Por isso, ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades da terra.
11 Adorem o Senhor com temor; exultem com tremor.
12 Beijem o filho, para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele se refugiam!

Salmo 1

1 Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!
2 Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite.
3 É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo
e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!
4 Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva.
5 Por isso os ímpios não resistirão no julgamento nem os pecadores na comunidade dos justos.
6 Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!

Neemias 13

Reformas finais de Neemias

1 Naquele dia, o Livro de Moisés foi lido em alta voz diante do povo, e nele achou-se escrito que nenhum amonita ou moabita jamais poderia ser admitido no povo de Deus,
2 pois eles, em vez de darem água e comida aos israelitas, tinham contratado Balaão para invocar maldição sobre eles. O nosso Deus, porém, transformou a maldição em bênção.
3 Quando o povo ouviu essa Lei, excluiu de Israel todos os que eram de ascendên­cia estrangeira.
4 Antes disso, o sacerdote Eliasibe tinha sido encarregado dos depósitos do templo de nosso Deus. Ele era parente próximo de Tobias
5 e lhe havia cedido uma grande sala, anteriormente utilizada para guardar as ofer­tas de cereal, o incenso, os utensílios do templo e também os dízimos do trigo, do vinho novo e do azeite prescritos para os levitas, para os cantores e para os porteiros, além das ofertas para os sacerdotes.
6 Mas, enquanto tudo isso estava acon­tecendo, eu não estava em Jerusalém, pois no trigésimo segundo ano do reinado de Artaxer­xes, rei da Babilônia, voltei ao rei. Algum tempo depois pedi sua permissão
7 e voltei para Jerusalém. Aqui soube do mal que Eliasi­be fizera ao ceder uma sala a Tobias nos pátios do templo de Deus.
8 Fiquei muito aborrecido e joguei todos os móveis de Tobias fora da sala.
9 Mandei purificar as salas e coloquei de volta nelas os utensílios do tem­plo de Deus, com as ofertas de cereal e o incenso.
10 Também fiquei sabendo que os levitas não tinham recebido a parte que lhes era devida e que todos os levitas e cantores responsáveis pelo culto haviam voltado para suas próprias terras.
11 Por isso repreendi os oficiais e lhes perguntei: "Por que essa negli­gência com o templo de Deus?" Então convoquei os levitas e os cantores e os coloquei em seus postos.
12 E todo o povo de Judá trouxe os dízimos do trigo, do vinho novo e do azeite aos depósitos.
13 Coloquei o sacerdote Selemi­as, o escriba Zadoque e um levita chamado Pedaías como encarregados dos depósitos e fiz de Hanã, filho de Zacur, neto de Matanias, assistente deles, porque esses homens eram de confiança. Eles ficaram responsáveis pela distri­buição de suprimentos aos seus colegas.
14 Lembra-te de mim por isso, meu Deus, e não te esqueças do que fiz com tanta fidelidade pelo templo de meu Deus e pelo seu culto.
15 Naqueles dias, vi que em Judá alguns trabalhavam nos tanques de prensar uvas no sábado e ajuntavam trigo e o carregavam em jumentos, transportando-o com vinho, uvas, figos e todo tipo de carga. Tudo isso era trazido para Jerusalém em pleno sábado. Então os adverti que não vendessem alimento nesse dia.
16 Ha­via alguns da cidade de Tiro que moravam em Jerusalém e que, no sábado, traziam e vendiam peixes e toda espécie de mercadoria em Jerusalém, para o povo de Judá.
17 Diante disso, repreendi os nobres de Judá e lhes disse: Como é que vocês podem fazer tão grande mal, profanan­do o dia de sábado?
18 Por acaso os seus ante­passados não fizeram o mesmo, levando o nosso Deus a trazer toda essa desgraça sobre nós e sobre esta cidade? Pois agora, profa­nando o sábado, vocês provocam maior ira contra Israel!
19 Quando as sombras da tarde cobri­ram as portas de Jerusalém na véspera do sábado, ordenei que estas fossem fechadas e só fossem abertas depois que o sábado tivesse terminado. Coloquei alguns de meus homens de confiança junto às portas, para que nenhum carregamento pudesse ser introduzido no dia de sábado.
20 Uma ou duas vezes os comerci­antes e vendedores de todo tipo de mercadoria passaram a noite do lado de fora de Jerusa­lém.
21 Mas eu os adverti, dizendo: Por que vocês passam a noite junto ao muro? Se fizerem isso de novo, mandarei prendê-los. Depois disso não vieram mais no sábado.
22 Então ordenei aos levitas que se purificas­sem e fossem vigiar as portas a fim de que o dia de sábado fosse respeitado como sagrado.
Lembra-te de mim também por isso, ó meu Deus, e tem misericórdia de mim conforme o teu grande amor.
23 Além disso, naqueles dias, vi alguns judeus que haviam se casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe.
24 A metade dos seus filhos falavam a língua de Asdode ou a língua de um dos outros povos e não sabi­am falar a língua de Judá.
25 Eu os repreendi e invoquei maldições sobre eles. Bati em alguns deles e arranquei os seus cabelos. Fiz com que jurassem em nome de Deus e lhes disse: Não consintam mais em dar suas filhas em casa­mento aos filhos deles, nem haja casamento das filhas deles com seus filhos ou com vocês.
26 Não foi por causa de casamentos como esses que Salomão, rei de Israel, pecou? Entre as muitas nações não havia rei algum como ele. Ele era amado por seu Deus, e Deus o fez rei sobre todo o Israel, mas até mesmo ele foi induzido ao pecado por mulheres estrangeiras.
27 Como podemos tolerar o que ouvimos? Como podem vocês cometer essa terrível maldade e serem infiéis ao nosso Deus, casando-se com mulheres estrangeiras?
28 Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, era genro de Samba­late, o horonita. Eu o expulsei para longe de mim.
29 Não te esqueças deles, ó meu Deus, pois profanaram o ofício sacerdotal e a alian­ça do sacerdócio e dos levitas.
30 Dessa forma purifiquei os sacerdotes e os levitas de tudo o que era estrangeiro e lhes designei responsabilidades, cada um em seu próprio cargo.
31 Também estabeleci regras para as provisões de lenha, determinando as datas certas para serem trazidas, e para os primeiros frutos. Em tua bondade, lembra-te de mim, ó meu Deus.

Neemias 12

Lista de sacerdotes e levitas

1 Estes foram os sacerdotes e os levitas que voltaram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras,
2 Amarias, Maluque, Hatus,
3 Secanias, Reum, Meremote,
4 Ido, Ginetom, Abias,
5 Miamim, Maadias, Bilga,
6 Semaías, Joiaribe, Jedaías,
7 Salu, Amoque, Hilquias e Jedaías. Esses foram os chefes dos sacerdotes e seus colegas nos dias de Jesua.
8 Os levitas foram Jesua, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá, e também Matanias, o qual, com seus colegas, estava encarregado dos cânticos de ações de graças.
9 Baquebuquias e Uni, seus colegas, ficavam em frente deles para responder-lhes.
10 Jesua foi o pai de Joiaquim, Joiaquim foi o pai de Eliasibe, Eliasibe foi o pai de Joiada,
11 Joiada foi o pai de Jônatas, Jônatas foi o pai de Jadua.
12 Nos dias de Joiaquim estes foram os líderes das famílias dos sacerdotes: da família de Seraías, Meraías; da família de Jeremias, Hananias;
13 da família de Esdras, Mesulão; da família de Amarias, Joanã;
14 da família de Maluqui, Jônatas; da família de Secanias, José;
15 da família de Harim, Adna; da família de Meremote, Helcai;
16 da família de Ido, Zacarias; da família de Ginetom, Mesulão;
17 da família de Abias, Zicri; da família de Miniamim e de Maadias, Piltai;
18 da família de Bilga, Samua; da família de Semaías, Jônatas;
19 da família de Joiaribe, Matenai; da família de Jedaías, Uzi;
20 da família de Salai, Calai; da família de Amoque, Héber;
21 da família de Hilquias, Hasabias; da família de Jedaías, Natanael.
22 Nos dias de Eliasibe, os chefes das famílias dos levitas e dos sacerdotes, Joiada, Joanã e Jadua, foram registrados durante o reinado de Dario, o persa.
23 Os chefes das famílias dos descendentes de Levi até a época de Joanã, filho de Eliasibe, foram registrados no livro das crônicas.
24 Os líderes dos levitas foram Hasa­bias, Serebias, Jesua, filho de Cadmiel, e seus colegas, que ficavam em frente deles quando entoavam louvores e ações de graças; um grupo respondia ao outro, conforme prescrito por Davi, homem de Deus.
25 Matanias, Baquebuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e Acube eram porteiros; vigiavam os depósitos localizados junto às portas.
26 Eles serviram nos dias de Joiaquim, filho de Jesua, neto de Jozadaque, e nos dias do governador Neemias e de Esdras, sacerdote e escriba.

A consagração da muralha

27 Por ocasião da dedicação dos muros de Jerusalém, os levitas foram procurados e trazidos de onde moravam para Jerusalém para celebrarem a dedicação alegremente, com cânticos e ações de graças, ao som de címba­los, harpas e liras.
28 Os cantores foram trazi­dos dos arredores de Jerusalém, dos povoados dos netofatitas,
29 de Bete-Gilgal, e das regiões de Geba e de Azmavete, pois esses cantores haviam construído povoados para si ao redor de Jerusalém.
30 Os sacerdotes e os levitas se purificaram cerimonialmente e depois purifi­caram também o povo, as portas e os muros.
31 Ordenei aos líderes de Judá que subissem ao alto do muro. Também designei dois grandes coros para darem graças. Um deles avançou em cima do muro, para a direi­ta, até a porta do Esterco.
32 Hosaías e metade dos líderes de Judá os seguiram.
33 Azarias, Esdras, Mesulão,
34 Judá, Benjamim, Semaías, Jeremias,
35 e alguns sacer­dotes com trombetas, além de Zacarias, filho de Jônatas, neto de Semaías, bisneto de Mata­nias, que era filho de Micaías, neto de Zacur, bisneto de Asafe,
36 e seus colegas, Semaías, Azareel, Milalai, Gilalai, Maai, Natanael, Judá e Hanani, que tocavam os instrumentos musicais prescritos por Davi, homem de Deus. Esdras, o escriba, ia à frente deles.
37 À porta da Fonte eles subiram diretamente os degraus da Cidade de Davi, na subida para o muro, e passaram sobre a casa de Davi até a porta das Águas, a leste.
38 O segundo coro avançou no sentido oposto. Eu os acompanhei, quando iam sobre o muro, levando comigo a metade do povo; passamos pela torre dos Fornos até a porta Larga,
39 sobre a porta de Efraim, a porta Jesana, a porta do Peixe, a torre de Hananeel e a torre dos Cem, indo até a porta das Ove­lhas. Junto à porta da Guarda paramos.
40 Os dois coros encarregados das ações de graças assumiram os seus luga­res no templo de Deus, o que também fiz, acompanhado da metade dos oficiais
41 e dos sacerdotes Eliaquim, Maaseias, Miniamim, Micaías, Elioenai, Zacarias e Hananias, com suas trombetas,
42 além de Maaseias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã, Malquias, Elão e Ézer. Os coros cantaram sob a direção de Jezraías.
43 E, naquele dia, conten­tes como estavam, ofereceram grandes sacrifícios, pois Deus os enchera de grande alegria. As mulheres e as crianças também se alegraram, e os sons da alegria de Jerusalém podiam ser ouvidos de longe.
44 Naquela ocasião, foram designados alguns encarregados dos depósitos onde se recebiam as contribuições gerais, os primeiros frutos e os dízimos. Das lavouras que havia em torno das cidades eles deveriam trazer para os depósitos as porções exigidas pela Lei para os sacerdotes e para os levitas. E, de fato, o povo de Judá estava satisfeito com os sacerdotes e os levitas que ministravam no templo.
45 Eles celebravam o culto ao seu Deus e o ritual de purificação, dos quais também participavam os cantores e os porteiros, de acordo com as ordens de Davi e do seu filho Salomão.
46 Pois muito tempo antes, nos dias de Davi e de Asafe, havia dirigentes dos cantores e pessoas que dirigiam os cânticos de louvor e de graças a Deus.
47 Assim, nos dias de Zoro­babel e de Neemias, todo o Israel contribuía com ofertas diárias para os cantores e para os porteiros. Também separavam a parte pertencente aos outros levitas, e os levitas separavam a porção dos descendentes de Arão.

Neemias 11

Os novos habitantes de Jerusalém

1 Os líderes do povo passaram a morar em Jerusalém, e o restante do povo fez um sorteio para que, de cada dez pessoas, uma viesse morar em Jerusalém, a santa cidade; as outras nove deveriam ficar em suas próprias cidades.
2 O povo abençoou todos os homens que se apresentaram voluntariamente para morar em Jerusalém.
3 Alguns israelitas, sacerdotes, levitas, servos do templo e descendentes dos servos de Salomão viviam nas cidades de Judá, cada um em sua propriedade. Estes são os líderes da província que passaram a morar em Jerusa­lém
4 (além deles veio gente tanto de Judá quanto de Benjamim viver em Jerusalém):
Entre os descendentes de Judá:
Ataías, filho de Uzias, neto de Zacari­as, bisneto de Amarias; Amarias era filho de Sefatias e neto de Maalaleel, descendente de Perez.
5 Maaseias, filho de Baruque, neto de Col-Hozé, bisneto de Hazaías; Hazaías era filho de Adaías, neto de Joiaribe e bisneto de Zacarias, descendente de Selá.
6 Os descenden­tes de Perez que viviam em Jerusalém totali­zavam 468 homens de destaque.
7 Entre os descendentes de Benjamim:
Salu, filho de Mesulão, neto de Joede, bisneto de Pedaías; Pedaías era filho de Cola­ías, neto de Maaseias, bisneto de Itiel, tetra­neto de Jesaías;
8 os seguidores de Salu, Gabai e Salai totalizavam 928 homens.
9 Joel, filho de Zicri, era o oficial superior entre eles, e Judá, filho de Hassenua, era responsável pelo segundo distrito da cidade.
10 Entre os sacerdotes:
11 Seraías, filho de Hilquias, neto de Mesulão, bisneto de Zadoque - Zadoque era filho de Meraiote, neto de Aitube, supervisor da casa de Deus -
12 e seus colegas, que faziam o traba­lho do templo, totalizavam 822 homens. Ada­ías, filho de Jeroão, neto de Pelaías, bisneto de Anzi - Anzi era filho de Zacarias, neto de Pasur, bisneto de Malquias -
13 e seus cole­gas, que eram chefes de famílias, totalizavam 242 homens. Amassai, filho de Azareel, neto de Azai, bisneto de Mesilemote, tetraneto de Imer,
14 Jedaías, filho de Joiaribe; Jaquim; e os seus colegas, que eram homens de destaque, totalizavam 128. O oficial superior deles era Zabdiel, filho de Gedolim.
15 Entre os levitas:
16 Sabetai e Jozabade, dois dos líderes dos levitas, encarregados do trabalho externo do templo de Deus;
17 Matanias, filho de Mica, neto de Zabdi, bisneto de Asafe, o dirigente que conduzia as ações de graças e as orações; Baquebuquias, o segundo entre os seus colegas e Abda, filho de Samua, neto de Galal, bisne­to de Jedutum.
18 Semaías, filho de Hassube, neto de Azricão, bisneto de Hasabias, tetraneto de Buni; Os levitas totalizavam 284 na cidade santa.
19 Os porteiros: Acube, Talmom e os homens dos seus clãs, que guardavam as portas, eram 172.
20 Os demais israelitas, incluindo os sacerdotes e os levitas, estavam em todas as cidades de Judá, cada um na propriedade de sua herança.
21 Os que prestavam serviço no templo moravam na colina de Ofel, e Zia e Gispa estavam encarregados deles.
22 O oficial superior dos levitas em Jerusalém era Uzi, filho de Bani, neto de Hasabias, bisneto de Matanias, tetraneto de Mica. Uzi era um dos descendentes de Asafe, que eram responsáveis pela música do templo de Deus.
23 Eles estavam sujeitos às prescri­ções do rei, que regulamentavam suas ativida­des diárias.
24 Petaías, filho de Mesezabel, descen­dente de Zerá, filho de Judá, representava o rei nas questões de ordem civil.
25 Alguns do povo de Judá foram morar em Quiriate-Arba e seus povoados, em Dibom e seus povoados, em Jecab­zeel e seus povoados,
26 em Jesua, em Moladá, em Bete-Pelete,
27 em Hazar-Sual, em Berseba e seus povoados,
28 em Ziclague, em Meconá e seus povoados,
29 em En-Rimom, em Zorá, em Jarmute,
30 em Zanoa, em Adulão e seus povoados, em Laquis e seus arredores, e em Azeca e seus povoados. Eles se estabele­ceram desde Berseba até o vale de Hinom.
31 Os descendentes dos benjamitas foram viver em Geba, Micmás, Aia, Betel e seus povoados,
32 em Anatote, Nobe e Ananias,
33 Hazor, Ramá e Gitaim,
34 Hadide, Zeboim e Nebalate,
35 Lode e Ono, e no vale dos Arte­sãos.
36 Alguns grupos dos levitas de Judá se estabeleceram em Benjamim.

Neemias 10

1 Esta é a relação dos que o assina­ram: Neemias, o governador, filho de Hacalias,
e Zedequias,
2 Seraías, Azarias, Jeremi­as,
3 Pasur, Amarias, Malquias,
4 Hatus, Sebanias, Maluque,5 Harim, Meremote, Obadias,
6 Daniel, Ginetom, Baruque,
7 Mesulão, Abias, Miamim,
8 Maazias, Bilgai e Semaías. Esses eram os sacerdotes.
9 Dos levitas: Jesua, filho de Azanias, Binui, dos filhos de Henadade, Cadmiel
10 e seus colegas: Sebanias, Hodias, Quelita, Pelaías, Hanã,
11 Mica, Reobe, Hasabias,
12 Zacur, Serebias, Sebanias,
13 Hodias, Bani e Beninu.
14 Dos líderes do povo: Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu, Bani,
15 Buni, Azgade, Bebai,
16 Adonias, Bigvai, Adim,
17 Ater, Ezequias, Azur,
18 Hodias, Hasum, Besai,
19 Harife, Anatote, Nebai,
20 Magpias, Mesulão, Hezir,
21 Mesezabel, Zadoque, Jadua,
22 Pelatias, Hanã, Anaías,
23 Oseias, Hananias, Hassube,
24 Haloês, Pílea, Sobeque,
25 Reum, Hasabna, Maaseias,
26 Aías, Hanã, Anã,
27 Maluque, Harim e Baaná.
28 "O restante do povo - sacerdotes, levitas, porteiros, cantores, servidores do templo e todos os que se separaram dos povos vizinhos por amor à Lei de Deus, com suas mulheres e com todos os seus filhos e filhas capazes de entender-
29 agora se une a seus irmãos, os nobres, e se obrigam sob maldição e sob juramento a seguir a Lei de Deus dada por meio do servo de Deus, Moisés, e a obedecer fielmente a todos os mandamentos, ordenanças e decretos do Senhor, o nosso Senhor.
30 "Prometemos não dar nossas filhas em casamento aos povos vizinhos nem aceitar que as filhas deles se casem com os nossos filhos.
31 "Quando os povos vizinhos trouxe­rem mercadorias ou cereal para venderem no sábado ou em dia de festa, não compraremos deles nesses dias. Cada sete anos abriremos mão de trabalhar a terra e cancelaremos todas as dívidas.
32 "Assumimos a responsabilidade de, conforme o mandamento, dar anualmente quatro gramas para o serviço do templo de nosso Deus:
33 para os pães consagrados, para as ofertas regulares de cereal e para os holo­caustos, para as ofertas dos sábados, das festas de lua nova e das festas fixas, para as ofertas sagradas, para as ofertas pelo peca­do para fazer propiciação por Israel e para as necessidades do templo de nosso Deus.
34 "Também lançamos sortes entre as famílias dos sacerdotes, dos levitas e do povo, para escalar anualmente a família que deverá trazer lenha ao templo de nosso Deus, no tempo determinado, para queimar sobre o altar do Senhor, o nosso Deus, conforme está escrito na Lei.
35 "Também assumimos a responsabili­dade de trazer anualmente ao templo do Senhor os primeiros frutos de nossas colhei­tas e de toda árvore frutífera.
36 "Conforme também está escrito na Lei, traremos o primeiro de nossos filhos e a primeira cria de nossos rebanhos, tanto de ovelhas como de bois, para o templo de nosso Deus, para os sacerdotes que ali estiverem ministrando.
37 "Além do mais, traremos para os depósitos do templo de nosso Deus, para os sacerdotes, a nossa primeira massa de cereal moído e as nossas primeiras ofertas de cereal, do fruto de todas as nossas árvores e de nosso vinho e azeite. E traremos o dízimo das nos­sas colheitas para os levitas, pois são eles que recolhem os dízimos em todas as cidades onde trabalhamos.
38 Um sacerdote descenden­te de Arão acompanhará os levitas quando receberem os dízimos, e os levitas terão que trazer um décimo dos dízimos ao templo de nosso Deus, aos depósitos do tem­plo.
39 O povo de Israel, inclusive os levitas, deverão trazer ofertas de cereal, de vinho novo e de azeite aos depósitos onde se guar­dam os utensílios para o santuário. É onde os sacerdotes ministram e onde os porteiros e os cantores ficam. "Não negligenciaremos o templo de nosso Deus."

Neemias 9

Os israelitas confessam os seus pecados

1 No vigésimo quarto dia do mês, os israelitas se reuniram, jejuaram, vestiram pano de saco e puseram terra sobre a cabeça.
2 Os que eram de ascendência israelita tinham se separado de todos os estrangeiros. Levantaram-se nos seus lugares, confessaram os seus pecados e a maldade dos seus antepassa­dos.
3 Ficaram onde estavam e leram o Livro da Lei do Senhor, do seu Deus, durante três horas, e passaram outras três horas confessan­do os seus pecados e adorando o Senhor, o seu Deus.
4 Em pé, na plataforma, estavam os levitas Jesua, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani e Quenani, que em alta voz clamavam ao Senhor, o seu Deus.
5 E os levitas Jesua, Cad­miel, Bani, Hasabneias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías conclamavam o povo, dizendo: "Levantem-se e louvem o Senhor, o seu Deus, que vive para todo o sempre.

Oração dos levitas

6 "Bendito seja o teu nome glorioso! A tua grandeza está acima de toda expressão de louvor. Só tu és o Senhor. Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram.
7 "Tu és o Senhor, o Deus que esco­lheu Abrão, trouxe-o de Ur dos caldeus e deu-lhe o nome de Abraão.
8 Viste que o coração dele era fiel, e fizeste com ele uma aliança, prometendo dar aos seus descendentes a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos jebuseus e dos girgaseus. E cumpriste a tua promessa porque tu és justo.
9 "Viste o sofrimento dos nossos ante­passados no Egito, e ouviste o clamor deles no mar Vermelho.
10 Fizeste sinais e maravi­lhas contra o faraó e todos os seus oficiais e contra todo o povo da sua terra, pois sabias com quanta arrogância os egípcios os trata­vam. Alcançaste renome, que permanece até hoje.
11 Dividiste o mar diante deles, para que o atravessassem a seco, mas lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra em águas agitadas.
12 Tu os conduziste de dia com uma nuvem e de noite com uma coluna de fogo, para iluminar o caminho que tinham que percorrer.
13 "Tu desceste ao monte Sinai; dos céus lhes falaste. Deste-lhes ordenanças justas, leis verdadeiras, decretos e mandamentos excelentes.
14 Fizeste que conhecessem o teu sábado santo e lhes deste ordens, decretos e leis por meio de Moisés, teu servo.
15 Na fome deste-lhes pão do céu, e na sede tiraste para eles água da rocha; mandaste-os entrar e tomar posse da terra que, sob juramento, tinhas prometido dar-lhes.
16 "Mas os nossos antepassados tornaram-se arrogantes e obstinados, e não obedeceram aos teus mandamentos.
17 Eles se recusaram a ouvir-te e esqueceram-se dos milagres que realizaste entre eles. Tornaram-se obstinados e, na sua rebeldia, escolheram um líder a fim de voltarem à sua escravidão. Mas tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Por isso não os abandonaste,
18 mesmo quando fundiram para si um ídolo na forma de bezerro e disseram: 'Este é o seu deus, que os tirou do Egito', ou quando profe­riram blasfêmias terríveis.
19 "Foi por tua grande compaixão que não os abandonaste no deserto. De dia a nuvem não deixava de guiá-los em seu cami­nho, nem de noite a coluna de fogo deixava de brilhar sobre o caminho que deviam percorrer.
20 Deste o teu bom Espírito para instruí-los. Não retiveste o teu maná que os alimentava, e deste-lhes água para matar a sede.
21 Durante quarenta anos tu os sustentaste no deserto; nada lhes faltou, as roupas deles não se gasta­ram nem os seus pés ficaram inchados.
22 "Deste-lhes reinos e nações, cuja terra repartiste entre eles. Eles conquistaram a terra de Seom, rei de Hesbom, e a terra de Ogue, rei de Basã.
23 Tornaste os seus filhos tão numerosos como as estrelas do céu, e os trouxeste para entrar e possuir a terra que prometeste aos seus antepassados.
24 Seus filhos entraram e tomaram posse da terra. Tu subjugaste diante deles os cananeus, que viviam na terra, e os entregaste nas suas mãos, com os seus reis e com os povos daquela terra, para que os tratassem como bem quises­sem.
25 C­onquistaram cidades fortificadas e terra fértil; apossaram-se de casas cheias de bens, poços já escavados, vinhas, olivais e muitas árvores frutíferas. Comeram até fartar-se e foram bem alimentados; eles desfrutaram de tua grande bondade.
26 "Mas foram desobedientes e se rebelaram contra ti; deram as costas para a tua Lei. Mataram os teus profetas, que os tinham advertido que se voltassem para ti; e fizeram-te ofensas detestáveis.
27 Por isso tu os entre­gaste nas mãos de seus inimigos, que os oprimiram. Mas, quando foram oprimidos, clamaram a ti. Dos céus tu os ouviste, e na tua grande compaixão deste-lhes libertadores, que os livraram das mãos de seus inimigos.
28 "Mas, tão logo voltavam a ter paz, de novo faziam o que tu reprovas. Então tu os abandonavas às mãos de seus inimigos, para que dominassem sobre eles. E, quando nova­mente clamavam a ti, dos céus tu os ouvias e na tua compaixão os livravas vez após vez.
29 "Tu os advertiste que voltassem à tua Lei, mas eles se tornaram arrogantes e deso­bedeceram aos teus mandamentos. Pecaram contra as tuas ordenanças, pelas quais o ho­mem vive se lhes obedece. Com teimosia, deram-te as costas, tornaram-se obstinados e recusaram ouvir-te.
30 E durante muitos anos foste paciente com eles. Por teu Espírito, por meio dos profetas, os advertiste. Contudo, não te deram atenção, de modo que os entregaste nas mãos dos povos vizi­nhos.
31 Graças, porém, à tua grande miseri­córdia, não os destruíste nem os abandonaste, pois és Deus bondoso e misericordioso.
32 "Agora, portanto, nosso Deus, ó Deus grande, poderoso e temível, fiel à tua aliança e misericordioso, não fiques indiferen­te a toda a aflição que veio sobre nós, sobre os nossos reis e sobre os nossos líderes, sobre os nos­sos sacerdotes e sobre os nossos profetas, sobre os nossos antepassados e sobre todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até hoje.
33 Em tudo o que nos aconteceu foste justo; agiste com lealdade mesmo quando fomos infiéis.
34 Nos­sos reis, nossos líderes, nossos sacerdotes e nossos antepassados não seguiram a tua Lei; não deram atenção aos teus mandamentos nem às advertências que lhes fizeste.
35 Mesmo quando estavam no reino deles, desfrutando da tua grande bondade, na terra espaçosa e fértil que lhes deste, eles não te serviram nem abandonaram os seus maus caminhos.
36 "Vê, porém, que hoje somos escra­vos, escravos na terra que deste aos nossos antepassados para que usufruíssem dos seus frutos e das outras boas coisas que ela produz.
37 Por causa de nossos pecados, a sua grande produção pertence aos reis que puseste sobre nós. Eles dominam sobre nós e sobre os nossos rebanhos como bem lhes parece. É grande a nossa angústia!

A promessa do povo

38 "Em vista disso tudo, estamos fazen­do um acordo, por escrito, e assinado por nossos líderes, nossos levitas e nossos sacerdo­tes".

Neemias 8

Esdras lê a lei

1 Quando chegou o sétimo mês e os israelitas tinham se instalado em suas cidades, todo o povo juntou-se como se fosse um só homem na praça, em frente da porta das Águas. Pediram ao escriba Esdras que trou­xesse o Livro da Lei de Moisés, que o Senhor dera a Israel.
2 Assim, no primeiro dia do sétimo mês, o sacerdote Esdras trouxe a Lei diante da assembleia, que era constituída de homens e mulheres e de todos os que podiam entender.
3 Ele a leu em alta voz desde o raiar da manhã até o meio-dia, de frente para a praça, em frente da porta das Águas, na presença dos homens, mulheres e de outros que podiam entender. E todo o povo ouvia com atenção a leitura do Livro da Lei.
4 O escriba Esdras estava numa plata­forma elevada, de madeira, construída para a ocasião. Ao seu lado, à direita, estavam Mati­tias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; e à esquerda estavam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 Esdras abriu o Livro diante de todo o povo, e este podia vê-lo, pois ele estava num lugar mais alto. E, quando abriu o Livro, o povo todo se levantou.
6 Esdras louvou o Senhor, o grande Deus, e todo o povo ergueu as mãos e respondeu: "Amém! Amém!" Então eles adoraram o Senhor, prostrados com o rosto em terra.
7 Os levitas Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaseias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã e Pelaías, instruíram o povo na Lei, e todos permaneci­am ali.
8 Leram o Livro da Lei de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido.
9 Então Neemias, o governador, Esdras, o sacerdote e escriba, e os levitas que estavam instruindo o povo disseram a todos: "Este dia é consagrado ao Senhor, o nosso Deus. Nada de tristeza e de choro!" Pois todo o povo estava chorando enquanto ouvia as palavras da Lei.
10 E Neemias acrescentou: "Podem sair, e comam e bebam do melhor que tiverem, e repartam com os que nada têm preparado. Este dia é consagrado ao nosso Senhor. Não se entristeçam, porque a alegria do Senhor os fortalecerá".
11 Os levitas tranquilizaram todo o povo, dizendo: "Acalmem-se, porque este é um dia santo. Não fiquem tristes!"
12 Então todo o povo saiu para comer, beber, repartir com os que nada tinham prepa­rado e para celebrar com grande alegria, pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas.
13 No segundo dia do mês, os chefes de todas as famílias, os sacerdotes e os levitas reuniram-se com o escriba Esdras para estu­darem as palavras da Lei.
14 Descobriram na Lei que o Senhor tinha ordenado, por meio de Moisés, que os israeli­tas deveriam morar em tendas durante a festa do sétimo mês.
15 Por isso anunciaram em todas as suas cidades e em Jerusalém: "Saiam às montanhas e tragam ramos de oliveiras culti­vadas, de oliveiras silvestres, de murtas, de tamareiras e de árvores frondosas, para faze­rem tendas, conforme está escrito".
16 Então o povo saiu e trouxe os ramos, e eles mesmos construíram tendas nos seus terraços, nos seus pátios, nos pátios do templo de Deus e na praça junto à porta das Águas e na que fica junto à porta de Efraim.
17 Todos os que tinham voltado do exílio construíram tendas e moraram nelas. Desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia, os israeli­tas não tinham celebrado a festa dessa manei­ra. E grande foi a alegria deles.
18 Dia após dia, desde o primeiro até o último dia da festa, Esdras leu o Livro da Lei de Deus. Eles celebraram a festa durante sete dias, e no oitavo dia, conforme o ritual, houve uma reunião solene.

Neemias 7

1 Depois que o muro foi reconstruído e que eu coloquei as portas no lugar, foram nomeados os porteiros, os cantores e os levi­tas.
2 Para governar Jerusalém encarreguei o meu irmão Hanani e, com ele, Hananias, comandante da fortaleza, pois Hananias era íntegro e temia a Deus mais do que a maioria dos homens.
3 Eu lhes disse: As portas de Jerusalém não deverão ser abertas enquan­to o sol não estiver alto. E antes de deixarem o serviço, os porteiros deverão fechar e travar as portas. Também designei moradores de Jerusalém para sentinelas, alguns em postos no muro, outros em frente das suas casas.
4 Ora, a cidade era grande e espaçosa, mas havia poucos moradores, e as casas ainda não tinham sido reconstruídas.
5 Por isso o meu Deus pôs no meu coração reunir os nobres, os oficiais e todo o povo para registrá-los por famílias. Encontrei o registro genealó­gico dos que foram os primeiros a voltar. Assim estava registrado ali:

A lista dos retornados

6 "Estes são os homens da província que voltaram do exílio, os quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia levado prisioneiros. Eles voltaram para Jerusalém e para Judá, cada um para a sua própria cidade,
7 em com­panhia de Zorobabel, Jesua, Neemias, Azari­as, Raamias, Naamani, Mardoqueu, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum e Baaná. E esta é a lista e o número dos que retornaram, pelos chefes de família e respectivas cidades:
8 "os descendentes de Parós, 2.172;
9 de Sefatias, 372;
10 de Ara, 652;
11 de Paate-Moabe, por meio da linhagem de Jesua e Joabe, 2.818;
12 de Elão, 1.254;
13 de Zatu, 845;
14 de Zacai, 760;
15 de Binui, 648;
16 de Bebai, 628;
17 de Azgade, 2.322;
18 de Adonicão, 667;
19 de Bigvai, 2.067;
20 de Adim, 655;
21 de Ater, por meio de Ezequias, 98;
22 de Hasum, 328;
23 de Besai, 324;
24 de Harife, 112;
25 de Gibeom, 95;
26 "das cidades de Belém e de Netofate, 188;
27 de Anatote, 128;
28 de Bete-Azmavete, 42;
29 de Quiriate-Jearim, Cefira e Beerote, 743;
30 de Ramá e Geba, 621;
31 de Micmás, 122;
32 de Betel e Ai, 123;
33 do outro Nebo, 52;
34 do outro Elão, 1.254;
35 de Harim, 320;
36 de Jericó, 345;
37 de Lode, Hadide e Ono, 721;
38 de Senaá, 3.930.
39 "Os sacerdotes: "os descendentes de Jedaías, por meio da família de Jesua, 973;
40 de Imer, 1.052;
41 de Pasur, 1.247;
42 de Harim, 1.017.
43 "Os levitas: "os descendentes de Jesua, por meio de Cadmiel, pela linhagem de Hodeva, 74.
44 "Os cantores: "os descendentes de Asafe 148.
45 "Os porteiros do templo: os descendentes de Salum, Ater, Talmom, Acube,
Hatita e Sobai 138.
46 "Os servidores do templo: "os descendentes de Zia, Hasufa, Tabaote,
47 Queros, Sia, Padom,
48 Lebana, Hagaba, Salmai,
49 Hanã, Gidel, Gaar,
50 Reaías, Rezim, Necoda,
51 Gazão, Uzá, Paseia,
52 Besai, Meunim, Nefusim,
53 Baquebuque, Hacufa, Harur,
54 Baslite, Meída, Harsa,
55 Barcos, Sísera, Tamá,
56 Nesias e Hatifa.
57 "Os descendentes dos servos de Salomão: "os descendentes de Sotai, Soferete, Perida,
58 Jaala, Darcom, Gidel,
59 Sefatias, Hatil, Poquerete-Hazebaim e Amom.
60 "Os servos do templo e os descendentes dos servos de Salomão 392.
61 "Os que chegaram das cidades de Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adom e Imer, mas não puderam provar que suas famílias eram descendentes de Israel:
62 "os descendentes de Delaías, Tobias e Necoda 642.
63 "E entre os sacerdotes: "os descendentes de Habaías, Hacoz e Barzilai, homem que se casou com uma filha de Barzilai, de Gileade, e que era chamado
por aquele nome".
64 Esses procuraram seus registros de família, mas não conseguiram achá-los e, dessa forma, foram considerados impuros para o sacerdócio.
65 Por isso o governador determinou que eles não comessem das ofer­tas santíssimas enquanto não houvesse um sacerdote para consultar o Urim e o Tumim.
66 O total de todos os registrados foi 42.360 homens,
67 além dos seus 7.337 servos e servas; havia entre eles 245 cantores e canto­ras.
68 Pos­suíam 736 cavalos, 245 mulas,
69 435 camelos e 6.720 jumentos.
70 Alguns dos chefes das famílias contribuíram para o trabalho. O governador deu à tesouraria oito quilos de ouro, 50 baci­as e 530 vestes para os sacerdotes.
71 Alguns dos chefes das famílias deram à tesouraria cento e sessenta quilos de ouro e mil e trezentos e vinte quilos de prata, para a realização do trabalho.
72 O total dado pelo restante do povo foi de cento e sessenta quilos de ouro, mil e duzentos quilos de prata e 67 vestes para os sacerdotes.
73 Os sacerdotes, os levitas, os portei­ros, os cantores e os servidores do templo, e também alguns do povo e os demais israelitas, estabeleceram-se em suas próprias cidades.

Neemias 6

Mais contestação à reconstrução

1 Quando Sambalate, Tobias, Gesém, o árabe, e o restante de nossos inimigos sou­beram que eu havia reconstruído o muro e que não havia ficado nenhuma brecha, embora até então eu ainda não tivesse colocado as portas nos seus lugares,
2 Sambalate e Gesém mandaram-me a seguinte mensagem: "Venha, vamos nos encontrar num dos povoados da planície de Ono".
Eles, contudo, estavam tramando fazer-me mal;
3 por isso enviei-lhes mensagei­ros com esta resposta: "Estou executando um grande projeto e não posso descer. Por que parar a obra para ir encontrar-me com vocês?"
4 Eles me mandaram quatro vezes a mesma mensagem, e todas as vezes lhes dei a mesma resposta.
5 Então, na quinta vez, Sambalate mandou-me um dos seus homens de confiança com a mesma mensagem; ele tinha na mão uma carta aberta
6 em que estava escrito: "Dizem entre as nações, e Gesém diz que é verdade, que você e os jude­us estão tramando uma revolta e que, por isso, estão reconstruindo o muro. Além disso, conforme dizem, você está na iminência de se tornar o rei deles,
7 e até nomeou profetas para fazerem em Jerusalém a seguinte proclama­ção a seu respeito: 'Há um rei em Ju­dá!' Ora, essa informação será levada ao rei; por isso, vamos conversar".
8 Eu lhe mandei esta resposta: Nada disso que você diz está acontecendo; é pura invenção sua.
9 Estavam todos tentando intimidar-nos, pensando: "Eles serão enfraquecidos e não concluirão a obra". Eu, porém, orei pedindo: Fortalece agora as minhas mãos!
10 Um dia fui à casa de Semaías, filho de Delaías, neto de Meetabel, que estava trancado portas adentro. Ele disse: "Vamos encontrar-nos na casa de Deus, no templo, a portas fechadas, pois estão querendo matá-lo; eles virão esta noite".
11 Todavia, eu lhe respondi: Acha que um homem como eu deveria fugir? Alguém como eu deveria entrar no templo para salvar a vida? Não, eu não irei!
12 Percebi que Deus não o tinha enviado e que ele tinha profetiza­do contra mim porque Tobias e Sambalate o tinham contratado.
13 Ele tinha sido pago para me intimidar, a fim de que eu cometesse um pecado agindo daquela maneira, e então eles poderiam difamar-me e desacreditar-me.
14 Lembra-te do que fizeram Tobias e Sambalate, meu Deus, lembra-te também da profetisa Noadia e do restante dos profetas que estão tentando me intimidar.

A muralha é acabada

15 O muro ficou pronto no vigésimo quinto dia de elul, em cinquenta e dois dias.
16 Quan­do todos os nossos inimigos souberam disso, todas as nações vizinhas ficaram ate­morizadas e com o orgulho ferido, pois perceberam que essa obra havia sido executa­da com a ajuda de nosso Deus.
17 E também, naqueles dias, os nobres de Judá estavam enviando muitas cartas a Tobias, que lhes enviava suas respostas.
18 Por­que muitos de Judá estavam comprometidos com ele por juramento, visto que era genro de Secanias, filho de Ara, e seu filho Joanã havia se casado com a filha de Mesulão, neto de Berequias.
19 Até ousavam elogiá-lo na minha presença e iam contar-lhe o que eu dizia. E Tobias continuou a enviar-me cartas para me intimidar.

Neemias 5

Neemias ajuda os pobres

1 Ora, o povo, homens e mulheres, começou a reclamar muito de seus irmãos judeus.
2 Alguns diziam: "Nós, nossos filhos e nossas filhas somos numerosos; precisamos de trigo para comer e continuar vivos".
3 Outros diziam: "Tivemos que penho­rar nossas terras, nossas vinhas e nossas casas para conseguir trigo para matar a fome".
4 E havia ainda outros que diziam: "Tivemos que tomar dinheiro emprestado para pagar o imposto cobrado sobre as nossas terras e as nossas vinhas.5 Apesar de sermos do mesmo sangue dos nossos compatriotas, e de nossos filhos serem tão bons quanto os deles, ainda assim temos que sujeitar os nossos filhos e as nossas filhas à escravidão. E, de fato, algumas de nossas filhas já foram entre­gues como escravas e não podemos fazer nada, pois as nossas terras e as nossas vinhas pertencem a outros".
6 Quando ouvi a reclamação e essas acusações, fiquei furioso.
7 Fiz uma avaliação de tudo e então repreendi os nobres e os oficiais, dizendo-lhes: "Vocês estão cobrando juros dos seus compatriotas!" Por isso convo­quei uma grande reunião contra eles
8 e disse: Na medida do possível nós compramos de volta nossos irmãos judeus que haviam sido vendidos aos outros povos. Agora vocês estão até vendendo os seus irmãos! Assim eles terão que ser vendidos a nós de novo! Eles ficaram em silêncio, pois não tinham respos­ta.
9 Por isso prossegui: O que vocês estão fazendo não está certo. Vocês devem andar no temor do nosso Deus para evitar a zom­baria dos outros povos, os nossos inimigos.
10 Eu, os meus irmãos e os meus homens de confiança também estamos emprestando dinheiro e trigo ao povo. Mas vamos acabar com a cobrança de juros!
11 Devolvam-lhes imediatamente suas terras, suas vinhas, suas oliveiras e suas casas, e também os juros que cobraram deles, a centésima parte do dinhei­ro, do trigo, do vinho e do azeite.
12 E eles responderam: "Nós devolvere­mos tudo o que você citou, e não exigiremos mais nada deles. Vamos fazer o que você está pedindo".
Então convoquei os sacerdotes e os fiz declarar sob juramento que cumpririam a promessa feita.
13 Também sacudi a dobra do meu manto e disse: Deus assim sacuda de sua casa e de seus bens todo aquele que não mantiver a sua promessa. Tal homem seja sacudido e esvaziado! Toda a assembleia disse: "Amém!", e louvou o Senhor. E o povo cum­priu o que prometeu.
14 Além disso, desde o vigésimo ano do rei Artaxerxes, quando fui nomeado governa­dor deles na terra de Judá, até o trigésimo segundo ano do seu reinado, durante doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos a comida destinada ao governador.
15 Mas os governan­tes anteriores, aqueles que me precederam, puseram um peso sobre o povo e tomavam dele quatrocentos e oitenta gramas de prata, além de comida e vinho. Até os seus auxilia­res oprimiam o povo. Mas, por temer a Deus, não agi dessa maneira.
16 Ao contrário, eu mesmo me dediquei ao trabalho neste muro. Todos os meus homens de confiança foram reunidos ali para o trabalho; e não compra­mos nenhum pedaço de terra.
17 Além do mais, cento e cinquenta homens, entre judeus do povo e seus oficiais, comiam à minha mesa, como também pessoas das nações vizinhas que vinham visitar-nos.
18 Todos os dias eram preparados, à minha custa, um boi, seis das melhores ovelhas e aves, e a cada dez dias eu recebia uma grande remessa de vinhos de todo tipo. Apesar de tudo isso, jamais exigi a comida destinada ao governador, pois eram demasiadas as exigên­cias que pesavam sobre o povo.
19 Lembra-te de mim, ó meu Deus, levando em conta tudo o que fiz por este povo.

Neemias 4

Oposição à reconstrução

1 Quando Sambalate soube que está­vamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou os judeus
2 e, na presença de seus compatriotas e dos poderosos de Sama­ria, disse: "O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão oferecer sacrifícios? Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressusci­tar pedras de construção daqueles montes de entulho e de pedras queimadas?"
3 Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, completou: "Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!"
4 Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo desprezados. Faze cair sobre eles a zombaria. E sejam eles levados prisioneiros como despojo para outra terra.
5 Não perdoes os seus pecados nem apagues as suas malda­des, pois provocaram a tua ira diante dos construtores.
6 Nesse meio tempo fomos reconstruin­do o muro, até que em toda a sua extensão chegamos à metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho.
7 Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam que os reparos nos muros de Jerusa­lém tinham avançado e que as brechas esta­vam sendo fechadas, ficaram furiosos.
8 Todos juntos planejaram atacar Jerusalém e causar confusão.
9 Mas nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles.
10 Enquanto isso, o povo de Judá come­çou a dizer: "Os trabalhadores já não têm mais forças e ainda há muito entulho. Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro".
11 E os nossos inimigos diziam: "Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles".
12 Os judeus que moravam perto deles dez vezes nos preveniram: "Para onde quer que vocês se virarem, saibam que seremos atacados de todos os lados".
13 Por isso posicionei alguns do povo atrás dos pontos mais baixos do muro, nos lugares abertos, divididos por famílias, arma­dos de espadas, lanças e arcos.
14 Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas.
15 Quando os nossos inimigos descobri­ram que sabíamos de tudo e que Deus tinha frustrado a sua trama, todos nós voltamos para o muro, cada um para o seu trabalho.
16 Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de Judá
17 que estava construindo o muro. Aqueles que transporta­vam material faziam o trabalho com uma das mãos e com a outra seguravam uma arma,
18 e cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta.
19 Então eu disse aos nobres, aos oficia­is e ao restante do povo: A obra é grande e extensa, e estamos separados, distantes uns dos outros, ao longo do muro.
20 Do lugar de onde ouvirem o som da trombeta, juntem-se a nós ali. Nosso Deus lutará por nós!
21 Dessa maneira prosseguimos o trabalho com metade dos homens empunhan­do espadas desde o raiar da alvorada até o cair da tarde.
22 Naquela ocasião, eu também disse ao povo: Cada um de vocês e o seu ajudante devem ficar à noite em Jerusalém, para que possam servir de guarda à noite e trabalhar durante o dia.
23 Eu, os meus ir­mãos, os meus homens de confiança e os guardas que estavam comigo nem tirávamos a roupa, e cada um permanecia de arma na mão.

Neemias 3

Os construtores das muralhas

1 O sumo sacerdote Eliasibe e os seus colegas sacerdotes começaram o seu trabalho e reconstruíram a porta das Ovelhas. Eles a consagraram e colocaram as portas no lugar. Depois construíram o muro até a torre dos Cem, que consagraram, e até a torre de Hana­neel.
2 Os homens de Jericó construíram o trecho seguinte, e Zacur, filho de Inri, cons­truiu logo adiante.
3 A porta do Peixe foi reconstruída pelos filhos de Hassenaá. Eles puseram os batentes e colocaram as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar.
4 Meremote, filho de Urias, neto de Hacoz, fez os reparos do trecho seguin­te. Ao seu lado Mesulão, filho de Berequias, neto de Mesezabel, fez os reparos, e ao seu lado Zadoque, filho de Baaná, também fez os reparos.
5 O trecho seguinte foi reparado pelos homens de Tecoa, mas os nobres dessa cidade não quiseram se juntar ao serviço, rejeitando a orientação de seus supervisores.
6 A porta Jesana foi consertada por Joiada, filho de Paseia, e por Mesulão, filho de Besodias. Eles puseram os batentes e coloca­ram as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar.
7 No trecho seguinte os reparos foram feitos por Melatias de Gibeom e Jadom de Meronote, homens de Gibeom e de Mispá, localidades que estavam sob a autoridade do gover­nador da província do Trans-Eufrates.
8 Uziel, filho de Haraías, um dos ourives, fez os repa­ros do trecho seguinte; e Hananias, um dos perfumistas, fez os reparos ao seu lado. Eles reconstruíram Jerusalém até o muro Largo.
9 Refaías, filho de Hur, governador da metade do distrito de Jerusalém, fez os reparos do trecho seguinte.
10 Ao seu lado, Jedaías, filho de Harumafe, fez os reparos em frente da sua casa, e Hatus, filho de Hasabneias, fez os reparos ao seu lado.
11 Mal­quias, filho de Harim, e Hassube, filho de Paate-Moabe, repararam outro trecho e a torre dos Fornos.
12 Salum, filho de Haloês, governador da outra metade do distrito de Jerusalém, fez os repa­ros do trecho seguinte com a ajuda de suas filhas.
13 A porta do Vale foi reparada por Hanum e pelos moradores de Zanoa. Eles a reconstruíram e colocaram as portas, os ferro­lhos e as trancas no lugar. Também repararam quatrocentos e cinquenta metros do muro, até a porta do Esterco.
14 A porta do Esterco foi reparada por Malquias, filho de Recabe, governador do distrito de Bete-Haquerém. Ele a reconstruiu e colocou as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar.
15 A porta da Fonte foi reparada por Salum, filho de Col-Hozé, governador do distrito de Mispá. Ele a reconstruiu, cobriu-a e colocou as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Também fez os reparos do muro do tanque de Siloé, junto ao jardim do Rei, até os degraus que descem da Cidade de Davi.
16 Além dele, Neemias, filho de Azbuque, governador de meio distrito de Bete-Zur, fez os reparos até em frente dos túmulos de Davi, até o açude artificial e a casa dos soldados.
17 Depois dele os reparos foram feitos pelos levitas que estavam sob a responsabili­dade de Reum, filho de Bani. Junto a ele Hasabias, governador da metade do distrito de Queila, fez os reparos em seu distrito.
18 Depo­is dele os reparos foram feitos pelos seus compatriotas que estavam sob a responsabili­dade de Binui, filho de Henadade, governa­dor da metade do distrito de Queila.
19 Ao seu lado Ézer, filho de Jesua, governador de Mispá, reconstruiu outro trecho, começando de um ponto que fica em frente da subida para a casa das armas, indo até a esquina do muro.
20 De­pois dele Baruque, filho de Zabai, reparou com zelo outro trecho, desde a esquina do muro até a entrada da casa do sumo sacerdote Eliasibe.
21 Em seguida, Meremote, filho de Urias, neto de Hacoz, reparou outro trecho, desde a entrada da casa de Eliasibe até o fim dela.
22 Os demais reparos foram feitos pelos sacerdotes das redondezas.
23 Depois, Benja­mim e Hassube fizeram os reparos em frente da sua casa, e ao lado deles Azarias, filho de Maaseias, filho de Ananias, fez os reparos ao lado de sua casa.
24 Depois dele, Binui, filho de Henadade, reparou outro trecho, desde a casa de Azarias até a esquina do muro,
25 e Palal, filho de Uzai, trabalhou em frente da esquina do muro e da torre que sai do palácio superior, perto do pátio da guarda. Junto a ele, Pedaías, filho de Parós,
26 e os servos do tem­plo que viviam na colina de Ofel fizeram os reparos até em frente da porta das Águas, na direção do leste e da torre que ali sobressaía.
27 Depois dele os homens de Tecoa repararam outro trecho, desde a grande torre até o muro de Ofel.
28 Acima da porta dos Cavalos, os sacerdotes fizeram os reparos, cada um em frente da sua própria casa.
29 Depois deles Zadoque, filho de Imer, fez os reparos em frente da sua casa. Ao seu lado Semaías, filho de Secanias, o guarda da porta Oriental, fez os reparos.
30 Depois, Hananias, filho de Selemi­as, e Hanum, filho de Zalafe, fez os reparos do outro trecho. Ao seu lado, Mesulão, filho de Berequias, fez os reparos em frente da sua moradia.
31 Depois dele, Malquias, um ourives, fez os reparos do muro até a casa dos servos do templo e dos comerciantes, em frente da porta da Inspeção, até o posto de vigia da esquina;
32 e entre a sala acima da esquina e a porta das Ovelhas os ourives e os comercian­tes fizeram os reparos.