Coleção pessoal de BarbaraSwthel
Solte o Nó - Abra o Peito Sem Medo
Às vezes, a ansiedade pesa, nos afunda,
como águas profundas que puxam para a imunda.
Mas lembre-se, falar é luz, é respiro,
é o primeiro passo, o mais firme suspiro.
Desabafar é tirar o peso do peito,
é dizer ao silêncio que já não tem mais jeito.
Cada palavra é como âncora solta,
permitindo que o coração de novo se revolte.
Você não precisa carregar tudo sozinho,
há força em dividir, em pedir carinho.
Falar é o começo da leve subida,
é lembrar que, mesmo nas sombras, há vida.
Solte o nó, abra o peito, sem medo,
cada desabafo é um passo, é um enredo.
E assim, aos poucos, a luz vai crescendo,
e o que te afundava, você vai vencer.
Nos Meus Erros Há Vida
Amar minhas falhas, sem medo ou recebimento,
são marcas do caminho, trilhas que vieram.
Enxergar beleza no erro, no tropeço,
cada queda me ensina a ser mais denso.
Nos meus erros há vida, há aprendizado,
cada curva errada me deixa mais lapidado.
Cresço com eles, não fujo ou me escondo,
pois é na escuridão que encontro o meu fundo.
Evoluir com cada passo imperfeito,
desenhar novos rumores, sem medo, sem jeito.
Sou um mosaico de erros e acertos vívidos,
e, por isso, me amo, me aceito, sou íntegro.
Permita-se
Seja paciente com você,
como o rio que molda a pedra, sem pressa, sem temer.
Permita-se o descanso, o abraço da calma,
um sorriso leve, que aquece a alma.
Mire o horizonte, mesmo em dias cinzentos,
onde o sol escondido ainda guarda seus talentos.
Dê-se o mimo de uma pausa serena,
pois até o vento relacionado em sua cena.
Respire fundo, acolha o agora,
o tempo não corre, apenas se demora.
Você merece o toque suave do dia,
e o brilho constante de sua própria companhia.
A Prisão da Ansiedade: Como se Libertar
A ansiedade pode ser uma prisão invisível, que prende a mente e tira a paz. Mas você não precisa viver assim. Vamos explorar juntos maneiras de entender e transformar essa sensação, trazendo um rompimento e um novo começo para sua vida. Dê o primeiro passo para a liberdade e permita-se descobrir que existe vida além das notas de ansiedade. Respire fundo e vem comigo nessa jornada!
Liberdade
Amor que prende, amarra e cega,
Que quer ter para si, e não sossega.
Confunde o zelo com a prisão,
Chama de amor o que é obsessão.
É querer ter em jaula o passarinho,
Roubar-lhe o voo, cortar-lhe o caminho.
E quando ele chora, implora o ar,
Diz que o sufoco é só por amar.
Esse amor de notas, de desespero,
É mais temor, é menos zelo.
Quem ama o outro sem opressão
Ama o mundo que há no coração.
Porque amor real é liberdade,
É saber que se fica pela vontade,
É cuidar sem algema, sem corrente,
Sem vigiar, sufocar a mente.
Quem ama deixa o ser alçado,
segura na mão, mas não faz nó.
E entende que amor de verdade,
É laço leve, não aprisiona em pó.
O Peso de Amar Demais
Dizes que ama e cuida, com devoção,
Mas quem carrega esse amor na mão?
Se ao outro nega o espaço e o ar,
Que tipo de amor está a oferecer?
É belo querer bem, querer sempre perto,
Mas o amor precisa de um campo aberto.
Ele é sutil, é mão contínua,
Não algema, não impõe saída.
Cuidado e amor, tão fácil de confundir,
Mas quando o zelo aperta, faz o outro fugir.
Amor de verdade é brisa e brando toque,
Não o peso de um eterno bloqueio.
Dizer que alguém é a melhor coisa da vida
É leve no som, mas profundo na lida.
Será que quem ama também permite voar?
Ou teme que o outro se vá ao ar?
Reflete se o amor não sufoca o peito,
Se não é uma forma de querer do teu jeito.
Pois amor é um rio que sabe correr,
Não busca reter o que deve crescer.
O Amor Que Renasce
Ah, que o mundo não seja o fim do amor,
Nem da esperança que pulsa em nós,
Que o sofrer não cale a doce voz
De quem insiste em crer na flor.
Se a paz não é amor, que seja o começo,
De um renascer que cura a dor,
Pois quem se fecha ao fogo e ao calor,
Perde no peito o único endereço.
Amar é querer, é ousar sentir,
É cair nas águas e aprender a nadar,
É errar, mas nunca desistir,
Que o amor renasce em seu bailar,
Pois mesmo que a dor parece persistir,
É no amor que a vida volta a brilhar.
Porque éramos nós
(Inspirado no romance de Elaine Araújo Brito)
Entre as margens do desejo e do dever,
nos encontramos, dois rios, a correr.
O silêncio gritava o que a vida calou,
e no espelho dos olhos, o amor despontou.
Eu, prisioneira de um lar sem calor,
você, refém de promessas de dor.
Nossos passos dançaram no tempo perdido,
um pacto selado no chão proibido.
Culpa e redenção, num laço apertado,
o ontem nos pesa, o hoje é roubado.
Mas entre os dedos, o toque é verdade,
um grito de alma, clamando liberdade.
Se fomos errantes ou amantes do instante,
quem pode julgar o que foi tão marcante?
Porque éramos nós, no caos e na paz,
um amor que rasga, mas nunca desfaz.
E no eco das escolhas, o que restará?
Uma memória do fogo que nunca se apagará.
Porque éramos nós, e mesmo no fim,
o amor será sempre a linha sem fim.