Coleção pessoal de Barbaraquinta

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Mas que dia chuvoso
Não vou sair de casa, estou com sono...
Deito-me e logo olho pro relógio, fico vendo a hora passar
Respiro e penso ''por quê diabos eu ainda estou aqui''?
Esquivo-me para a cama e logo pego no sono
E sonho
Sei sonhar...
Aliás, quem seria eu, se não soubesse sonhar?

Faço como todos os dias...
Reergo-me e volto a viver
Esqueço o que era pra ser lembrado
Inconsequentemente sonho com o meu passado
Respiro, respiro...
Escuta-me!
Eu sei sonhar...

Eu sinto saudade da minha infância toda; de quando eu era feliz e não sabia.
Sinto falta da minha inocência diante das pessoas. Sinto falta de quando eu era pequena, eu podia falar tudo o que eu quisesse, e ninguém me julgava e nem me criticava. Sinto falta da minha ingenuidade, de acreditar que os adultos eram sempre felizes e amáveis. Sinto saudade de quando eu podia brincar na rua o dia inteiro. Sinto falta da época em que eu não tinha responsabilidades. Sinto saudade de quando eu não sabia nada sobre a vida, e jamais imaginava o quanto dói sofrer por alguém. Sinto falta de caminhar pela rua e ninguém te olhar com maldade, porque eu apenas era uma criança. Sinto falta de quando as pessoas apertavam a minha bochecha e me chamavam de fofa. Sinto falta dos abraços carinhosos que as pessoas me davam. Sinto saudades desse tempo...sabe?!

Nos meus pensamentos eu posso voar para bem longe daqui...onde não tenha ninguém para aniquilar o meu silêncio profundo...aonde eu possa me refugiar nos braços de um certo alguém.

O amor? Ah...o amor. Eu sei poucas coisas sobre ele. Pra falar a verdade eu nunca amei ninguém. O amor nunca esteve em mim com tamanha intensidade, nunca esteve direcionado à alguma pessoa. E eu ainda sinto essa necessidade de demonstrar amor. Mas enfim.
Já ouvi dizer que quando você ama alguém, você se torna cego. O resto do mundo pouco importa, eles se tornam invisíveis diante disso.

Sinceramente, para mim, o amor nada mais é do que uma necessidade, algo que precisamos para (sobre)viver...por isso se tornou tão importante.
Além de todas essas conclusões, o amor é aceitação, respeito, fidelidade, sinceridade, compreensão, o amor é tudo. O amor é nada.
Ele por si só, é belo, sublime, grandioso, encantador. O que estraga, é o que as pessoas costumam fazer com ele.

Sofrimento é amar e não ser amada. É querer e não poder ter. É não se amar, principalmente. Sofrimento é não viver de verdade por ser limitada pela timidez. Sofrimento é estar na solidão, sem ninguém por perto. É chorar sem ninguém ouvir. É rir sem companhia. Sofrimento é sentir saudade de tudo que já passou [...]
Enfim...existem vários tipos de sofrimento na minha vida. E eu consigo encará-los. Não todos, apenas alguns, os mais ''fáceis'', digamos.
Mas apesar de tudo, sofrer amadurece-me e me ensina bastante coisa, e isso, de certa forma, faz parte da vida.

Infância...passou e deixou bastante saudade.

Sempre existe algo que você queria ter dito para alguém, em algum momento específicio mas não quis falar ou simplesmente não pôde falar, e depois você sempre pensa nisso...em como seria se você tivesse falado isso ou aquilo. A pior coisa que tem é isso, perder a oportunidade de expressar algo que você fazia questão que soubessem.

Nenhum sentimento é importante pra mim. O amor é apenas necessário, não importante. Pois...de alguma forma, todos nós precisamos dele e de todos os outros. Querendo ou não.
O humano é dominado pelos sentimentos, sem eles, talvez, não seria possível viver de verdade. Sem os sentimentos o mundo seria vazio. Sem sentido.
O ser humano é dependente dos sentimentos, e os sentimentos são dependentes do ser humano.

Para amar é preciso ter coragem. É preciso não ter medo das consequências do ''amar''. É importante saber controlar os sentimentos. É necessário se comportar e saber das suas limitações.
Tem que ser forte o bastante para demonstrar os seus sentimentos e não temer a nada nem a ninguém. Um covarde é incapaz de demonstrar amor.

Escutar música. É algo que me desliga totalmente do mundo inteiro. Quando escuto música eu consigo ter paz e momentos de reflexão. Penso e ao mesmo tempo deixo a música invadir-me. Adoro, amo escutar música.

A chuva tem o poder de acalmar qualquer um. Ela te trás uma profunda paz interior. A chuva é fascinante, incrível, sublime. Ela representa as lágrimas que cada um guarda dentro de si.

''Todas as chuvas tem o poder de me fazer viajar ao passado. Me faz imaginar, sonhar.''

Ela é bastante inteligente, e quando quer, consegue ser engraçada.
Ela usa a ironia como uma arma, para se proteger de pessoas bestas e fúteis. É bastante ligada a família e aos pouquíssimos amigos que tem. Mas mesmo assim ela se sente só. Algo vazio toma conta do Mundo dela.
Ela se considera infeliz, por motivos que ela mesmo não sabe.
Ela no caso, sou eu.

Vivo perdida. Tentando me encontrar.

Seria bem mais fácil eu distribuir lágrimas, ao invés de sorrisos.

A vida é anti-eu.

O amor sempre vem acompanhado do ódio. Ele é oculto nos primeiros momentos mas depois sempre aparece, assim meio que subitamente.

Sou realista. E por muitas vezes isso me torna uma pessoa pessimista. Mas eu acho certo pensar em tudo de ruim que pode vir a acontecer. Não é exatamente pessimismo, é só uma forma de se ''preparar'' pro pior.

Sou bem seletiva na hora de escolher amigos. Não vou confiando em qualquer um, aliás eu sempre confio desconfiando de todos. Acho que é por isso que tenho pouquíssimos amigos. E, sinceramente, até que eu gostaria de ser menos introvertida, para poder conversar e conhecer mais as pessoas, mas por muitas vezes minha timidez me impede de fazer isso.

Sinto que a noite, o nível da minha criatividade aumenta. É esquisito, mas é verdade. Eu fico mais inteligente nesse período do dia, na maioria das vezes.

Vida após a morte. É uma coisa muito utópica para se acreditar. Creio que quando morremos viramos pó e nada nos resta. Infelizmente, pois eu acho que algumas pessoas deveriam ser eternas e que não ficasse apenas em nossos corações...
Pra mim a morte é o fim, fim de uma vida. Não há nada além dela.
Dói pensar assim. Muito. Mas pra mim se tornou a verdade que eu acredito.