Coleção pessoal de Barbaraalbach

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Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.

Me deram um nome e me alienaram de mim.

Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão.

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdoo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer.

Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi o apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

É um amor pobre aquele que se pode medir.

Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro.

Quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou quando nela estiver.

Não nos vemos se não nos saímos de nós.

Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos.
Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça.
Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum.

Se eu estiver a ser sincero hoje, que importa que tenha de arrepender-me amanhã?

Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui.

Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.

Nada é para sempre, dizemos, mas há momentos que parecem ficar suspensos, pairando sobre o fluir inexorável do tempo.

Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas já eu teria desistido da vida.

Dirão, em som, as coisas que, calados, no silêncio dos olhos confessamos?