Coleção pessoal de BALSAMELO

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Não existe desentendimento... Cada um apreende do seu modo.
Pedras são pedras e plumas são plumas.

Estou levitando por aqui...
a despeito do peso de mim!

Deixa o mundo girar.
O porto de partida sempre é o porto da chegada.
Sempre ando mirando o horizonte!
Não singrarei meu barco com o peso de agora,
não levarei culpa e nem culparei...
fui o que pude, mas a essência não fora capaz de suprir
a beleza do frasco que é o alvo pretendido!
Deixei o que pude e com o exalar do cheiro... o vento expandiu-me e volátil e sem imagem não signifiquei!
Enfim... enfim.
Fim.

Quando colocamos pontos finais em um mesmo assunto,
repetidas vezes,
viram reticências.

Contemporizo-me num estreito espaço de sôfregas e sofríveis lembranças.
Enleio-me numa mistura torturante de saudades.
Vento soprando a tez desenhada com sinais de irrecuperável tempo.
Aceno o modo da penúria que faz brotar acidez face abaixo.
No retórico retoque não há maneira exata.
A inexatidão é fato.
Absorvo os meus ais para absolver o meu sussurro.
Inexorável confidência que me impõe sentir a alma ausente e perdida dentro do seu mundo.

São lenitivos para a alma tudo aquilo que não impõe o grito ou o silêncio absoluto.

Ajuntei um tanto de letras da minha alma...pingadas sílabas cosidas no desabafo deste alforje incontido semearam lucidez ilúcida...amor descrevendo a vida ida.

O seu grito é o eco do seu destempero.
Assim como o seu silêncio é a acústica da sua falta de atitude.

Ponteiros que giram no incessante tempo da espera.
Sonho que dorme com a aurora.
Vozes que me buscam sem trégua.
Saudades sem fim.

A expressão do amor não assume a semântica puramente.
Os seus gestos assinalam todo o conteúdo do amor ou da falta dele.

O caminho seguido com Deus...por mais difícil que seja...é a certeza de um dia melhor.
Caminhemos com o aviso e a certeza que a roda da vida não para.

Quero andar suavemente neste estribilho que acena.
Fico no espaço que não me incomodam os movimentos alheios.
A escolha é individual.
Não gosto das penas que não assinam.

Sinais.
Portas abertas.
Ciscos voando.
Eu?
Voltando para mim.

O VENTO ASSOBIA TOCANDO O ROSTO E O TEMPO PASSA!

LONGAS HORAS ENTRETEM-ME NESTA DEMORA!

OS SENTIMENTOS NÃO PODEM SER ENTALHADOS COMO ESCULPIMOS OUTROS OBJETOS!

GRAVITAM SONHOS, ESPERANÇAS E SENTIMENTOS NESTE ESPAÇO QUE VEM SENDO MINADO PELA LASSIDÃO PROVOCADA PELA AUSÊNCIA DA SUA VOZ!

OS OLHOS LASCIVOS TENTAM NÃO ESMORECER, MAS SE DENUNCIAM EMBEBEDANDO MINHAS MÃOS!

FRÁGEIS ESTES ENLEVOS, MAS A IMPACIÊNCIA DO SINAL DE VIDA ESTANCA UM RISO E ELE SOFRE AO PERCEBER QUE O SEU DESTINO É REPETIR O GOTEJAR DOS VISORES BUSCANDO O SEU VULTO!

SONHOS SÃO ESGANIÇADOS E FINDAM COMO DANTES ESPERANDO UM SIMPLES CARINHO PARA SOBREVIVER!

VOCÊ NUNCA CHEGA E, NESTA ALEIVOSIA DE DEDICAÇÃO, PADEÇO MAIS UM DIA DE SOLIDÃO!

©Balsa Melo

31.07.05

Cabedelo - Paraíba

Renunciamos, muitas vezes, ao amor que sentimos.
Mas não nos esqueçamos de pedir que nos devolvam
para que possamos caminhar inteiros.

Só a vida poderá ser o condimento para melhorar o péssimo humor de indivíduos insossos.

As pessoas fogem em face às suas comodidades de vida. Preferem continuar na mesmice do dia que apenas passa, sem muito sentido.

Deixemos os pontos do passado acentuar a história que passou... nada mais. Talvez, sejam apenas pontos ou até poderão ser acentos.

O exemplo educa, então, percebamos os gestos que a vida nos oferece. Não vivemos sem o ar e, nem por isso, ele nos reclama sobre a sua importância.

O suspiro anuncia que há vida. Outros gritam e, nem assim, conseguem expressar um simples suspiro.