Coleção pessoal de babimoulin
Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias.
Apesar de muitas conversas, pouca coisa foi dita. O essencial sempre ficará no fundo, esmagado pela superficialidade.
Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar. Quando se pára de pedir, a gente está pronto para começar a receber.
Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça a doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada.
É preciso acabar com esse medo de ser tocada lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.
Pois hoje emergi calçando salto 15, ombros muito para trás, porte ereto e saia justíssima. Nariz arrebitado. Pisando duro. Pensam que vão acabar comigo? Nunca!
Fico pensando às vezes como deve ser bom ligar e dizer "aconteceu algo terrível, sinto que não vou suportar" e ouvir "senta e me espera, tô indo agora te ver".
Seria bonito, e as coisas bonitas não acontecem mais!