Coleção pessoal de AZEVEDODouglas

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O amor e o poeta:

"Vejo-me só com meus poemas
E em quantos deles o amor desprezei
Mesmo assim é ainda sobre ele que escrevo
Que insistência esse amor tem!"

Doce ilusão

A cura não me alcança
Ainda bebo aquele veneno
Que me paralisou, que é amor
Que faz de mim um viciado, um legado
Pela lembrança, um condenado
Em regime de esperança

[...]

Então digo, para não esquecer
Que não há perigo d’eu escapar
Ninguém que passe por aqui
Terá um carro ou um avião
Que leve o peso desse coração
Que só você pôde aliviar

Mas que loucura essa paixão!
Que pensaria eu sobre a situação,
Se fosse incapaz de amar?
Até parece normal a obrigação
Não me culpe não
Pois é você que ainda
Tão diferente será
A mesma que vou amar

[...]

E que pena vou sentir
Desse amor que sinto
Vai parecer tão pequeno
Que pode até desaparecer
Frente ao que a liberdade
Prometeu nos trazer

Deixo correr o tempo
E deixe-me escrever
Já que não ponho risco em mais nada
Já que não surpreendo mais você

Eu vou pro seu lado
Você vai ao contrário
Sempre foi e pode ser.

Geralmente, não confio nas pessoas não por não serem confiáveis e sim por não serem confiantes...

Uma fraca percepção constrói muros e lhe deixa à deriva, a forte percepção constrói escadas e pontes.

A potência que você atinge e a dedicação que você canaliza para se livrar de uma inconveniência é a mesma que você precisa para alçar seus sonhos.

Falta faltar o ar
Quando a gente
Se encontrar

Saudade é casa
Onde mora o amor
Agora é longe
O tempo sem você parou

Perto do sentido
Incompreendido
Encontrei toda razão
E tudo está perdido
Menos o coração

Eu não terminei
E ninguém pode
Com isso acabar
O que comecei
Não foi errado
Mas pode falar
Eu não terminei
Tenho começado
Mas não sou só
Eu responsável
Sou a causa
E resultado
Eu não terminei
A quem vim amar
Mas pode findar
Esse compromisso
Estou muito além disso
E não vou mesmo parar
Eu não terminei
E não vou esperar
Pode chegar com um grito
E dizer que vai acabar
Ou pode mesmo calar
Tentando antecipar
Eu não terminei
Eu não ouço
Eu grito
Eu sei
Estou louco
Esqueceu?
Sou tudo que fui
Tudo que não
Te aconteceu
Tudo que nisso
(R)estou não é
Mais eu
Mas quem sou
Deixou
Tudo que era
Pra ser
(S)eu
Eu não terminei
Então não venha
Dizer qual louco
Sou eu
Que eu te acuso
Doutora
De tentar curar
Quem você adoeceu
Pois não venha mesmo
Dizendo que está louca
E quer terminar
Eu te acuso
De tentar me matar
Só pra me salvar
Do que não te aconteceu
Eu não terminei
E não consigo
Voltar atrás
Eu já sou
Se você
Quer
Ser mais louca
Que eu
Faz.
!
Eu bem mais louco do que era capaz
Como um louco
Não como um morto
Eu não.

Liberdade não tem nenhuma relação com descompromisso, contanto que sejamos livres para associarmo-nos e perpertuarmo-nos com o que desejarmos.

Eu não sei se fiz a coisa certa, mas não era exatamente o certo a se fazer. Ainda quero você, de vestido, te ver.
Dormir e sonhar é uma desgraça, quando acordo e não sinto seus doces cabelos a me envolver.
Eu queria, aquele dia, te perguntar se concordava com como seria depois dali. Queria ter combinado um jeito da gente sair, uma vez a cada dois meses, pelo menos, dia 22, se preferir. Talvez eu preferisse ainda te amar e me ferir, um quase voto de castidade, para quem nunca quis sofrer a maldade de não ter quem ama perto de si.
Não tenho tudo o que quero, vou viver querendo assim, precisando só do que eu tenho e querendo de volta só o que me falta para ser feliz.

Desculpe se lhe fiz sofrer, sob meu método de provar o saber

Desculpe se preciso de provas, mas só posso agir se as ter

Desculpe se não ajo por impulso, eu poderia me perder

Desculpe se eu não sei bem para onde estou indo, mas é o que busco saber.

Eu tenho sonhado os momentos mais atormentadores. Quando íamos prontos a fazer nossas carícias e sonhos de amor e éramos sempre interrompidos por momentos de terror, por gente que nos queria a atenção. E crescia entre nós a solidão.

Me doeu anunciar a minha hora de partir.

Vem você me abracar. Atrasa e dificulta o penoso trabalho. Sair do seu abraco, é como deixar éden por um fútil compromisso. A minha magna reunião acontece quando reunimos braços olhar e coração. Eu tinha compromissos. Mas por favor, não me largue jamais. Porque mesmo que eu saia, meu pensamento aqui jaz. Eu tenho que partir. Construir a estância de nosso futuro. Mas por favor, me segure um pouco mais. Pode ficar comigo. Os minutos a mais eu desconto correndo de volta. Uso de todo seu calor, combustão para meu gás.

Lindos de olhar, suaves de tocar

Hoje vi que estava ontem e renasci do acidente

Cheguei cansado, desolado,
Sozinho e já afastado
E a fome pretendeu, fazer-me dormir
Para esquecer da noite
A pior que já vivi

As ondas não cessaram
A maré ousou subir
Encurtando a noite
Instigando-me a fugir:

Rema!
Remei!
remenda!
Acorda! Cadê o elixir?

Assopra brisa forte sobre o rosto
Mas nenhum perfume hei de sentir
Meia volta completa do estalo contínuo
Do mau cochilo, desperta o menino
Para a janela ver o maior brilho

Ela está e sempre esteve lá fora
Cansada, desolada
Sozinha e já afastada

O mesmo vento que lhe tira a traz de volta
O perfume do sopro da vista
E tudo a volta se renova
É dia, um outro... Acorda!
É dia, o cheiro das flores lá fora!

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Não é sempre a maior ou mais colorida flor que traz em si o melhor néctar.

Não me confunda com sua rotina

O mundo atribui valor às coisas das quais eu não estou disposto a pagar.

As pessoas sofrem em solidão e sorriem em solidariedade...

Fiquei doente esperando um amor sadio.

Outro lugar
Outro par
Outro lar
A festa que é a vida termina,
Só não tem hora pra acabar.

Que eu queime no inferno, pois saberei de minha alma.