Coleção pessoal de AxiReed

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Confiança três, Vicinal dez.

Fui à Confiança três, vicinal dez.
Comi queijo...
Fiz matança,
De peixeee.

Voltei meio que inchado
Não bebi
Não sou pé inchado.
Porém pium algum
Teve pena de mim.

Corri no lavrado,
Montei a cavalo.
Uma páscoa sem igual
Amigos família.

Gente louca e normal.
Cheirinho do campo
A meu nariz traz encanto.

Falta de luz de água?!
Nada melhor que um garapé
Indo a pé.

Inda pena lá
Ter sido alguns dias
Contos os dias
Para voltar para lá.

Lembro do por do sol,
Da espingarda mal usada.
Do jipe no lavrado,
Na piçarra, no mato.

Ê saudade daquele lugar
Que o peru
Põe até o dono a correr!

Se fosse por eu,
Seria o lugar
Ideal para envelhecer.

A meus olhos existem cem mil pessoas iguais, mas na verdade são realmente todas iguais, todas são idiotas, a única coisa que muda são suas personalidades, isso é simples assim, são cem mil mais sem mil.

Que caminho?

Até parece que irei seguir aquele caminho
Ou aquele
Ou aquele
Ou aquele outro
Aquele lá
Aquele caminho
Ou aquele outro.
Talvez aquele caminho
Talvez aquele
Ou aquele
Ou aquele
Ou aquele lá
Ou esse que estou seguindo,
Vou seguir o caminho que eu quiser.
Seja aquele
Aquele,
Aquele,
Aquele lá
ou esse!

Que caminho que é aquele lá?

Fuja do seu coração
Fuja da sua razão.
Fuja de si
Fuja da vida fútil.
Fuja de mim!...

Eu? Mim? Me?

Eu não sei o usar o "mim".
Me usa por usar.
Mim?
Por “eu”
Usa-me
E mim não sabe rimar.

Me é estranho para eu
E eu estranho usar mim.
Mimaram-me
Com o eu.
Mim, me, mim, me eu.

“Eu irei andar.
Ande por mim?
Eu não sei me movimentar.

Eu sei que nada sou.
Eu sei que me não ama somente a mim.
Eu posso ser leigo.
Eu sei que sei pouco.”

Viu como me
Não sabe usar o mim
Mas usa bastante eu?

Já ouvi a frase
“Eu te amo”.
Quem dera
Eu não pudesse ouvir.

Essa frase forte
Marcante poderia sumir,
Sumir da minha mente.
Mas não tenho essa sorte.

Eu deveria ter nascido surdo
Ou mudo...
Não que eu nunca
Tivesse tido vontade de escutar.
Porém passei a detestar essa frase.

Ela junta ser e fazer...
Porque inventaram tal frase?
Não deveria existir você
Nem eu,
E muito menos o amor.!

Day Kiss?

O que há de errado?
Hoje são treze de abril
E eu não beijei ninguém.

O que devo fazer para ganhar
Um simples beijo?!
Os dias passam tão rápidos
Sinceramente.
Eu a beijei muitos dias antes desse.

Talvez por castigo
De uns dias sem poder nos falar.
Não ganhei tal beijo!

Por que treze de abril?
Poderia ter sido primeiro de janeiro
Não o dia que eu fique sem beijo
Mas o dia do beijo certo para beijar.

Temos mundialmente outra comemoração
Seis de julho.
Outro tal dia do beijo.
Porque um perto do outro
Será que os dias querem imitar o beijo.

Um lábio perto do outro
Um lábio encostando-se a outro.

Por eu deveria ser
No dia trinta e um de Dezembro
Sabe por quê?

Por que é o ultimo dia do ano.
Então fica distante o primeiro dia
Do ultimo dia.

Mas não é essa a questão.
Que meu beijo hoje.
Meu beijo amanhã
Um beijo a cada dia
Um beijo a cada manhã.
Para nós deveria ser os dias dos beijos.

Não sou promiscuo,
Não sou bipolar…
Não sou louco,
Não sou demente,
Nem crente
E nem descrente.
Sou presente moral
Sou ausencia vergonhosa.
Não tenho pensamento lerdo,
Ou tenho?
Só sei que tenho ideias cabulosas.
Não penso só asneiras
Acredite nas palavras desse idiota.!

De hora
Em hora
Outrora
Alma rara
Surgi do nada.

Se espalha
Se entrega
Apaga com calma.

Ser, Ter,
conter,
calar,
Dedicar
sem rezas
sem promessas.

Dizer,
condizer,
contradizer
e acreditar.

O poeta quando não descoberto
Deixa seu medo o controlar.
A outros olhos
O poeta é calmo é normal,
Mas ainda sim
Não se considera poeta.
Porque é louco é culto fechado
Esquecido.
O seu interior grita
Repudia.
Quer rir...
Chora... Não consegue correr de si.
Não sabe o que é aquilo,
E que confusão inebriante é aquela.
Não se solta
Não se diz! Não se mostra!
Odeia ser chamado de poeta.
Ele simplesmente se apaga!
Sufoca-se, esperneia, grita e geme.

Vocês que não vêem amor na miséria
Não sabem o que é amor.
Vocês que não vêem a humildade diante a lama barrenta.
Realmente não sabe o que é humildade.
Vocês que não retratam a vida com um simples sorriso.
Não sabem quão grandiosa é a felicidade.
Vocês que inda tem pena a morte.
Não sabe o que é fome.

Entre tantos animais, alguns racionais.
Entre alguns racionais, os animais.
Entre uns e outros, todos animais.

Acho que está na hora de eu ir
Pois tenho que caminhar.
Estive muito parado hoje
Preciso ir a algum canto.
Ir para casa, descansar.
Tenho que inventar
Fazer algo importante,
Por incrivel que pareça.
E eu farei algo
Pois o o dia caminha
E a noite corre.
E se forem mas rapidos que eu.
O que poderei aproveitar?

Natureza sem igual

Tão tocante maravilha
És bela e ortogonal.
Porém tão tripudiada agonia,
Releva graus tocantes
Como a de uma relva,
Espalhada dimensionalmente
Entre floresta e campo.
Em meio ao estrume
De animas campeiros
E florestais.
Cavalos, macacos,
bichos de composições fecais.
Nunca vi tanta beleza.
A natureza limpa
És tão boita
Quando está naturalíssima.
Quero sempre poder vê-la, tocá-la!
Quero-te espalhada, molhada,
Do jeito que estiver sendo natural...

A vida tem muitas faces
De todas, uso uma.
De uma vejo outras,
Outras... E outras.
Nada passa em branco.
Cato tudo.
Porém guardo me faço opaco.
Minha natureza é essa.
Não posso escolher duas faces
Nem três ou quatro.
Gosto de ser apenas um.
Posso ser ridicularizado,
Conhecido...
Estagnado!
Porém minha face é a mesma.
Pois entre ser e parecer muitos...
Decidi ser só um.!

A vida é uma rima seguimentada de fatos. Ouço todos os dias: beija meus e eu beijo tuas mãos, beija minhas mãos que eu beijo teu pés, costa quente costa fria, mão seca mãos molhadas.
se é que me entendem não ouve rima mais uma conclusão ritimada.

Amante

Amo-te sem razão…
Razão aquela de contar as estrelas.
Amo-te pela mesma razão
De que alguém conta grãos de areia.
Amo-te por que não posso amar outro alguém.
Amo-te porque cansei de amar a mim.
E eu aprendi a amar
Mas não sei como amar você.
Amo-te por essas razões,
Razões essas que não sei explicar.
Amo-te porque…
Amo-te porque eu não sei o porque,
Porque mesmo que eu soubesse
Eu a amaria mais.
Amo-te até nos dias mais banais.
Amo-te nos dias de alegria, nostalgia e melancolia.

Amo-te como quem ama
E não como quem é amado.
Amo-te mais que alguém
Amo-te mais do que alguém já poderia ter te amado.
Amo-te mais do que alguém já me amou.
E mesmo que eu morra
Ainda irei te amar.
E mesmo que mate meu ser amado
Ou o amor do meu ser…
Ainda sim irei te amar!

Amo-te pelo mesmo motivo
Que outros amam.
Amo-te por motivo algum.
Amo-te… Por amar.
E é por isso que amo-te!

Odeio isso que chamamos de vida e quanto mais eu vivo, mais percebo que não vivi, mas sim que sobrevivi todos esses dias.!

Dei com a cara na porta!
Estou marcado até hoje,
meu rosto pegou na quina da fresta.
Havia outras portas, e uma enorme janela.
Porém fiquei inebriado.!
Gamei, não prestei atenção e dei de cara.!
Mas tipo, nada ver uma porta no lugar errado.
Perdi atenção da outra!
Olhei a porta que dei de cara,
Era estranha, diferente!
Mas não sei por que...
Acho que foi amor a primeira vista.
Por algo material
Que tornou-se sentimental.

Incorpore alma!
Esse corpo que tal verme, está espalhado em suas entranhas!
Alma minha! Que corpo nu és esse?
Caminha entre veias, uma repugnância horrenda.
Lava estes pés bichados.
Que oriundo estás amado, por uma fenomenal chaga!
Secreções, mucosas! Espalham paixão!
Paixão essa que pouco a pouco estás a ser estagnada por ti!
Minha pobre alma. Dejeta tua compaixão por mim!
Compadece esse imundo corpo que ama a ti.!