Coleção pessoal de Aurorinha
Lancei ao vento um beijo
...pedi que a brisa o levasse
E depositasse com carrinho
O beijo na tua face...
Hoje, vem o vento te dizer que ontem...
Ontem...Eu pensei em você!
Maldita seja a palavra mal dita; se não tem algo bom a dizer é mais prudente calar-se, a palavra dita não pode ser apagada como a palavra escrita, ela ganha vida própria e vive pelo tempo que a memória recordar, por isso para cada palavra “mal dita” que for proferida será preciso dez palavras “bem ditas”, benditas palavras em alto e bom tom para que não só os ouvidos escutem, mas também o coração.
A vida é uma escada com incontáveis degraus e alguns andares...A os degraus se reserva o caminhar, os passos seguidos e continuados...o diário cotidiano do andarilho.
Os andares são a pausa, o arfar de ar que antecede a decisão, o descortinar do futuro...Ali, as mudanças repousam a espera dos passos e as decisões confabulam a respeito dos pés...
Meu dono
Julgas-te meu dono?...
Meu dono não pode ser!
Pois não pertenço nem a mim,
Como pertenceria a você?
Sou corpo emprestado;
À alma que nele abita é energia...
- que não pode ser contida -
Um suspiro e parte a alma levando a vida
...E aí, só te resta a despedida!
Quando se ama, se percebe que não é possível viver sozinho...E por mais que os anos passem, espera-se que nunca acabe!
Volta o tempo no caminho à procura das palavras perdidas...Ali ainda hoje o amor...Peregrino sem caminho se faz capela a espera de um altar,
Para saber o valor exato de algo, calcule o tempo que dedicou a tal, valorize sua vida não pelo dinheiro, mas pelo tempo...afinal dinheiro pode ser adquirido já o tempo não aceita barganha.
Lembranças são fissuras abertas no tempo... Ali protegidos do esquecimento envoltos em emoção... fragmentos, pedaços que se desprenderam e que de tão nossos... sempre nos pertencerão!
O maior erro que podemos cometer é parar com medo de errar, o tempo é algo que não volta atrás...Desperdiçá-lo parado é errar duas vezes!