Coleção pessoal de AugustoBranco1
Vivemos num universo medonho
em que a vida precisa alimentar-se da morte para sobreviver,
e ainda ter que agradecer por isto.
Mesmo um completo idiota
é capaz de fazer coisas sábias,
e mesmo um grande sábio
é capaz de fazer coisas idiotas.
Somos todos crianças neste mundo,
e é bom mantermos sempre olhos de ver
e ouvidos de ouvir.
A sabedoria não tem preconceitos.
Às vezes recebemos dádivas que nos levam à desgraça,
e outras vezes tomamos venenos que nos fortalecem.
Não queira aprisionar os corpos.
Os corpos são as moradas dos espíritos,
e os espíritos são livres.
E só onde existe verdadeira liberdade
pode existir verdadeiro amor.
O ser é totalmente consciente.
Nada escapa à mente, tão somente à percepção.
Atos involuntários são apenas a expressão de uma verdade que não foi filtrada, o que não significa que a consciência desejasse que ela fosse filtrada ou não. A mente é um mistério. O que você pensa que é, na verdade é apenas uma sombra do que você verdadeiramente é. Somos seres fantásticos.
Na próxima vez que eu partir, me ame.
Mas me ame com o olhar,
e com um abraço terno e caloroso,
daqueles que fazem a gente desejar viver ali.
Na próxima vez que eu partir, me ame.
Me ame com tua alma,
e faça com que ela invada todo o meu ser.
Me ame com doçura.
Me beije com os lábios já cheios de saudade,
e afague meus cabelos
como quem quer, na verdade, puxar-me para si
e não me deixar partir de modo algum.
Na próxima vez que eu partir,
me agarre, simplesmente,
me prenda entre tuas coxas o tempo que for possível,
e me deleite dentro de ti.
Deste modo, da próxima vez que você me amar
eu é que já não poderei partir.
:::: Augusto Branco
Não é o corpo que me atrai, é a mente.
Belos corpos são vistos em qualquer esquina.
Mentes brilhantes, não. Elas são raras.
E muitas vezes são únicas.
Algumas pessoas são como cometas,
trazem em si aquele brilho mágico
que hipnotiza todos os olhares por onde passa,
e que enche o mundo de alegria, de esperança e poesia.
Astros errantes, vagando inconsequentemente rumo ao Sol,
e assim vão derretendo, se dissolvendo,
até que invariavelmente explodem,
se consomem, chocam-se fatalmente em alguma superfície,
ou simplesmente desaparecem, completamente. Para sempre...
Você certamente já viu algum por aí,
e sorriu e se encantou enquanto ele passava,
pois, sim, algumas pessoas são como cometas,
daqueles que enchem o mundo de alegria,
de esperança e poesia.
Sem fim. E para sempre.
Não adianta muito procurar o amor.
Na maioria das vezes não é você que o encontra,
é ele que encontra você.
Um dia longe de você
e é como se fosse a eternidade inteira.
Então eu descubro que a eternidade dói,
que deixa os olhos rasos d'água,
e que é prima-irmã da Saudade,
que é uma parente malvada do amor...
Sou um retalho de tudo o que toco,
mas que compõe o tecido da minha personalidade.
Por isso, procuro sempre flores e jardins.
Um caminho, não é só um caminho.
É antes de tudo, uma ESCOLHA.
Quais as suas?
Não há escolha fácil.
Mas, qualquer que seja a sua,
haverá sempre quem lhe aponte o dedo em desdém,
e quem lhe aponte o rumo em apoio...
Escolha suas companhias com sabedoria.
Elas vão dar o tom e o compasso da sua jornada.
E sempre, sempre, confie Naquele
que movimenta o universo a seu favor.
Mesmo uma escolha aparentemente equivocada,
pode trazer nova paisagem e mudar nossa perspectiva.
Há na Pimenta, a suavidade da planta
Há na planta, o vigor da terra
Há na terra, a essência da alma
Há na alma, o sopro de Deus.
Sou um cara de sentimentos comuns, ideias banais,
literariamente limitado,
e apenas com muito boa vontade de alguns
posso ser chamado, quem sabe, de poetinha.
Mas escrevo com verdade e coração,
e ao menos para mim é isso que importa.
O sucesso não é como uma montanha
a qual você escala e fica admirando a paisagem do topo.
O sucesso, na verdade, é uma estrada
na qual você chega para caminhar,
e se você parar, você será ultrapassado pelos demais.
Adulto reinventado.
Essa semana foi o aniversário da nossa filha, Sofia.
9 aninhos.
A pedido dela fizemos uma "tarde na piscina".
Ela não queria festa em Lugar alugado. Quis apenas brincar com seus amiguinhos de sala de aula.
Pra variar, cheguei atrasado, após o início da festa, por estar trabalhando.
Mesmo assim, consegui entre um e mail e outro, uma ligação e outra e ainda tendo que sair da festa por duas vezes, observar minha filha.
Brincava com sua irmã e amigos de forma absolutamente a vontade.
Assim são as crianças. Sem mascara, sem comportamento dúbio. Externam sua contrariedade sem preconceitos, nem máscaras.
Quando não gostam de algo, fecham a cara, reclamam e pronto! 5 minutos depois a raiva já passou, pois não engoliram o que lhes fazia mal.
Na contramão dessa externalização, nós, adultos, sabedores das regras sociais que nós mesmos criamos, insistimos em "ensina-las" a se comportar.
Aceitamos o que não devíamos aceitar. Sorrimos mesmo contrariados. Nos relacionamos com quem, as vezes, não gostamos.
Repetimos: filha, sente-se direito, fale mais baixo, não aponte o dedo, abrace a sua irmã, beije seu irmão.
Ora, reservados os poucos e bons conselhos que damos, nós, adultos, temos muito mais a aprender com elas do que o contrário.
Você conhece crianças com gastrite nervosa?
Doente por stress?
Entrando em conflito longo com alguém?
Pois é...
Queremos ensinar, mas ao mesmo passo, não queremos aprender.
Pouco observamos de nós e consideramo-nos ser um livro pronto, sem páginas em branco.
Considero que as crianças e os velhinhos são os seres mais próximos de Deus.
São mais genuínos, mais francos, mais amorosos.
Os velhinhos tem a sabedoria da vida
As crianças, a sabedoria da inocência, do amor puro, simples, desinteressado
E ambos, não aceitam o que lhes faz mal.
Nós, adultos, que rotineiramente, engolimos doses diárias de frustração e desamor.
Nossa frieza ante o sofrimento alheio não existe na tenta idade, nem no outono da vida.
Uma criança quando vê alguém pedindo ajuda, simplesmente vai lá e ajuda. Não vira a cara e finge não ver.
Os velhinhos fazem bingos solidários, correntes de oração, bazares beneficentes...
Regras de conduta?
Ah, meu amigo, quem somos nós para querer ensinar nossos filhos...
Não! Eu não prego a permissividade alucinada. Não defendo que façamos vistas grossas à descortesia, ou alta de respeito.
O que chamo a reflexão aqui (a quem se der ao trabalho de ler) é que aprendamos na mesma medida com que queremos ensinar.
Seremos melhores pais, melhores mães, melhores como "gente".
Apregoo que tenhamos, ao máximo possível, uma só cara, um só comportamento e que passemos a nos importar com o próximo, na mesma medida em que esperamos a consideração alheia.
Que nos comportemos na rua e no trabalho, como nós comportamos em casa, com
Esposa e filhos.
Nosso fígado agradeceria e os corpos assolados por psoriases nervosa,s também...
O que proponho é que nos reinventemos.
Que desconstruamos o adulto, para remonta-los seguindo o manual que vem de fabrica.
O manual que vem direto de Deus.
O manual do Amor ao próximo.
Feliz aniversário minha Sofia!
Caso um dia venha a ler esses pensamentos, perdoe seu pai por ter brincado tão pouco no seu aniversário de 9 anos.
Um dia virei a ser seu filho.
Me tomará pela mão e me explicará coisas que eu teimarei em não aceitar ou entender.
Me levará a missa, ao medico, ao parque...
E, se Deus tiver por mim misericórdia, você minha filha, terá em seu comportamento, a paciência e inocência da criança que é hoje.
Tentarei todo dia me REINVENTAR, segundo o seu manual.
Eu te Amo!