Coleção pessoal de Arcise
Eu tentando dormir hoje à tarde e uma passeata feminista passando na minha rua, as reivindicações eram quase todas sem fundamento. Não se garante direitos com passeatas, se garante direitos com atitudes. Infelizmente observo que mulheres são muito mais machistas que homens. Algumas mães criam seus filhos como retardados. Outras acham normal "o pegador, o galinha, o gostoso", mulheres que aceitam empregos na mesma função ganhando menos e por fim abusos psicológicos e físicos de acorrentadas emocionais. Vamos trocar a passeata por injeção de autoestima.
Sou clean, meu quarto parece quarto de hotel, não gosto de acumular pertences que não uso, tampouco utensílios inúteis. Se não uso, descarto, renovo, reutilizo, reciclo. Não gosto de nada trincado, arranhado, rasgado, enferrujado. Não tenho muito valor sentimental pelas coisas.
Já comprei muitas coisas que não prestaram por pura propaganda enganosa tipo o passador vertical que passa mais rápido que o ferro tradicional, dinheiro jogado no lixo. Contas pagas, não guardo nenhuma, pago no caixa eletrônico no dia do vencimento da conta, se houver alguma reclamação, solicito comprovante do banco. Estou menos consumista possível, aquela febre por sapatos, bolsas, jóias, livros, está passando completamente, ao invés de investir meu dinheiro em compras estou investindo em passeios, viagens, lazer, bem-estar. Mas esconda de mim qualquer quartinho bagunçado, entulhado, tenho vontade de jogar tudo fora, papéis velhos, objetos sem utilidade, odeio receber malas diretas, catálogos de lojas e simulador de empréstimos do cartão de crédito. Para que serve bebelôs, lembrancinhas de aniversário? Para empoeirar! Amo presentes úteis, uma vez ganhei lixeirinha de carro no casamento, canecas, canetas, imã de geladeira. A última foi transformar uma lata de leite em porta lápis, ficou bonitinha, deu um ar retrô na minha estação de trabalho. A única coisa que tenho demais é louça, não curto descartáveis a moda dos descartes, usa e joga. E essas louças tem mais de 10 anos, dá aquela trabalheira, lavar, enxugar, esconder da Tiffany, porque a bichinha não pode ver um monte de copos juntos que quer colocar cada pata dentro de um copo.
Raiva, Frustração, Impaciente, Resmungos, Negação, Ódio, Dúvida, Decepção, Tristeza, Dor Emocional e Arrependimento. Diferenças éticas, religiosas e comportamentais. Talvez ele me amasse, naquele momento, no auge das emoções.
Seria um amor definitivo? E o amor que eu sentia seria definitivo?
Teríamos sido os dois realmente feitos um para o outro?
Ou tudo aquilo não seria apenas uma paixão que desapareceria com o tempo?
Já está mais do que na hora da gente entender que nem tudo acontece do jeito e na hora que queremos que aconteça. Nem todo mundo, nem a vida, devem se curvar e se matar para fazer as nossas vontades, a nossa revelia. Mas muitas vezes falta esforço, falta vontade, falta persistência, faltam motivos.
Nós sabemos muito bem que é fácil acusar e destruir, mas é praticamente impossível a gente se reconstruir depois de tantos sentimentos turbulentos, mesmo que eu me julgue andando no caminho certo.
O que era mais comum, o amor, a bondade, o companheirismo ou um clima de intensa rivalidade? Sentia-me querida, amada, amparada? Ou me sentia como se não houvesse ninguém que pudesse ficar ao meu lado. Ficava feliz ao voltar pra casa, reunida em volta da família? Ou era um fardo, a sensação, a nítida sensação era que ambos apenas preocupavam-se apenas com o seu lado, percebendo a conotação egoísta ou individualizada de cada um. Alguém iniciou este ciclo e o outro não quis se doar sozinho, formaram-se a equipe do "meu ego". E tudo se desfez.
Ando estressada, cansada, enfadada, entediada e todos os adas possíveis. Peço à Deus que acalente o meu coração, que me dê forças para obter a serenidade e a paz almejada.
Só de escrever já tiro mil toneladas das costas, quando você compartilha algo, aquilo se divide, o peso de não está num bom momento é segregado pelo apoio, carinho e amizade e pela torcida de que amanhã é outro dia, que hoje não é dia de tristeza, nem de luto, nem de raiva. Hoje é dia de alegria, de bondade, de amor. Que meus dias sejam incríveis, que o meu coração pule sempre de alegria pela vida, pelos amigos, pelo trabalho e por tudo de bom que virá.
Piso em cima de espinhos, roendo-me de preocupação e ele está vendo televisão! Faço todas as tarefas domésticas e ele no sofá contemplando o videogame.
Nunca tive coragem de chutá-lo porta afora, como se fosse um ser indesejável. Mas precisava convencer-me de que uma separação seria a única saída, mesmo que apenas temporária. Precisava refletir! Precisava pesquisar! Eram assim mesmo os amores, os casamentos, era assim tão desigual?
Eu não tinha a menor vontade de abrir mão das comodidades e possibilidades que o casamento me propiciava, ficava feliz em ser casada, ter com quem conversar viajar, sonhar, beijar, amar, mesmo que sentisse tudo pela metade, tudo incompleto, tudo do avesso.
Saberei me livrar do outro assim como num passe de mágica?
A dúvida, não conseguia confirmar se estava seguindo a cabeça, a alma ou o coração.
Passei a achá-lo imaturo, irresponsável. Podendo garantir que não era o homem sonhado e desejado. Esse rapaz chegou em minha vida num momento em que qualquer pedra pareceria uma ponte, a salvação porque eu estava fragilizada precisando de alguém que me amparasse. Às vezes me pergunto se não foi ao contrário, eu precisava de alguém que necessitasse de apoio e que possibilitasse a mim mesma me auto afirmar como pessoa e como mulher, uma espécie de adoção inconsciente.
Pensaram e programaram aquele final de semana juntos, começando uma nova vida, sem fazer outra coisa a não ser a materialização do amor inesperado, que surgiu sem nenhum aviso, e que aumentava de forma intensa.
Se conheceram por acaso, ambos estavam de férias para o amor, mesmo que o medo de se envolver imperasse, a segurança daquele olhar, as borboletinhas no estômago, o poder da falta de concentração que o outro impunha involuntariamente já fazia parte da rotina daquele casal antes mesmo de começarem a namorar.
Eles mereciam pelo menos 1 dia de repouso, uma lua de mel inesquecível, sem aperreios, intromissões e ligações.
Mereciam frear o ritmo e a rotina e curtir cada detalhezinho inesquecível desse início de vida a dois.
E foi assim que aconteceu.
Uma jornada iniciada da melhor forma, deixando em stand by as preocupações de um novo casal e uma nova responsabilidade.
Eu me habituando, eu mudando por força das circunstâncias. A gente sempre acha que não precisa mudar por causa do outro, mas a gente muda e muito por causa das circunstâncias.
A imprudência foi cometida logo no início, quando se aceita ser usada ou manipulada por um homem, pensem o que quiser, falem o que quiser, mas se buscas conselho: siga a sua intuição.
Apeguei-me a ele, dei tudo de mim, mas de repente, comecei a ver que as coisas não podem funcionar apenas unilateralmente, mesmo que você queira, não há matemática pra isso, precisava usar a inteligência, absorver emoções, catar e abraçar os sentidos, aquilo não poderia existir não daquele jeito e naquelas circunstâncias. Era sábio esperar, analisar, frear, romper e se recompor.
Às vezes me sinto no automático e isso é terrível e desmoralizante. Deixando a vida passar as brancas nuvens.
Eu fico muito feliz por ter amizades sinceras e duradouras. A cada dia percebo o quanto nossa amizade vem amadurecendo, somos amigas de boa alma.
Sempre que ando de avião e ouço aquela famosa ladainha "no caso de despressurização, máscaras caírão sobre sua cabeça, e passageiros com criança devem colocar a máscara primeiro em si e depois na criança" aprendi que devo pensar em mim antes de qualquer outra coisa, preciso estar inteira para ajudar quem estar pela metade.
Poucas pessoas conseguem se doar sem exigir reciprocidade, sem projetar o retorno do afeto, sofrendo calada, sem cuspir no outro seu descontentamento. Eu não consigo! Ou me ama, ou me deixa!
Bastou uma breve menção do Governo do Estado, da Igreja Católica e da Imprensa para que doações em espécie, em roupas, alimentos, material de construção e de limpeza fossem arrecadados e distribuídos às famílias que padecem com a enchente. Existe caixinha de coleta de dinheiro nos melhores restaurantes da cidade, há postos de coletas espalhados pela cidade. A manifestação da solidariedade não parte somente de quem tem sobrando e sim de quem tem pouco, mas consegue partilhar o pouco que tem. O povo amazonense se mostra unido nas adversidades. Há quem pense em não ajudar porque pensa na minoria que desvia o dinheiro em causa própria, felizmente são poucos os que pensam assim, podemos sim confiar na bondade, nas pessoas, porque nem todo mundo pensa apenas individualmente e tem muita gente pensando no coletivo.
Pessoas que usufruem desse argumento para não colaborar acabam ficando sem contestação, falta preparo na defesa do “se me roubarem”, “se desviarem”, “se meu dinheiro ou minha ajuda não chegar”. A vida é sempre riscos, ficar projetando os passos com base nas maldades, ruindades e furtos é no mínimo paralisar a vida. É lamentável estagnar a vida em detrimentos as diferenças do bom e do mau, há quem não ajude porque é o papel do governo e/ou religiosos, há quem não ajude porque a iniciativa foi da Igreja Católica e não da minha igreja e minha crença. Para quem não quer há sempre uma desculpa!
Parabéns a todos que fizeram um pente fino no seu armário, no seu guarda-roupa, na sua carteira e no seu coração para ajudar anônimos desconhecidos.
Talvez essa tivesse sido uma das principais razões do casamento não ter dado certo. Não há mulher que suporte a ideia de ser menos importante, para um homem do que seu trabalho. Ele trabalhava demais, adorava viajar, seu prazer consistia em estar longe de casa e da família, para ele só importava o dinheiro e o luxo, isso tudo era sinônimo de amor na cabeça dele.
Ele voltou aqui depois, sem que eu pedisse e iluminou a minha vida. Ele tem sido a pessoa que espero ter como amigo. E eu jamais desejaria que nada de ruim acontecesse com ele, sempre quis ele próximo, mesmo distante. Não há dinheiro no mundo que pague um convivência harmoniosa, unida e feliz. Por isso, se você acha que vale a pena trabalhar um pouco menos e ceder um pouco mais, faça isso, mas lembre-se renuncie de corpo e alma não como peso ou passando por cima de si mesmo.
Sempre que ando de avião e ouço aquela famosa ladainha "no caso de despressurização, máscaras caírão sobre sua cabeça, e passageiros com criança devem colocar a máscara primeiro em si e depois na criança" aprendi que devo pensar em mim antes de qualquer outra coisa.
Gosto do casamento acho até que ele merece uma oportunidade, mas não posso depositar a vida nas mãos dele. Eu preciso cuidar de mim, do meu futuro antes de mais nada, acho que já sofri demais, já passei por maus bocados, e sapos difíceis de engolir. Posso sim te dar uma chance, afinal fiquei dias acordadas com seu cheiro no nariz, o cheiro que trazia à memória os momentos felizes e despreocupados. Um outro fator importante, eu acho que você aprecia muito mais a minha companhia que eu a sua, agora é cara pra mim e coroa pra você. Preciso repensar minha vida sem amarguras ou remorsos. Acreditei em você desde o primeiro instante, acreditei na sua boa vontade, honestidade e até na sua ingenuidade. Percebi que nunca me enganei. Quero seguir adiante procurando tirar proveito do aprendizado. Teria economizado lágrimas se pressentisse seu arrependimento, por muitas vezes fiquei em ponto de ebulição, extremamente nervosa, andando de um lado para o outro e quase subindo pelas paredes Precisei de amparo psicológico e agora que me encontro completamente curada eu me confundo com os seus encantos.