Coleção pessoal de Aquila
A vida é uma oportunidade única, que não deve ser descartada diante do fracasso de uma batalha perdida. Valorizar cada minuto vivido torna-se essencial, independentemente das circunstâncias que nos envolvem. Aprendo hoje mais do que ontem, e amanhã buscarei um conhecimento ainda maior. Evito a ilusão da eternidade, pois cada momento é verdadeiramente único. Reconhecer a importância de cada instante é crucial para prevenir futuros arrependimentos e abraçar plenamente a existência, cientes de que esta vida é passageira ao ponto de amanhã, sermos apenas uma lembrança do hoje que se encerra à meia-noite.
Para você!
Descobri o segredo cruel e implacável do tempo. Ele não só inventa desculpas e circunstâncias para nos afastar, mas parece se deliciar com cada segundo de separação. Nunca foi meu aliado, pelo contrário, se revelou meu maior inimigo. Mas, de maneira amarga, me ensinou lições que só ele poderia ensinar. Aprendi a esperar, a sofrer, a buscar e a viver com o tempo – tudo por você.
Se eu dissesse que as lembranças que você me traz são fortalecedoras, seria a maior mentira. A verdade é que cada memória sua me destrói um pouco mais, me enfraquece e me prende em uma dependência sufocante. Saber que os momentos que compartilhamos foram tão únicos, e agora são apenas fragmentos levados pelo tempo, é uma dor que carrego comigo.
Tentei, por tudo, apagar você da minha mente. Pensei que o esquecimento seria a cura. Mas o tempo, esse traidor precipitado, trouxe você de volta. E a cada um dos 525.600 minutos que passei sem você, a sua ausência apenas intensificou o quanto sua presença foi marcante em minha vida. Imaginar você, agora, nos braços de um ser insuportável e cheio de vaidade, sendo torturada pela escolha do passado, rasga minha alma. Mas não se preocupe, porque mesmo na distância, eu ainda estou aí. O que os olhos não veem, o coração sente. E cada partícula do meu ser continua te abraçando no silêncio, te beijando com a suavidade que sempre reservei para você, e fazendo amor com a intensidade que só nossos corpos, quando juntos, podiam criar.
Sombras do Amor Perdido
Em meio à tempestade, meu arco-íris se esconde,
Pintando o vazio com cores que só o coração vê.
O céu, antes claro, agora está triste,
Mostrando a sombra da falta que a dor faz acontecer.
Talvez eu viva assim, mesmo antes do fim prevalecer
Pois o nada sem ti, começou existir, logo depois de você.
Entre trovões e nuvens pesadas, meu arco-íris se refugia,
Colorindo o vazio com tons que só o coração entende.
O céu, que antes brilhava, agora veste a roupa da saudade,
Revelando na escuridão a marca de um amor inconsequente.
Eloquente em meio ao coração de um homem lunático,
Que se apaixonou sozinho, mais na alma que na mente.
E, embora o lápis continue a desenhar memórias de um amor perdido,
Nem a maior das borrachas pode apagar o que o tempo levou.
As cicatrizes ficam, como um traço profundo,
Gravando na alma uma história lembrada pela dor.
Iludida pela árvore dos sentimentos,
Resolveu se apegar demais ao amor.
Tic
A morte não é o fim da linha,
Nem o ponto final do viver.
É um véu que se descortina,
Um portal que não podemos ver.
É a última estância da vida,
Um legado que o tempo faz esquecer.
Morrer nunca foi o último ato,
Mesmo quando a luz acaba ao anoitecer.
A morte é um fato que nos deixa perplexos,
Mais profundo que o próprio céu.
Algo tão duro quanto o cálice,
E menos doce que o mel.
O tempo é como um rio incessante, fluindo sem cessar, levando consigo nossas memórias, nossas experiências, nossos momentos. É ele quem dita o ritmo da vida, marcando o passo dos dias, das estações, das eras.
Às vezes, o tempo parece voar, como se estivéssemos em uma montanha-russa, mal tendo tempo para respirar. Outras vezes, ele parece arrastar-se, como se cada segundo fosse uma eternidade.
Mas, independentemente de como o percebemos, o tempo é um mestre implacável. Ele nos ensina a valorizar cada instante, cada sorriso, cada lágrima. Ele nos lembra da efemeridade da vida e da importância de vivermos plenamente, aproveitando cada momento como se fosse o último.
O amor, sublime fusão do imperfeito com o perfeito, revela em sua existência a promessa de novas experiências vividas na abstração do sentir. Este sentimento alimenta a perspectiva de um futuro para além do acaso, promovendo o renascimento daquele que, um dia, se perdeu entre o véu da solidão e o vasto azul que se estende sobre nossas cabeças. Por meio do amor, desbravamos uma nova rota no inexplicável labirinto da inexistência, desencadeando uma jornada de redescoberta e renovação, onde cada batida do coração ressoa a melodia da ressurreição, mesmo que esse amanhecer seja, inevitavelmente, uma dádiva que jamais se repetirá para alguns.
Imperdoavelmente, perceberemos a importância da vida quando notarmos que o único sentindo da nossa existência nunca foi o que de fato buscamos. Ao longo do percurso traçado pelo nosso destino, escrito em uma cartilha da qual nunca saiu do nosso campo de visão, visto por uma oportunidade que jamais acontecerá, sentiremos o amor antes notável de alguém que nos protegia em silencio, desaparecer. Nesse momento perceberemos que o abraço antes dispensável, foi trocado pela ilusão da oportunidade de outrora que o tempo tratou de levar por suas diversas circunstâncias que só no final entenderemos.
Perder alguém que se ama é perder tudo que se tem. É morrer estando vivo, é viver morrendo aos poucos a cada minuto que se passa.
Foi em meio ao silêncio que percebi o quanto as palavras machucam. A falácia que predomina o ambiente que nos cerca nem sempre pode ser caracterizado pelo pensamento de alguém incapaz de sentir o que você sente. Não podemos esquecer que a balança quase nunca se estabelece e que a voz do juiz que inocenta, também é a mesma que condena, e por incrível que pareça quase sempre a injustiça prevalece a depender de quem precisa da liberdade recém tirada.
“Não julgue a dor do outro apenas pela lagrima recém descoberta, pois geralmente o que a revela tem um sintoma pior do que você imagina”.
O amor é a conjunção mais perfeita entre todos os sentimentos já sentido, infelizmente o que acaba mudando o rumo da sua fórmula, é a incapacidade de medir todos os seus ingredientes de maneira propicia, principalmente para quem adora falsifica-lo na intenção da primeira conquista.
Sejamos luz na escuridão tenebrosa criada pelo crepúsculo recém chegado. Sejamos a cura para o ódio de quem por falta de carinho nunca soube a sensação de um dia ser amado, pelo simples fato de entender que a cruz em meio ao seu precipício tinha sinônimo apenas de fardo.
Como um passe de mágica fui transportado para um terreno vazio, destroçado pelas buraqueiras que alguém tratou de escavar. Um cenário solitário, mas com vestígio de que a semente nunca planta precisa do único jardineiro capaz de transformar aquele ambiente caótico no lugar perfeito para descansar.
O espelho carrega sobre seu reflexo a responsabilidade de revelar a imagem de alguém desconhecido por ele mesmo. Nesse momento percebe-se que temos a mesma característica, e a única coisa capaz de distinguir o homem vive apenas no íntimo da sua alma e que espelho nenhum será capaz de refletir, Caráter.
Deixa.
Não importa o que aconteça, simplesmente deixa.
Deixa o sol se pôr no momento que ele quiser, não importa onde seja, no horizonte existirá vestígio da sua passagem... então deixa.
Deixa a chuva cair em ritmo de garoa de inverno ou na sua intensidade de trovadas, uma hora seus pingos tocará o solo, não importa o que aconteça... simplesmente deixa.
Deixa tudo que for preciso...afinal, uma hora nada fará sentindo, então simplesmente deixa.
Deixa a angustia se enterrar com a solidão. Deixa a dor se perder com a saudade.
Deixa o egoísmo se esvair entre a perda premeditada, simplesmente deixa... Afinal, uma hora ou outra tudo passa.
Deixar é o que resta.
O tempo passa lentamente para alguns e tão rápido para outros, então deixa... Afinal, ele existe para todos, não importa sua velocidade.
O dia. À noite. O ontem. O agora... Deixa.
Lembranças serão renovadas pelo tempo e um vazio se prolongará... afinal, tudo tem seu motivo, não importa o que aconteça, deixa.
Nesse momento em plena linha do tempo, a folha antes rabiscada me deixara apenas uma lição, nessa linha que me resta... Não deixa.
É estranho sentir o que não se sabe explicar com palavras, principalmente quando esse sentir se torna a única razão para o seu acordar. Então, deixá-lo-ei que o abstrato que me consume me torne um alguém melhor, pois a única pessoa que me fazia acreditar na minha sanidade mental, acaba de me chamar de louco.
Não preciso de muito, apenas de você. O que com palavras não conseguimos expressar, O que com sorriso não é possível transparecer, O que com lagrimas não se pode expelir. Talvez o único sentido para demostrar afeto, esteja no abraço inigualável que deixou de ser costumeiro ao ser envolvido pela rotina de sempre. Não podemos ser prisioneiros do tempo, por mais que o tempo passe de maneira tão insignificante aos olhos de quem acostumado com o nascer do sol, logo perceberá que o ponteiro do relógio continuará girando por mais que não esteja entrelaçado em seu pulso. Quanto custa teu tempo? Não o negocie.
Ao correr de olhos vendados, qualquer buraco vira abismo. Seja o precursor de suas ideias por mais ilusórias que elas sejam. Jamais use o PARE para desistir, mesmo que o recuo seja necessário, pois o cavalheiro que rejeita a arena em meio a sua batalha, por si só rejeitará a ele mesmo.
Quando você decide caminhar sozinho, você acaba aprendendo duas grandes lições. Aprende que a queda machuca e sangra, mas o levantar é a única razão para não deixar as possíveis cicatrizes atormentar o restante da jornada por uma vida inteira.
Quando nasci não enxergava. Ao crescer continuei cego. Ao envelhecer sinto que nada me faltou. O tempo me ensinou que quando você tem alguém que nasceu para te amar, o único medo que não pode ser superado, é o silencio daquela que te manteve na estrada tempo suficiente para te fazer compreender que a única luz que precisava estava conectada a sua voz doce ao me guiar.
No retrovisor da ilusão o que parte o coração de um amante é saber que o amor antes vivido era apenas distração.