Coleção pessoal de Apolo_

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O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher.

Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui.

Não vivo em mim; torno-me parte daquilo que me rodeia. As montanhas ferem-me a sensibilidade, ao passo que a bulha das cidades humanas só me tortura.

É a culpa, e não a fé, que remove montanhas.

A fé não move montanhas. Na verdade, coloca montanhas onde não há nenhuma.

A perfeição é uma montanha impossível de escalar que deve ser escalada um pouco a cada dia.

Quando sobes a montanha do sucesso não encontras um amigo.

Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.

Nem no ar, nem nas profundezas do oceano, nem nas cavernas das montanhas, em nenhum lugar do mundo nos podemos abrigar do resultado do mal praticado.

A minha vida fechou-se duas vezes antes de se fechar –
Mas fica por saber
Se a imortalidade me revela
Um evento maior

Tão largo, tão incrível de pensar
Como estes que sobre ela duas vezes tombaram.
Partir é tudo o que sabemos do céu,
Tudo o que do inferno se pode precisar.

Beleza e Verdade

Morri pela beleza, mas apenas estava
Acomodada em meu túmulo,
Alguém que morrera pela verdade,
Era depositado no carneiro próximo.
Perguntou-me baixinho o que me matara.
– A beleza, respondi.
– A mim, a verdade, – é a mesma coisa,
Somos irmãos.
E assim, como parentes que uma noite se encontram,
Conversamos de jazigo a jazigo
Até que o musgo alcançou os nossos lábios
E cobriu os nossos nomes.

Eis minha carta ao Mundo
Que a Mim nunca escreveu
Singelas Notícias que a Natureza deu –
Com Majestade e Doçura
Sua mensagem se destina
A Mãos que nunca verei –
Por amor a Ela – doces conterrâneos –
Julgai-me com ternura

# 288

Não sou Ninguém! Quem és?
És tu - Ninguém - também?
Há, pois, um par de nós?
Não fales! Não vão eles - contar!
Que horror - o ser - Alguém!
Que vulgar - como Rã -
Passar o Junho todo - a anunciar o nome
A charco de pasmar!

Pela sede, aprende-se a água.

Para preencher um Vazio
Inserir a Coisa que o causou -
Tenta bloqueá-lo
com outra – e mais vai se escancarar -
Não se pode soldar um Abismo
Com Ar

O êxito parece doce a quem não o alcança.

A beleza não tem causa. É. Quando a perseguimos apaga-se. Quando paramos - permanece.

Morrer é nada, passado,
Mas a vida inclui viver
A morte multiplicada – sem
O Alívio de morrer.