Coleção pessoal de AntonioRamosdaSilva
Tantos interlocutores autores, poucos executores.
A vida necessita conjugar o verbo fazer como ação.
Tenho silêncios selados em segredos.
Áfonos silêncios embrulhados que se lê nos olhos meus.
Cúmplices silêncios compartilhados.
Minha inspiração advém do silencio provocado na alma,
bebido com vinho gole a gole, degustado e reservado até a última gota.
Sinto-me criança quando deslizo minhas mãos
sobre as folhas brancas da alma registrando minha evolução.
Meus traços és tu! Vês em constante metamorfose.
Ás vezes no auge, outras no caos, nesta imperfeita harmonia que me és. Mas te alinho quando te escrevo nas linhas onde me és amor-perfeito.
Quanto mais arrojados formos menos medo teremos mais autoconfiante seremos.
O tempo, o livro e a borboleta fazem meditar.
Do jeito que puder voe e vá; abra-se,
mesmo que essa leitura seja breve; mas não deixe de ir.
No grafitado lençol; abro tuas páginas envolto a caracol.
Único livro que deixarás em mim escrito.
Tua alma solta sobre o leito quando te leio e me deito.