Coleção pessoal de AntonioPrates
Em que estás a pensar?' Pergunta o Facebook de uma forma natural a todos aqueles que ousam pensar e expor os seus pensamentos neste imenso palco de tudo um pouco, sem nos alertar que o pensamento nos dá ideias, que as ideias nos dão opinião e que a nossa opinião, se sair um pouco dos carris do rebanho e do senso comum, normalmente, oferece-nos quase sempre um burburinho de intolerância e um fardo de represálias em cima, para ficarmos cientes da dimensão da nossa liberdade e do valor das nossas ideias. Costumo dizer que o valor das nossas ideias depende muito do número de idiotas que se juntam e que lutam contra elas. Ademais, nesta disputa incessante de ideias, sou levado a acreditar que tanto no amor como no ódio as opiniões podem ser distintas, porém, os objetivos assemelham-se e convergem no amor verdadeiro que une uma grande parte das pessoas: "a defesa do seu próprio bem-estar e o pão de cada dia". Por consequência, com esses mesmos preceitos, enraizados no senso comum, dizemos que estamos a ajudar a educar as crianças e os jovens a crescer, para que no futuro próximo esses homens e essas mulheres ajudem a fazer deste mundo um mundo melhor, que colaborem na verdadeira emancipação do seu próprio país e que participem na harmonia social das suas cidades, das suas vilas, das suas aldeias, e até dos seus montes, desde que haja um vizinho por perto. Dá que pensar!
É tão bom depois da ceia apanhar o ar gelado, e subir numa boleia aos confins da lua cheia para ver o céu estrelado.
Absorvido entre as orelhas vejo o campo a céu aberto... Já me faltam as pardelhas, se abalarem as abelhas tudo isto é um deserto.
Há nas redes sociais
um convívio mascarado,
que se vê nos arraiais
e nos mostra um pouco mais
o valor do nosso fado.
A verdade entusiasma
por ser bela e transparente,
mas também é um fantasma
Que assusta muita gente.
O Homem é uma criatura tão estranha, tão diversa, que tem sempre uma postura muito perto da loucura e o resto é só conversa.
Por fraqueza das ideias
Espigas chochas lá na serra
Estão ao alto nas paveias
Enquanto espigas cheias
Prestam reverência à terra.
A verdade é uma bebida espirituosa que se entretém demasiado tempo na boca de alguns e não lhes chega a subir à cabeça.
Neste mundo de vinganças, onde o homem pouco pensa, não me admira que as crianças chorem todas à nascença.
A pensar eu me concentro...
E este mundo só melhora
se todos forem por dentro
como mostram ser por fora.
Dizem coisas que não sentem
com palavras que não prestam
as pessoas que nos mentem
com os dentes que lhes restam.
Entre humanos o litígio
vem da inveja, da ganância,
e nem o maior prodígio
impede que o seu prestígio
aumente com a distância.
É fácil resumir a história de Portugal do século XX e do início do século XXI: uma monarquia grande deu lugar a muitas pequenas monarquias, uma ditadura grande transformou-se em muitas pequenas ditaduras e a mãe do snobismo teve um ventre muito fértil nas últimas décadas.
Anda tudo em pé de guerra
entre invejas e quebrantos,
e num afã que não se encerra
não há santos numa terra
onde todos são uns santos.