Coleção pessoal de AntonioMatienzo
Como se sabe, o conhecimento é bom aliado da inteligência, porém virtude distinta. Se assumirmos que configura um tipo de inteligência, por exemplo, compreender o comportamento (ou a condição específica) de um semelhante (ou de si próprio) no que mais lhe pesa, e lhe promover bens maiores do que o conhecimento sozinho poderia proporcionar, conclui-se que ela habita esfera mais ampla, a mesma que a ética, e demonstra-se capaz de transcender os limites da erudição, e limites de (desnecessário grandes análises) espécie biológica.
Parece-me existir dois tipos muito claros de índole humana, e que naturalmente geram antagonismo mútuo:
Os que fazem da sua compreensão o limite da sua verdade.
Os que fazem da sua verdade o limite da sua compreensão.
Em nosso progresso pessoal, algo se mostra tão produtivo no que tange a nossos semelhantes quanto todas as benfeitorias, incluindo os aprendizados: o tanto que conseguimos ser refratários à negatividade deles, e assim livres do fardo que ela representa. A mesma sensibilidade à aprovação alheia, tão benéfica nos primeiros anos de vida, logo precisará ser perdida pelo que nos faz incluir para nós tal negatividade.
Só deveríamos lançar mão da razão uma vez estando (honestamente) esgotada a possibilidade de observação.
Quem luta contra nós reforça os nossos nervos e aguça as nossas habilidades. O nosso antagonista é quem mais nos ajuda.
O amor é antes de mais nada uma atitude interior, que pelo seu caráter positivo, sempre será incerta.
A maior vantagem de se viver sem ciúmes não é lidar adequadamente com a existência, mas com a inexistência de determinados fatos.
Esta civilização, que se gaba de um conhecimento jamais atingido antes, é formada por indivíduos que nunca se auto-desconheceram tanto.
A paz e a liberdade não são fins em si, apenas meios para a realização maior do ser, que vem a ser o amor.