Coleção pessoal de antoniojusto
CENÁRIOS DE FUNDO
Nunca pensamos no que está por trás das imagens e notícias que nos são apresentadas e se reflectimos é para as ordenarmos em trilhos conhecidos. Porém no que está por trás das imagens e dos noticiários (cenários) é que se encontra a verdade e a porta para um caminho mais natural, mais iluminado: um caminho arriscado, mas em que se anda com os próprios pés!...
António CD Justo
NO MOINHO DA NAÇÃO
A vida é como um moinho e para fazer a sua farinha precisa da mó de cima e da mó de baixo! O problema só vem dos moleiros e de quem compra a farinha!
António CD justo
ESPERTEZA E INTELIGÊNCIA
Há muito quem prefere ser esperto a ser inteligente porque sabe que dos espertos fala toda a gente e dos inteligentes só falam os livros que ninguém lê!
António CD Justo
ESCURIDÃO
O mundo anda escuro demais, mas isso é uma questão cíclica como a das estações do ano; o pior não será a escuridão, mas sim andar sem ideia do caminho nem saber aonde ele leva. Temos o exemplo da escuridão da noite e verificamos que também ela tem sentido, mas para podermos andar nela temos de adaptar as pupilas ao escuro. O mais importante é saber como caminhar e para onde. Por vezes, andar às apalpadelas pode ajudar a afinar o sentido de orientação.
GUERRA E SUBMISSÃO
A guerra implica sempre injustiça dos dois lados. O fatal é que geralmente cada lado tem razão e faz uso do princípio: “nós” somos os bons, só os outros são maus. Socialmente seria mais honesto dizer: o “nós” são os nossos interesses e deles fazemos depender o bem e o mal.
Para complicar, na sociedade, as probabilidades de ser enganado multiplicam-se de ambos os lados. As duas partes governantes influenciam o seu público, através dos meios de comunicação, para que a população assuma com gratidão a fatura da guerra.
O povo carrega a cruz, e quem tem a cruz só lhe resta a possibilidade de abençoar!
Perante a decisão determinante dos governos a sociedade reage como o gato que uma vez admoestado assume o gesto de submissão roçando em torno das pernas do poder transformando a oportuna agressão em amizade submissa.
REBANHO
Um regime político que transforma o seu povo em rebanho prescinde até de pastores porque a sua elite pode viver melhor na anonimidade bastando-lhe, para isso, alimentar bem os seus cães de guarda.
LIBERTAÇÃO
Quanto a crer, só em Deus! Deste modo podes questionar tudo sem seres condicionado pelos de fora; esse é o melhor caminho para poderes chegar a pensar por ti mesmo na consciência de que só as necessidades te escravizam.
SAGRADO
O sagrado parece estorvar cada vez mais uma sociedade de ideologia secular que não quer respeitar a criatura (de soberania sagrada) e usa para tal fim o subterfúgio de reduzir o humano ao seu papel social, ao seu aspecto funcional ou à pessoa na qualidade de máscara, aspectos sobre os quais o Estado tem poder de propriedade. O sagrado transcende os papéis e dá-lhes consistência.
RELIGIÃO E FILOSOFIA
A religião é como o interruptor, tenta ligar para através da conexão produzir luz. O interruptor é como que comutador entre Realidade e realidade aplicada. A filosofia e a ciência procuram entender e explicar o que acontece no emaranhado da fiada da realidade aplicada.
TOLERÂNCIA
O discurso sobre tolerância tem-se tornado num negócio ao serviço de minorias intolerantes. A tolerância é condescendente e sabe que faz parte da diferença e ao reconhecer-se como tal assume uma atitude de apreciação e respeito perante a vida. Não perde, porém, a capacidade de discernir entre o bem e o mal!
PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO
Quando o povo descobrir que é mais inteligente que os seus governantes então passaremos a não ter só progresso, mas também desenvolvimento!
PODER POSSE ARROGÂNCIA RESPONSABILIDADE
Vivemos da arrogância de podermos dar um nome a tudo sem notarmos que aquilo a que damos o nome não nos pertence e nos domina.
Eloim ao chamar Adão para que assumisse responsabilidade na natureza apenas lhe conferiu o título de ter posse sobre o nome e não sobre a criação em si.
Como no baptismo, o padrinho ao testemunhar o nome da criança apenas se responsabiliza perante ela e perante a sociedade que a rodeia, em assumir o dever de a proteger e ajudar.
OPINIÃO PÚBLICA
Numa época em que domina o interesse por narrativa e propaganda encontra-se perdido quem procura argumentos.