Coleção pessoal de Anonimarco76
Como posso desterrar tua presença de minha mente, quando ainda não desterrei tua essência de meu coração? Como posso proclamar o esquecimento de tua existência, quando ainda guardo um retrato teu em minha carteira, como um tesouro de valor inestimável? Como posso negar os efeitos que tu exercitas em mim, quando meu coração dispara em um compasso descompassado a cada vislumbre de tua imagem? Como posso fingir a indiferença diante de tua lembrança, quando a verdade é que anseio desesperadamente por tua presença, e meu amor por ti continua imutável, invadindo cada fibra de meu ser com sua intensidade indomável? Como posso, então, iludir-me, quando a realidade é tão óbvia? Eu reconheço, embora relutante, que te perdi e que talvez jamais retorneis, mas saiba, acima de tudo, desta verdade incontestável que tanto luto para negar: eu te amo!
Numa noite serena, entre sonhos envolventes, finalmente te encontrei.
De campos verdejantes, emergiu minha Bela Adormecida, entre suspiros radiantes.
Seus cabelos dourados como trigo maduro, seus passos leves como brisa, tão puros.
Seus olhos azuis e radiantes como o céu.
Ela era do campo, da terra e do sol, seu sorriso, um raio de luz que envolvia o arrebol.
Num jantar em minha casa, sua presença floresceu, trazendo consigo a essência do campo, da paz e da alegria, que em meu coração permaneceu.
Uma vez em sonho, encontrei o amor que minha alma ansiava, tão querido.
Que ao despertar, se assim for a vontade de nosso Deus, te encontre ao meu lado, afinal,
Pois contigo, meu amor, a vida é um conto sem igual.
O tempo é algo tão relativo. Seguindo o raciocínio de Einstein: "Para um corpo parado, o tempo corre com velocidade máxima. Mas quando o corpo começa a se movimentar e ganha velocidade na dimensão do espaço, a velocidade do tempo diminui para ele, passando mais devagar. Ou seja, quanto mais rápido o corpo se move, mais devagar o tempo passa". E me pergunto se tal afirmação também se aplica ao coração humano, pois você se foi há três meses, são 90 dias, 12 semanas, 2.160 horas; 129.600 minutos; 7.776.000 segundos. Olhando assim, parece muito tempo haha, mas eu ainda me lembro perfeitamente do aroma do seu perfume, da sua risada, da sua voz, das suas músicas favoritas, das suas comidas prediletas, e ainda me recordo de quanto amava estar contigo. Percebo, então, que o tempo é de fato relativo em todos os sentidos, pois enquanto estamos em movimento nulo, tudo permanece igual e estável, mas basta um olhar, uma mensagem, um pensamento, para mudar a trajetória e o tempo em si! O dilema é que eu não quero parar, eu continuo acelerando mais e mais, em uma tentativa desesperada de deter o tempo! Mas tudo é em vão, pois você colocou o pé no freio e parou. Agora eu corro sozinho.
Eu detesto o amor! Para que amar afinal? Por que nos esforçamos tanto por alguém que a qualquer momento pode nos deixar? Por que dedicamos horas intermináveis a uma pessoa, apenas para vê-la nos arruinar em um instante? Amar, verdadeiramente, parece ser um ato de autodestruição. Você se entrega ao amor e, de repente, se vê em chamas, desfeito, arrasado. Cada fibra de seu ser dói: o coração, o corpo, a mente, as memórias. E nem comecei a falar sobre o tormento de sonhar com aqueles olhos irresistíveis. Sim, odeio o amor! E ainda mais detesto o fato de tudo que disse ser apenas uma mentira de meu coração partido. A verdade é que ter o coração partido é uma experiência devastadora, mas o amor é, paradoxalmente, a coisa mais maravilhosa, espetacular, louca, intrigante, engraçada, divertida, perfeita e incrível que existe!"
Você me questionou numa noite comum. Enquanto eu partia, você se apressou em me alcançar e segurou meu braço com firmeza. Com intensidade, você fitou meus olhos e me perguntou: 'Por quê?' Eu respondi, confuso: 'Oi?' Você persistiu: 'Por que está distante e age de forma fria?' Naquele momento, meu coração acelerou descontroladamente. Eu lutava para encontrar palavras que explicassem por que me afastara de ti. Decidi recorrer a uma analogia para expressar meus sentimentos.
'Quando estávamos juntos, eu me sentia como um nadador olímpico, vencendo todas as competições. Dava o meu máximo e sempre saía vitorioso. Era uma sensação incrível, completa. Olhar para a água me fazia sentir que poderia superar qualquer desafio, como se eu e a água estivéssemos ligados para sempre. Então, um dia, sofri uma lesão e me disseram que nunca mais poderia nadar. A tristeza tomou conta de mim. Não conseguia imaginar minha vida longe da água, mas tive que aceitar minha nova realidade. Porém, recebi notícias de que poderia voltar a nadar. Fui tomado por um turbilhão de emoções. Não sabia se deveria ficar feliz por retornar à água ou temer ter esquecido como nadar, correndo o risco de me afogar. Apesar das dúvidas, decidi voltar a nadar. E no momento em que mergulhei, senti aquela conexão incrível. Era como se cada célula do meu ser soubesse exatamente o que fazer.'
Terminei de falar e mergulhei no profundo de seus olhos castanhos. 'Você é minha água', eu disse. 'Basta um simples movimento de suas pálpebras e já anseio por me perder na vastidão de seu ser.'"
Não estou certo se posso suportar isso; simplesmente não sei se meu coração aguentará. Por tanto tempo, ansiava por sua volta, oh, se você soubesse o quanto desejei correr para você, mas me contive. Reuni os fragmentos do meu coração e segui em frente, mas então você retornou e a chama que acreditei extinta ressurgiu com a intensidade de mil sóis. Agora me encontro em uma batalha contra meu próprio coração, persuadindo-me de que você deseja apenas minha amizade. Estou correto, não é?"
Eu me equivoquei sobre você. Anteriormente, mencionei que não compreendia por que estava tão distante e que havia perdido o conhecimento sobre você. Durante um longo período, assumi a culpa e cogitei que talvez nutrisse sentimentos negativos por mim. No entanto, tudo mudou quando recebi aquela mensagem inesperada no dia do meu aniversário. Foi nesse momento que você demonstrou conhecer-me como ninguém mais. Apesar da distância que nos separa, você conseguiu decifrar-me como sempre fizera. Naquele instante, percebi que você ainda era a mesma pessoa pela qual um dia me apaixonei. Agradeço profundamente por isso!"
Você se aproximou de mim com uma expressão de indignação e perguntou: "Por que você fez isso?" Surpreso, respondi: "Isso o quê?" Seus olhos ardiam com fúria enquanto você começava a falar com autoridade: "Por que você disse que não me conhecia? Por que mentiu?" Eu retruquei: "Eu não menti. Houve um tempo em que eu conhecia você profundamente. Sabia suas cores favoritas, seus artistas prediletos, percebia quando estava triste, zangada ou feliz. Detectava quando algo estava errado, reconhecia aqueles momentos em que você ficava em silêncio olhando pela janela do carro. Eu conhecia sua voz, seu toque, seus beijos. Eu sabia o que significava ser seu. Mas hoje, percebo que perdi essa conexão. Não sei mais quem você é."
Ontem, tive um sonho envolvente contigo. Em um encontro durante uma visita, pareceu que o tempo se deteve. Nossos olhares se encontraram, e sorrimos ternamente um para o outro. Quando chegou o momento da despedida, você se aproximou para me deixar e, de forma inesperada, nossos lábios se tocaram, recriando uma sensação sublime e vívida. Em sua derradeira despedida, você me fitou com aquele sorriso arrebatador que sempre me fascinou. Seus olhos, tão profundos e expressivos, estreitaram-se como outrora, quando éramos um só. Então, despertei e lágrimas inundaram meus olhos, desabando em um choro incontido...
Às vezes, adquirir um conhecimento profundo sobre algo ou alguém pode acarretar em perigos significativos. Isso ocorre porque nossa fascinação inevitavelmente alimenta expectativas que podem, por fim, nos conduzir à ruína. Afinal, como podemos conter o coração diante da constatação de que tudo aquilo que ele construiu, desejou, sonhou e materializou não passou de efêmeros atos e palavras dispersos ao vento? Assim, é sensato reconhecer que no amor, como em tantas outras áreas da vida, é prudente evitar nutrir expectativas excessivas, pois elas podem se revelar ilusórias e desoladoras.
Nas vastidões celestes, onde o firmamento se abre,
Reside um coração que busca o que é verdadeiro e cabe.
Entre astros e mistérios, ele encontra um tesouro raro,
Um amor que transcende o espaço, algo que nunca foi tão claro.
Na imensidão do deserto, sob o fulgor das estrelas,
Nasce um sentimento puro, que não conhece vãs querelas.
É um amor que floresce como a rosa em seu pequeno mundo,
E se torna mais radiante a cada novo segundo.
Nesse reino de areia e vento, onde a solidão é lei,
Do encontro de duas almas surge uma sábia fé.
É um amor que não se mede em palavras ou gestos vãos,
Mas na conexão profunda entre dois corações sãos.
E assim, entre o brilho dos astros e o mistério do além,
Cresce um amor etéreo, que transcende o próprio além.
É a essência da vida, a razão de toda jornada,
Um laço que une dois seres em uma única estrada.
Que perdure para sempre esse amor, tão puro e tão sincero,
Como a luz que ilumina o caminho do viajante verdadeiro.
E que nos lembre, em cada estrela que brilha no céu,
Que o verdadeiro amor é eterno e fiel.
Meu coração, um eterno insurgente contra a lógica, persistia em ficar quando o dever clamava pela partida. Mesmo dilacerado, ele pulsava, fiel à causa da pessoa amada. Cada batida, um testemunho da esperança que impregnava cada célula, nutrindo-o de otimismo. Seu músculo, fervoroso e apaixonado, conhecia a arte de partir, mas aconselho-te, não o faças, pois jamais se recuperará plenamente. Respeito, zelo e paciência residirão, mas o amor... esse se extinguirá.
Persiste em meu peito o eco de seu nome, uma lamentação infindável. Por mais que eu me esforce, sou incapaz de me libertar de sua influência. Seu magnetismo me arrasta de volta, incessantemente, sempre que busco escapar. Torno-me cativo de sua presença, condenado a uma prisão perpétua de sentimentos contraditórios. É uma crueldade inominável, pois não posso tê-la e tampouco consigo relegá-la ao esquecimento. É uma agonia indescritível, testemunhar sua proximidade e permanecer aprisionado à distância. Esta é minha sina: ser o eterno prisioneiro de sua aura, uma condenação de dores silenciosas e anseios irrealizados.
"Desisto de nós.
Desisto de aguardar ansiosamente por suas mensagens todos os dias.
Desisto de permitir que você ocupe meus pensamentos a cada momento, e de reviver todas as coisas que você costumava me dizer que adorava.
Desisto de relembrar o som da sua voz chamando-me de amor.
Desisto de rememorar o delicioso banquete do seu beijo e do toque que outrora incendiava minha alma.
Desisto de guardar nossas lembranças no recôndito do meu coração, e de derramar lágrimas toda vez que me vem à mente seus olhos doces e seu sorriso deslumbrante.
Desisto completamente de você e de tudo o que um dia compartilhamos juntos.
Desisto de amar você à distância e de me torturar diariamente para resistir à tentação de ir atrás de você.
Desisto de nutrir a esperança de que um dia você retornará para mim.
Por fim, desisto de tudo!"
Sou um homem artista, profundamente imerso no romantismo. Encanto-me com as declarações silenciosas trocadas no olhar, com o fogo ardente que revela a paixão mais profunda, e com o amor sereno que transcende o tempo. Sou completamente apaixonado pela intensidade compartilhada entre dois amantes que se entregam sem reservas. Valorizo o amor, a cumplicidade, o companheirismo, o respeito, o carinho, a dedicação e o cuidado mútuo entre um homem e sua amada. Encontro minha expressão como um artista no amor e na paixão.
Evite se deixar seduzir apenas pela superfície; permita que a voz do seu coração o conduza para além do que os olhos podem captar. Valorize gestos genuínos sobre meras palavras e a efemeridade da beleza exterior. Ao buscar Cristo no âmago do outro, descobrirá a verdadeira riqueza e a formosura que transcende a mera aparência.
No crepúsculo de incertezas, coração agitado,
Me pego questionando gestos, sorrisos, apaixonado.
Seu olhar, antes intenso, agora me deixa confuso,
Beijos que, outrora, eram meu mundo, hoje um abuso.Músicas dedicadas, declarações de amor no ar,
"Eu te amo" repetido, será real o amar?
Inseguro, mesmo quando prometeu não partir,
Me perco nas dúvidas, vejo nosso amor fugir.Na trama dessa incerteza, me vejo perdido.
Duvidei de mim mesmo, e agora estou ferido.
Perdi-te para minhas próprias sombras, saiba,
Meu amor adolescente, a dúvida foi a faísca.
Quando amamos intensamente, nos apegamos a qualquer faísca de esperança, seja um olhar, um sorriso ou um simples "Oi". Essa persistência decorre da incapacidade de conter esse sentimento. Apesar do desejo de encerrar, o coração sussurra em cada tentativa de avançar, resultando em controvérsias intensas. A batalha entre razão e emoção se torna uma verdadeira loucura para nós, que vivemos com uma profundidade avassaladora.