Coleção pessoal de Anninhavargas

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Às vezes o melhor plano é deixar acontecer.

Gosto de mistério. Mas só se for para resolvê-lo, porque detesto não saber. Desafios me atraem e eu costumo encará-los. Gosto de fortes emoções. Não preciso provar nada para ninguém, mas adoro explorar meus limites. “Respeite seus limites e, por certo, jamais se livrará deles”, já dizia Richard Bach. Gosto de assuntos tabu, porque geralmente, é no exato ponto em que eles vêm à tona que as máscaras caem e a sociedade se mostra em toda a sua hipocrisia, preconceito e insensatez. Gosto de discussões. Deixe-me colocar melhor: eu detesto brigas e fujo de problemas. Mas gosto de argumentar. Gosto de argumentar por algo em que acredito e também pelo puro prazer da argumentação; para defender um determinado ponto de vista mesmo quando eu mesma não concordo com ele. Gosto de jogar, desde que seja limpo. Não gosto de trapaças porque sempre caio nelas. Gosto de falar abertamente, honestamente, mas nem sempre falo tudo. Tenho medo de ser incompreendida. E tenho certeza de que o sou pela maioria. Minha vida às vezes parece um livro aberto. Mas um livro aberto escrito num idioma desconhecido, cheio de imagens confusas e códigos que poucos sabem decifrar.

Piso como uma criança, porque a vida é curta demais para se ter cautela.
Piso como uma guerreira, pois ninguém vai marchar por mim se eu não o fizer antes.
Piso como uma mulher, para que meus saltos sejam o primeiro palco das minhas virtudes.
Piso como uma peregrina, para que o “lá” seja sempre uma deliciosa caminhada.

Eu assisto você fingindo ser mil coisas que não é para conseguir admiração, respeito, amor. E só consigo pensar que, se afinal você conseguir, não terá sido mérito nenhum. Sou mais a minha contravenção, a minha ousadia, a minha mente perversa. Sou mais o respeito e o amor que conquisto sendo o que ninguém mais consegue: sendo apenas eu.

Eu posso até, e provavelmente vou, olhar para trás. Mas vou continuar seguindo em frente com um sorriso levado no rosto e pura determinação no olhar. Sem medo de trilhar novos caminhos. Sem medo de mudar tudo de vez em quando.

Gosto do meu presente salpicado de passado e não tenho a menor vontade de deixar morto e enterrado o que só me fez bem.

Quero um amor que me alucine. Que me faça sonhar acordada. Que me tire o sono. O fôlego. A razão.
Quero um amor que me encante. Que colha flores do caminho para me encontrar. E que em cada flor, encontre um motivo para pensar em mim.
Quero um amor que queira saber o que eu penso. Sobre a vida. Sobre o tempo. Sobre tudo. E, sobretudo, que queira saber tudo sobre mim.
Quero um amor que se preocupe em ler o que eu ando escrevendo, porque isso é o reflexo do que eu ando pensando. E que se esforce para entender o que eu digo, mesmo que eu dificulte o caminho e o salpique de códigos.
Quero um amor que escreva epopeias sobre mim. Que seja criativo e sensível o bastante para encontrar em mim inspiração para escrevê-las.
Quero um amor que se importe com o que eu valorizo e que busque crescer aos meus olhos só para eu me apaixonar uma vez mais.
Quero um amor que se apaixone por mim uma vez mais a cada segundo. E que encerre uma briga com um beijo de surpresa, simplesmente por não conseguir se conter.
Quero um amor que tenha um jeito especial de se referir a mim. Um jeito que nunca caberá para nenhuma outra pessoa no mundo.
Quero um amor que me acorde com café na cama vez e outra. Que me faça dormir no colo vez e outra. Que me desperte no meio da noite vez e outra por não conseguir esperar até o outro dia.
Quero um amor que me desenhe numa folha de caderno. Que me pinte numa tela. Que me rabisque umas palavras sacanas num guardanapo. Que me dedique uma música. Que me faça uma canção.
Quero um amor que encontre sempre uma nova razão para olhar para mim. Que continue me lançando os mesmos olhares de admiração dos primeiros encontros toda vez que eu chego. Que me beije com a mesma intensidade do primeiro.
Quero um amor que leia os meus livros favoritos, assista aos filmes que eu mais gosto, conheça a minha família e os meus melhores amigos, se envolva nos assuntos que eu domino, numa tentativa de desvendar a minha mente.
Quero um amor que busque se conectar comigo para além das leis da física. Que busque me conhecer como ninguém conheceu. Que busque me entender como ninguém entendeu. Que busque me possuir como ninguém possuiu, sem jamais me prender.
Quero um amor que me mostre um novo mundo. Que me ensine. Que amplie os meus horizontes. Que me estimule. Que alce comigo um voo ao inimaginável.
Quero um amor que me deixe recados. Que me traga um bombom. Que encontre maneiras de demonstrar que andou pensando em mim na minha ausência. Que encontre maneiras inusitadas de dizer “eu te amo”.
Peço demais sim. Sei que peço. Mas se essa é única vida que eu vou viver, eu não tenho porque me contentar com menos do que um romance de conto de fadas quando decidir viver um.

Olhe ao seu redor. ACORDE PARA A VIDA! Calma... Isso não é uma daquelas broncas de incentivo à responsabilidade e planejamento. Isso é um chamado ao despertar. Um grito desesperado para te fazer perceber a oportunidade única que tem nas mãos. VOCÊ ESTÁ VIVO! Então não levante da sua cama como se fosse só mais um dia. Não deixe que a doce esperança de um amanhã melhor te impeça de aproveitar o dia de hoje. Não se deixe entediar quando o tempo é tão escasso. Toda vez que você mata o tempo... Você não vê? É ele quem está te mantando. Cronos continua devorando seus filhos... É inevitável. Mas você tem nas mãos o poder das escolhas. A cada segundo você tem uma escolha. A cada segundo você molda o seu destino. No final, Cronos nos espera. Mas os caminhos que trilharemos até chegar lá é outra história. É a SUA história. ACORDE PARA A VIDA!

I don’t care about
The color of your skin, the nature of your sins
What kind of music or of movies you might like
No, I don’t give a damn about
Your family name or whether you have fame
Or if your past means to you only a shame

But I do care if you are up to stay with me
Cause I’m so needing some real company
Yes I do care if you want to share your dreams
So we can let the past rest in peace
And start writing a new story

No, no. I really don’t care
If you don’t know who I am, if I don’t know where are you from
What matters to me is what is still to come
I could throw out of my head as though they never existed
All the times they let me down
As long as I can trust you now

But I do care if you are up to stay with me
Cause I’m so needing some real company
Yes I do care if you want to share your dreams
So we can let the past rest in peace
And start writing a new story
Oh, I do care about you
Yes I do. I do care about you
Hey man, listen
We won’t be here forever
Our forever is right now

Traga suas decepções e eu trago as minhas
Traguemo-las todas para que virem cinza e fumaça
Que nos tragam à mente o difícil aprendizado
E que do intragável façamos uma bela canção

Sinta a brisa. Relaxe. Sorria. Em algum momento você pode se assustar com a crueldade de alguém, mas não generalize. A vida é bela. Você pode abrir os olhos a contragosto, não querendo enfrentar o mundo lá fora. Mas afora os problemas que às vezes turvam a nossa visão, o mundo é um lugar maravilhoso. Temos muita sorte em existir para experimentar tudo isso. Inclusive a dor. A dor ensina. Na próxima vez que você se lançar à vida, a dor terá te ensinado o auto respeito e terá redobrado a sua coragem porque, uma vez que enfrentamos nossos medos, eles deixam de existir. Coloque os problemas em perspectiva. Geralmente, tudo fica pequeno diante da morte e você passa a olhar para o que realmente tem valor para você. Não deixe que minúcias tomem de você o seu melhor momento: o agora.

Algumas pessoas me acham metida e antipática. Poderia mandar uma daquelas máximas arrogantes como: "não acho que preciso sorrir pra todo mundo", mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Gosto que as pessoas sorriam para mim e sejam carinhosas comigo, então, da mesma forma, procuro ser querida com todos sim. O que acontece é que sou extremamente distraída (eu prefiro dizer concentrada nos meus próprios assuntos) e consideravelmente desmemoriada. Quase autista, eu diria. Vivo num mundo à parte e minha imaginação está sempre a mil. Às vezes eu posso simplesmente não perceber que era você, assim, de imediato. Porque se tivesse percebido, com certeza, teria o maior prazer de mostrar o quando você é especial para mim.

ADRIFT

Those things that you say
Dark clouds in my day
Some wounds never heal

I'm trying to understand
How this could have happened
Some wounds never heal

I feel adrift
I am searching for home
The home you promissed me
I feel adrift
Guess my last hope is gone
I stay here waiting
Wasting my time
Waiting it to burry me
It feels as if
My whole world was no more
I feel adrift

I would never guess
That you would do me wrong but yes
Oh, how you did
You just stepped over who I am
Breaking me again and again
I feel so adrift

I feel adrift
I am searching for home
The home you promissed me
I feel adrift
Guess my last hope is gone
I stay here waiting
Wasting my time
Waiting it to burry me
It feels as if
My whole world was no more
I feel adrift

There must be another way to find what I'm searching for
A way to win without losing myself

Tem gente que diz que é ingenuidade acreditar nas pessoas. Eu acho que a maior das minhas ingenuidades é me achar sabida. Cada tropeço mostra que não sei da missa um terço. Às vezes machuca. Às vezes traumatiza. O que faço é levantar, bater o pó dos joelhos e prestar mais atenção às pedras do caminho. Mas não há experiência, insucesso ou aprendizado que me faça deixar de tentar, de ver primeiro o melhor lado de tudo. Posso até ser ingênua, mas o mundo pra mim é cor-de-rosa e cheio de possibilidades.

Que eu nunca passe um dia sequer sem estar louca e completamente apaixonada.
Que a minha alma arda nas chamas de um desejo incontrolável.
Que eu morra de saudades a cada segundo.
Que eu ressuscite nos laços dum abraço arrebatador.
Que eu desfaleça em lábios intoxicantes.
Que o meu ventre gele e a minha pele erice ao prazer de uma mera lembrança.
Que o meu coração more na garganta e tente repetidamente pular pra fora.
E que eu me perca entre olhares e sorrisos e perfumes sempre uma vez mais.
Que eu jamais me habitue às coisas que deveriam me deixar encantada a cada momento.

Minhas condolências à você que desperdiça o seu já limitadíssimo tempo de vida se lamentando pelo que não tem, prejudicando os outros em vez de se ajudar, encontrando justificativas em vez de soluções, deixando para ser feliz amanhã quando tudo o que você possui é esse exato momento.

Ode à imperfeição


Ah! Aqueles cabelos... Insistiam em permanecer bagunçados, mesmo nos melhores dias.
Ou aquelas sardas que espalhavam ferrugem sobre a pele tão delicada.
Mas ele tinha aquele jeito solto de andar que dava vontade de se jogar na estrada ao seu lado.
E ela aquele sorriso de dentes brancos e presas salientes.
Quando gargalhava, o quarteirão inteiro ouvia.
Quando se movia, tudo que não estivesse fixo ia ao chão.
Aquele nariz assimétrico combinava-lhe tão bem com a assimetria do pensamento.
E a bagunça no seu quarto refletia-lhe bem os tormentos da alma.
Mentia às vezes, para ser conveniente.
Exagerava às vezes, só para parecer mais interessante.
Jogava-se sem medo, ou apesar do medo. E não se arrependia, apesar da dor.
Esquecia a cautela em casa, junto com os documentos do carro.
Chorava amargamente. Até a primeira piada.
Ria em hora errada.
Esquecia datas importantes. Mas sabia o porquê de ser importante lembrar.
A dieta sofria boicote. A vida é tão curta para se privar.
O corpo era cheio de curvas. Contra a luz, novas curvas se revelavam.
Às vezes ela se escondia, envergonhada. E disfarçava um jeitinho de apagar a luz.
Ele não sabia a hora certa de parar de brincar. Como se houvesse hora certa para parar de brincar.
Aquele estilo confuso, mas pronunciado, sempre louvava os excessos.
Ele falava demais. Significava de menos.
Ela falava de menos. Significava demais.
Tinha mil assuntos inacabados. As tarefas não chegavam ao fim.
Ele terminava. Mas não começava muito.
Apegava-se demais aos objetos alheios e não suportava deixa-los para trás.
Esmigalhava pacientemente a erva ao final do dia. Seu pequeno ritual de relaxamento.
Tinha mania de completar frases alheias. Havia tanto a ser conversado ainda.
Saia de casa em horários diversos, só para burlar a rotina.
E bebia e dançava como se amanhã não fosse outro dia.
Sentia pena de todas as estórias de amor que deixava de viver.
Escapava da lei dos homens, vez e outra, só para se sentir dono da lei.

Em meio a tantas coisas imperfeitas, quanta perfeição há!

Sou a favor da música autêntica, sincera, espontânea. Daquela que significa algo para você só no momento em que você a escreve, e daquela que transforma algo dentro de você.

Sou a favor daquelas músicas que você escuta pela primeira vez e não curte muito. Escuta outra vez e não consegue entender o que as pessoas gostam nela. Continua ouvindo e quando se dá conta já tem ela no seu iPod. E também sou a favor daquelas que conquistam logo de primeira.

Sou a favor daquelas músicas meio alternativas, que ninguém mais ouve, mas que você (e só você) percebe a genialidade nelas. Sou a favor de padrões musicais complexos, impopulares, feitos para deliciar ouvidos treinados e confundir ouvidos medíocres. Mas também sou a favor da simplicidade da música. Da música minimalista, crua, singela e bucólica. Que toca você pela essência, pelas emoções, ou só pela batida.

Sou a favor da música que mexe com o corpo. Da música que dá prazer, que excita, que anima, que te faz perder o controle. E sou a favor da música que mexe com a alma, que te faz passar da euforia para a melancolia num mero acorde.

Sou a favor das melodias infantis. Sou a favor da música erudita. Sou a favor das batidas alucinantes. Sou a favor da música comercial, porque o que vende é o que as pessoas têm ouvido, e as pessoas ouvem o que toca.

Sou a favor da música que toca.

Sou a favor da boa música, embora boa música signifique uma coisa diferente para cada um. Sou a favor da música que expressa. E é por isso que eu entendo atos de quebrar ou até queimar instrumentos musicais no palco, mesmo com dor no coração. É por isso que entendo as crises de choro, e de riso, e os sussurros, e os gemidos, e os berros de um artista autêntico se apresentando.

A música expressa. A música mexe. A música toca.

Eu vivo para absorver todo o conhecimento que se anunciar no caminho. Vivo para conhecer sentimentos jamais experimentados. Vivo para experimentar a conexão que nos faz um só em meio a imensidão do Universo. Vivo para inspirar canções, comédias, dramas, contos de fadas. Vivo para ser mais do que poeira ao vento.

Desafiar as convenções é para poucos. Como também é para poucos perceber o real sabor da vida.