Coleção pessoal de anjoeros133

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O gigante

Ontem eu ensaquei o Lorenzo, nosso filho que você me deu em uma das nossas milhares de brigas sem fim e sem jeito. Ele me olhou triste, passivo e impotente, assim como eu também olhei para ele e assim como tenho olhado para o mundo.
Dei um abraço forte no nosso urso cinza e chorei que nem uma criancinha de cinco anos que sofre porque está com rinite alérgica e tem que tirar os brinquedos de pelúcia do quarto. A realidade acabando com a brincadeira mais uma vez.
Depois foi a vez das fotos, eu beijei uma por uma e guardei numa caixa, coloquei a caixa num canto escondido e alto do armário, no mesmo canto escuro e esquecido por onde anda meu coração.
Olhei meu lindo vestido novo e pensei o quanto ele era feio porque eu nunca o colocaria para você. Olhei meus sapatos novos e pensei como seria triste usá-los sem nem saber direito para onde ir. Olhei minha velha cara no espelho e tive muita pena do quanto aquele rosto ainda ia esbugalhar os olhos para o teto lembrando que você disse que nunca desistiria.
Vire e mexe tenho essa vontade de cortar alguma parte do meu corpo, para ver se esguicho pra longe esse sangue contaminado que incha meu corpo de dor e me emagrece de vida. Tenho vontade de me fazer feridas porque parece mais fácil cuidar de um machucado externo e curável.
Outro dia desses eu estava numa padaria com um amigo e ele me perguntou se eu queria um chaveirinho de ursinho, eu disse a ele que só queria morrer, se ele poderia me fazer esse favor. Coitado, ele nunca mais ligou. Ainda bem, só você podia me dar chaveirinhos de ursinho, quem esse cara pensa que é?
Outro dia desses eu estava num bar com um amigo e ele começou a falar de todos os filmes, livros e músicas que eu tanto queria que você falasse. No final da noite eu só queria estar ouvindo aquela merda daquele cd do Alpha Blond, esses intelectuais de merda não chegam aos pés do seu sorriso e nunca vão ter de mim esse amor tão puro, tão absurdo e tão sem fim que eu tinha por você.
A fidelidade não é uma escolha e nem um sacrifício, ela é uma verdade. Por mais que eu tente, só sinto nojo. A gente não se fala mais, eu nem sei mais por onde você anda, eu até tenho o impulso de tentar de novo com outros homens, mas eu só sinto nojo.
A Lolita vive cheirando por baixo da porta e olhando triste para o interfone, outro dia minha mãe perguntou notícias suas e quando ela ouviu seu nome, enfiou a cabeça no meio das patas e só ficou triste, ela se parece comigo mesmo.
Depois do passeio na Liberdade com meu amigo tem um encontro da mulherada no café alí do Itaim. Depois tem cinema com outra amiga e depois, se eu estiver a fim, uma baladinha na casa de outra. Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.
Eu torço pra não fazer Sol, eu torço pra não chover, eu torço para acordar no meio do dia, eu torço para o dia acabar logo. Eu torço para ter alguma coisa que me faça torcer, que me diga que eu ainda sei torcer por algo mesmo sem torcer pela gente.
Minha dança é queda equilibrada, minhas roupas novas são fantasias, meu sorriso é espasmo de dor, minha caminhada reta é um círculo que sempre me traz até aqui, meu sono é cansaço de realidade, minha maquiagem é exagerada, meu silêncio é o grito mais alto que alguém já deu, minhas noites são clarões horríveis que me arregaçam o peito e nada pode me embalar e aquecer, o frio é interno, o incômodo é interno, nenhum lugar do mundo me conforta.
Minha fome é sobrevivência, minha vontade é mecânica, minha beleza é esforço, meu brilho é choro, meus dias são pontes para os dias de verdade que virão quando essa dor acabar, meus segundos são sentidos em milésimos de segundos, o tempo simplesmente não passa.
Às vezes tento não ser eu, porque se eu não for eu, eu não sentirei essa dor. Mas o amor é tanto que até as outras todas que eu posso ser também o sentem.
Hoje menos que ontem, amanhã menos que hoje, e por aí vai. Vou implodir esse gigante dentro de mim e soltar seu pó a cada manhã sem fome que faz doer o corpo todo, a cada banho sem intenção, a cada tarde sem recompensas, a cada noite sem magia, a cada madrugada sem paz.
Um dia o gigante vai cair morto igual ao King Kong e chega dessa dor, dessa incerteza, desse silêncio, dos dias se arrastando, do ódio, das imagens doentias na minha cabeça, da saudade espada que furou meu centro e aumenta o diâmetro a cada movimento.
Só vai sobrar uma tristeza eterna em saber, como todos que já viram esse filme sabem, que o rei da selva, o dono do pedaço, o forte, o poderoso, o assustador, o monstro inabalável que bate no peito e destrói qualquer um, só queria ser amado pela frágil mocinha.
Daqui de longe, enquanto escrevo esse texto chorando mais do que cabe no meu rosto, ouvindo pela milésima vez a música do Damien Rice e sem vontade nenhuma de ter vontade nenhuma, eu escuto seu riso alto, exagerado e constante. E eu só consigo ter mais pena de você do que de mim.

Por incrível que possa parecer, muita gente tem medo da felicidade. Para estas pessoas, correr o risco de estar de bem com a vida significa mudar uma série de hábitos – e perder sua própria identidade.

Por isso, muitas vezes nos julgamos indignos das coisas boas que acontecem conosco. Não aceitamos as bênçãos – porque aceitá-las nos dá a sensação de que estamos devendo alguma coisa a Deus. Além disso, temos medo de nos acostumar com a felicidade.

Pensamos: “é melhor não provar o cálice da alegria, porque, quando este nos faltar, iremos sofrer muito”.

Por medo de diminuir, deixamos de crescer. Por medo de chorar, deixamos de rir.

Existe sempre um novo recomeço, uma nova história, um novo desafio, um novo conhecimento. Não desista, pelo fato de não estares, conforme o padrão, não precisas ser como o padrão, podes quebrar o paradigma, podes ser a primeira pessoa a conquistar o impossível, você esta escrevendo sua história, somente você pode fazer isso, lute por você e pelos seus sonhos.
Não aceite menos que isso!

Sucesso a suas conquistas!!

Viver é uma dádiva.
É preciso ter uma cabeça levantada, é preciso amar, se arriscar,
fazer absurdos...
Correr em círculos, ficar magoado...
No final, a vida é maravilhosa.
Todos sabemos para onde vamos... Mas podemos decidir como vamos
viver nossas próprias vidas.
É necessário chorar, chorar muito.
Fazer bico, ficar de mal...
Tem que sentir ciume, tem que gritar, gargalhar...
A vida é uma dádiva.
Se as pessoas começassem a dar a valor a pequenas coisas tudo seria mais fácil...
Quantas vezes você olhou para céu e agradeceu por existir?
Quantas vezes você olhou para sua família e agradeceu por ser tão amado?
Quantas vezes olhou para seu amor e por mais idiota que fosse declarou tudo que tava escondido há séculos?
Não tenha vergonha de amar, de ser idiota, de ser criança...
Curtir a vida é perceber a chuva... Correr por ela no seu melhor vestido.
Curtir a vida é abraçar bem forte quem se ama, transmitir carinho, transbordar felicidade.
Andar em uma corda bamba. Correr em uma ponte prestes a cair. Ver seus sonhos serem conquistados, serem evaporados e
sendo derrotados...
Viver é sentir que você é a melhor pessoa do mundo e que junto de vocês as segundas melhores estão ao seu lado.
Amar é viver...
Sem medo de chorar...
Sem medo de dizer tudo que pensa.
Sem medo de fazer coisas que jamais faria... Se não fosse feliz.
Felicidade é uma dádiva.
Não importa o tempo que você está por ai circulando... Não importa se você vive bebado, sóbrio ou um pouco dos dois...
Não importa sua religião, suas escolhas... O que você precisa ser é ser feliz.
Te garanto que seria mais fácil se quando a gente fosse nascer um pacote funerário viesse pago junto...
Assim não haveria surpresa.
Não haveria tristesa.
Não haveria luto.
A morte é inevitável.
A morte também é uma dádiva. Para aqueles que sabem como ser feliz. De verdade.

Acontece com todo mundo. Um dia você descobre que não vale a pena revidar ofensas, que elogiar não é se mostrar inferior e que ser humilde faz um bem danado a alma.
E um dia você também aprende a enorme diferença entre amigos e colegas, e você percebe que há colegas que se fazem de amigos. Um dia você compreende que, não importa o que você faça, as pessoas sempre vão criticá-lo. Então, você passa a ignorar as críticas.
E você passa a ser o que é, sem ligar pros sorrisinhos irônicos, olhares reprovadores, ou indiretas medíocres. Tudo se torna pequeno demais para lhe abalar.
E você descobre, no fim das contas, que o fato de você amar demais a si mesmo é o que incomoda os outros.

Adolescência

A vida de um adolescente
sempre é uma confusão
bem diferente
um misto de emoção

É quando pela primeira vez aprende
coisas que antes não imaginou
e logo entende
que tudo já mudou

Ás vezes pode errar
sem saber a consequência,
mas faz sentido posso falar
essa tal adolescência

Quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

Afeto, amor, compreensão - eis os alicerces da vida.
Escrevemos com amor o poema da adolescência.
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência.

E tu, cético diante da ternura,
impermeável ao sentimento,
aprende esta verdade:
A vida é Amor, e nada mais!
(Rubáiyát)

Dizem que sou muito intenso....
Verdade, até o sabor do meu café tem que ter uma intensidade elevada.

Dias de chuva pra mim sao proprícios a colo, chocolate quente e cobertas.
Um bom vinho, luz de velas, um jantar a dois e nossa música preferida.
Dias de chuva pedem livros, aromas, bolo saindo do forno, café, abraços.
Maos entrelaçadas, pés enroscados, meias de lã, pijamas, cafunés.
Dias de chuva, sao propícios ao amor.
Sao propícios a eu e voce.

JANTAR A LUZ DE VELAS

Eu te chamei para jantar
Será que você vem?
Já separei os vinhos
E os queijos também
Coloquei velas na mesa
Quem sabe você chega
Já preparei o jantar
E também a sobremesa
Oh meu Deus você chegou
É como se realizasse todos os meus versos de amor
Falamos sobre o dia a dia
E depois nos entreolhamos
A mão pairou sobre o vestido e foi deslizando
Depois encontrou um rio e entradas secretas
Ardentes de amor e loucas pra serem descobertas
Sem hesitar eu fui
E pulei sobre a mesa
Te mostrei que depois do jantar
Eu era a sobremesa

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"" Era para ser um jantar a luz de velas e ela trouxe duas amigas...""

Sou como fogo... sempre intensa e insaciável.
Como vinho que te aquece, ou como calor que te enlouquece.
Sou, sim, a sua perdição, a sua mais louca paixão.
A intensidade da entrega, me faz viajar e delirar, e como não te amar?
Te quero.
Te sinto.
Te procuro.
Te acho.
Na realidade não te esqueço.
Mas sei que com minhas palavras te reviro do avesso.

Bom dia...
"Me possua com seu corpo.
Me enloqueça com sua força.
Me leve ao céu, me mostre as estrelas.
Quero seu gemido.
Quero seu calor.
Quero seu grito.

Sou sua, só sua para fazer o que desejar..quero que sejas meu para expressar meus mais íntimos desejos de te amar.

E que esse vício de sempre te querer mais, nunca passe.
Apenas fique maior.
Com mais amor.
Mais desejo.
Mais suspiros.
E mais arrepios.."

"Estar ao seu lado, me entregar sem reservas. Mergulhar nesse sentimento onde tudo se resume ao prazer.
Venha me abraçar, me consumir com seus beijos e carícias. Quero me afogar nesse mar de desejos, irradiar seu perfurme, transmitir sua paz e serenidade. Quero satisfazer, quero dar prazer, quero enlouquecer. Me contenha, me toque e me possua, me faça sua."

(Morenna Hoot)

Já estou daquele jeito
que não tem mais conserto
ou levo voce para cama
ou desperto.

Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver. Todas as manhãs ela caminha vagarosamente para pegar o ônibus que a levará para lugar nenhum, para ver ninguém. E todas as manhãs ela imagina como serão as tardes, já sabendo a resposta, finge ser feliz assim todas as manhãs. E todas as manhãs ela espera pela noite, ela espera assim arduamente para voltar para seu quarto, e ser triste. É quando ela sente que está assim completa. Completamente triste, mas completa. E quando ela tira a roupa e põe todo o seu corpo em baixo das cobertas quentes e sente que começa a sonhar, é quando ela sorri. Assim pra ninguém. Mas pra ela mesma. E viver vale a pena.

A cama é um móvel metafísico.

Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.