Coleção pessoal de AngelaBeatrizSabbag

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Nós, nós os Sabbag, lá nas Arábias somos os maiorais...
Videiras para comermos charutos de folha de uva a vida inteira,
Vinhos? Bebemos Arak, que é de aniz.
Somos tintureiros traduzidos para o português. Tingimos de amor nossa família, tingimos de branco a Síria de onde vieram nossos ancestrais...que acabem todas as guerras, principalmente as guerras intestinas.

Repare aí por favor! Todo o meu amor romântico ficou com você. Impregnou suas vísceras, derme e epiderme. O meu coração está preenchido de você...sinto seus braços, abraços e beijos. Ainda vejo a minha imagem refletida nos seus olhos, ora me fitando com devoção, ora me despindo com sofreguidão. Ai, como eu amo você!

Ela já estava habituada a viver o espetáculo da vida "solo",
Mas a vida não é para os fracos e gosta de peças,
Foi então que despretensiosamente ela encontrou um amigo incrível,
E como complicar é tempero da existência, ali, naquele homem ela encontrou o homem que a desconstruiu...
E ela que nunca foi de esperar na praça muito tempo para concretizar um amor, jurou para si mesma que nunca mais vai querer amar outro alguém.

Tu me lês?
Nas linhas e entrelinhas,
Se me decifras captura-me,
Se me lês ama-me.

A saudade consegue me fazer acordar mais cedo que o usual. Mal tomo um café preto sem acompanhamento nenhum e corro a tomar um banho gostoso e a escovar os dentes como se estivesse entregando meus sapatos aos cuidados de um engraxate. Uso pouquíssima maquiagem, mas me perfumo com meu perfume mais caro na medida certa. E caro aqui quis dizer em preço e apreço. Faço isso na ingênua crença de que assim deixarei um pouco de mim com você até o nosso próximo encontro.

É desagradável, antisséptico, quase escatológico. Mas tenho um punhal cravado no meu coração, e estando na mais completa solidão, vou me escusar na minha falta de forças para poder me esvair em sangue, na mais completa paz.

Tantas vezes morri e outras tantas renasci...
Mas esse fato em si não basta para me tornar mais forte;
Não é suficiente para endurecer minha casca;
Sou forte ao mesmo tempo que sou tão vulnerável.
Reafirmo a minha humanidade dia após dia e choro.

Quero pra agora, não me inconformo de esperar o amanhã...
Tenho muita força, e ela vem toda de Deus. Portanto a quem enganaria se me declarasse sem forças? Nem a mim própria, eu confesso. Mas peço confiantemente para hoje o que é muito penoso esperar.

Já haverá minh'alma deixado o meu corpo?
Quem estará a controlar meus movimentos?
Sou agora apenas um fantoche,
Um bocado de tecido sem enchimento...
Fluo,
Escorro,
Esvaio,
Completamente vazia de mim eu saio.

Macieira= pé de maçã
Pereira=pé de pera
Videira=pé de uva, poderia ser pé de vida
E pasmaceira, o que é?

Sou...
Descabida, desmedida, over, plus e tudo o que sobra sentimento. Sou fora de moda, fora de contexto, e como se não bastasse tudo isto, sou uma reedição de D. Quixote, pois costumo andar por aí a lutar contra moinhos de vento.

As artes atraem a menina que continuo sendo. Desde sempre gostei das artes em sentido figurado e principalmente no seu sentido literal. Sou uma criança grande que se deslumbra, se encanta e se comove diante de qualquer expressão artística que me bagunce as emoções.
O melhor é que apesar da obrigação de maturidade ainda apronto e muito das minhas. Só sei viver assim.

O Melhor Amor do Mundo
Amantes, ficantes e outras efêmeras companhias ela as teve aos montes. Havia tido um grande amor, seu primeiro amor, e acreditava piamente que jamais viveria outro sentimento com tamanha intensidade, afinal não duvidava quando as pessoas na sua grande maioria falavam que nunca se esquece o primeiro amor.
Na verdade, até muito acanhada, ela confessou a um número seleto de pessoas que vivera seu maior e melhor amor no outono de sua existência.
Encontrou um homem que a encantou como os príncipes encantados costumam encantar suas princesas. Quando os homens maduros costumam viver à cata de menininhas ele se encantou por ela, e tinha o grau exato de timidez que para ela é imprescindível numa pessoa. Ela também ficou fascinada com a falta de pressa com que eles foram se conhecendo, porque hoje em dia vige a prática dos relacionamentos atropelados e por isso mesmo tão fadados ao insucesso.
Ela agora não pode ir a certos cinemas, sente um aperto no peito ao passar quase todo dia pelo Jardim Botânico, quase morre quando alguém posta uma foto no " Daniel Briand", o Pontão tão encantado lhe evoca lindas sensações e a Rota 66 faz com que sinta uma faca cravada em seu peito.
Mas o melhor lugar do mundo onde esteve com o melhor amor do mundo foi na casa dele, pois ali ela redescobriu o prazer de dormir de conchinha e de ser amada por um homem até através dos olhos dele.
Ele está viajando e ela o espera às vezes pacientemente, outras vezes com urgência desesperada...destemperada.

Morri.
Você soube? Já sabe? Talvez até tenha sentido a minha falta, mas o tempo ou outro motivo qualquer não lhe deixaram procurar notícias minhas.
Lamentável, pois poderia jurar haver entre nós a mais genuína amizade, o mais bonito bem querer...
Eu com certeza teria morrido feliz se não houvesse percebido que havia sim toda essa amizade e todo esse bem querer, só que era unilateral, só de mim para você.

E hoje nos vestimos de branco para evocar a paz. Onde a gente puder levar a fé, onde a gente conseguir arrancar um sorriso, onde a gente puder deixar a esperança é exatamente onde deveríamos ter ido. Que o branco da paz conforte a todos os corações humanos.

Quando a gente amarga devia virar jiló!

Contagem regressiva para o abraço, para formarmos o laço que quisera eu ninguém pudesse desmanchar...levar-lhe ei vários sorrisos, novidades, meu melhor perfume para que fique impregnado em você até o próximo encontro...a saudade bate forte, dói demais!

Sou mesmo paradoxal, pois achando-me mais frágil que o mais fino cristal toda vez que a vida me chama para a luta, que o cotidiano me confronta, descubro em mim força em todas as entranhas. Sou mulher, bicho, leoa...não fujo à minha sina e nem questiono a minha sorte.
Eu encaro o dragão ameaçador que me rouba o sono, desafio o monstro que insiste em roubar a minha paz. Sou mulher, sou frágil, choro e rego a alma. Afinal, creio que as lágrimas são a prova cabal de que não tenho a alma árida.
Vou mais uma vez à luta!

Não sou de prestações, de meias palavras e muito menos de meios encantos. Sou atirada, me rasgo e me jogo, pois emoção é como pimenta, tem que ser forte.
Então comigo não tem esse negócio de desejar felicidades aos amigos no início de cada mês, já desejo no começo do ano sempre um ano soberbo e de alegrias infinitas.
Bem, o caso é que ontem, primeiro de Julho, inspirada pela música de Billy Paul, desejei um feliz mês de julho para todos. Confesso que nunca um desejo deu tão errado para mim, senhoras e senhores...vivi o primeiro dia de julho mais triste de toda a minha vida.
Bem, mas a vida segue seu curso.

Otimismo 365 dias ao ano?
Fé inabalável uma vida inteira,
Alegria no desjejum, no almoço e no jantar?
Prazer haja a intempérie climática que houver?
Eu a mim me basto " ex tunc"?
É...muita coisa eu finjo pela obrigação de dar bons exemplos e de levar alento a corações mais angustiados que o meu.
Nessa euforia cotidiana eu sou quase sempre uma fingidora, mas só nesse quesito de não querer dividir minhas angústias com ninguém mais além de mim. E isso não é egoísmo, é ter o mínimo de respeito com as pessoas que amo.