Coleção pessoal de AndreAnlub
Está no tempo de ser mais flexível, espelho de exemplos melhores, elixir para o mal reversível, reescrever nossa vida em folclores.
A resposta vem com o ar fecundo, quebrando o coeso silencio, queimando mil brancos lenços e prevendo o fim dos futuros lamentos.
Num dia quente de verão brota um amor quente que faz quentes a alma e o coração... É, só assim "fico frio"!
Confesse seu amor ao vento e deixe-o leva-lo, mostra-lo, a quem for; quem sentir de repente, uma leve brisa quente, saberá que uma alma apaixonada o soprou.
É um novo tempo e a mais nova maquiagem da engrenagem que a ferrugem não come; a bondade sendo real ou miragem é o mal travestido em nós (bicho homem).
Em seus tronos na zona de conforto estão otimistas os deuses de todos. Roupas alvas, flores brancas e o sol desbotando as flâmulas.
Essa minha metafórica escuridão saiu do incoerente ostracismo, viu a luz do dia e subiu até a nuvem mais supina, fez vigília, até que do nada resolveu tornar-se arco-íris.
Ficam tempos de acertos e erros, ficam berros que ecoam em intentos, e na nuvem a premissa do restauro da curva que faz reta uma estrada mais turva.
O tal vento cruel e birrento soprou ao meu ouvido como uma fera grunhindo e nada adiantou, só a cera espalhou.
Precisamos de larga boca e nada oca, a mente. Mente aquele que no medo, em segredo, no paladar do azedo, se engana dizendo que não ama e não segue passo à frente.
Um ano desponta e aparecem novas perspectivas, pois sabemos que devemos dar o nosso melhor nos próximos 365 dias. Vamos usar a energia e inspiração para a afabilidade, vivendo com paixão, alma e o café quentes, colando o sorriso nos dentes e até ter o gosto de dar o passo maior que a perna, mas consciente e eternamente pra frente.
O medo pinta o corpo da cor que lhe convém, trata a chama com desdém, não deixa mais se aprofundar na fábula e sobra o raso e alimenta a mágoa.
Quem sabe você quis se aprofundar na fábula, pisar mais fundo, ter sido capaz de fazer seu mundo... Faltou coragem e sobrou medo. Agora é hora de arregaçar as mangas, ir à luta, pisar na lama e tentar de novo.
Pés são peritos em caminhos e histórias, e ao longo do tempo vão deixando as marcas que somem com as águas, com os ventos, com as mágoas e memórias.
Fico pensando na vida, rabiscando besteiras, deitado na rede, sentindo a brisa, o sol na frente, a mente na pista, coração latente e a saudade vigarista. Nessa minha forçada aposentadoria, sem você, aposentei-me do viver.
Imaginação em aquarela, verve que grita, canta os pássaros e coração palpita; a pureza que se acredita olhando nos olhos dela.