Coleção pessoal de andre_villasboas

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O que o seu "EU" (do futuro) diria para o seu "EU" (do passado) se este contato fosse realmente possível? Será que o seu atual momento mudaria? Pequenas decisões pode levar a grandes consequências.

Antes quero abrir um parêntese para a Teoria do Caos. Este tipo de diálogo pode causar sérias consequências e eu poderia nem estar aqui para contar, mas me reservo o direito de soltar a imaginação sem alterar o meu destino.

EU (do futuro): - Alô, tudo bem? Estou ligando para dizer que nos momentos que você venceu, perdeu e disse umas verdades na hora errada - está tudo certo. Continua acontecendo isso com você aqui no futuro. Faz parte da vida.

EU (do passado): - Tudo bem, graças a Deus. Você se arrependeu de alguma coisa?

Do futuro: - Várias vezes. Pensei até em pedir para você evitar certas situações. Mas talvez eu não fosse eu, se você fizesse isso. Poderia alterar quem somos. Melhor deixar quieto e aprender com os equívocos.

Do passado: - Sim, tem razão. Sem prejuízo, não existe glória.

Do futuro: - Exatamente! Fora isso, vou te pedir para ser menos ansioso. A ansiedade quase acabou comigo. Ela me consumiu naquilo que você achou que aconteceria.

Do passado: - Sempre suspeitei que teria problemas no futuro com esta questão da ansiedade.

Do futuro: - Pois é, terão vezes que você achará que é o fim - e será mesmo. Na maioria das vezes você achará que está coberto de razão, e pode acreditar, estará completamente enganado. Quanto a família, fique bem pertinho do seu irmão. Todos merecem seu carinho, mas dê uma atenção especial para ele.

Do passado: - Aconteceu alguma coisa com ele?

Do futuro: - Controle sua ansiedade, tudo no seu tempo. Só faça o que eu te pedi, ok?

Do futuro: - Mudando de assunto, herdei de você um talento especial para atrair olhares invejosos e estereótipos equivocados. Confesso que vivo tentando te desconstruir quando falo de você. Talvez seja o ímpeto de querer que pense como eu aprendi a pensar. Essa tal de maturidade tardou, mas chegou com força.

Do passado: - Como estou no futuro?

Do futuro: - Não quero acabar com a surpresa, só posso adiantar algumas coisas: Você vai ser pai duas vezes, e ainda tentará (e conseguirá) uma terceira. Vai se casar, divorciar e acertar na segunda tentativa.Tudo vai valer a pena, e você escreverá um livro. Vai ser você e eu, sem brigas pelo protagonismo. Até breve!

Do passado: Até breve!

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Na essência ela é hiperbólica.
Na quimera é paradoxal.
Na compaixão, metafórica.

Gosta de coisas díspares.
Pessoas análogas.
Situações descoincidentes.
E de elos congruentes.

Hoje é assim.
Amanheceu, se reinventou.
Mas abomina personagens.
Ou personificações voláteis.

É simples e complexa.
Mistura nonsense.
Debutante da casca verde.
Senhora do miolo sensato.

Se perde de propósito.
Sabe onde se achar.
De vez em quando silencia.
Persuade na surdina.

É "papum", nada de rodeios.
Real, sem devaneios.
Riso fácil, choro descomplicado.
Corajosa e sem receios.

Não suporta metades.
É amante por inteiro.
Amiga de verdade.
Via de regra: 100x minha.

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Me torne autoconsciente no momento que descortinei a consciência dos meus papéis. Aticei a reflexão ao me observar no espelho e ao enxergar o impacto da minha personalidade naqueles que me circundam.

Tive (e tenho) que trabalhar muito minha inteligência emocional, e isso só foi possível no momento que reconheci minha autoconsciência – o que faz sentido quando recorrermos à mitologia e constatamos que o Oráculo de Delfos aconselhou milhares de pessoas há milhares de anos atrás: “conhece-te a ti mesmo”.

Laconicamente, posso dizer que autoconsciência significa uma compreensão profunda das próprias emoções e impulsos. As pessoas com esta característica acentuada, não são nem críticas demais nem irrealisticamente esperançosas. Pelo contrário, praticam a honestidade holisticamente.

Se queremos saber para onde estamos indo - e o porquê desta caminhada - precisamos nos reconhecer antes de achar que conhecemos o caminho e as pessoas que estarão ao nosso lado direta ou indiretamente. Foi assim que evitei minha esquizofrenia, conhecendo todas as minhas loucuras antes de achar que os loucos estavam à minha volta.

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Vocês conseguem imaginar o poder de uma contemplação profunda? Quando esvaziamos a mente de todas as suas distrações, atenuamos o fluxo mental, regulamos o relógio biológico e reencontramos o prumo.

Quando o remanso está presente no contraste de selvas - virgens ou não - o medo esvazia e o âmago flerta com a paz interior. Este é o ensejo que precisamos para compor o adubo que fertiliza a semente da criatividade.

O intelecto que difere o bicho homem dos demais bichos é o que nos permite debruçar sobre o sofrimento ao caminhar na direção oposta. Miseravelmente, a honraria da racionalidade nos faz esquecer que também somos bichos a cargo de emoções, intuições e espasmos de impulsividade. Que somos apenas um entre tantos fios com os quais Deus tece a sua infinita teia. Vez ou outra, paramos para ouvi-lo em silêncio, e nos refazemos do desgaste de vivermos a mercê do incontrolável.

Siga, pare, respire, contemple e se prepare para mais uma semana de vida. Tome as rédeas do imponderável.

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Se prefixarmos o vocábulo "RE" na primeira sílaba de todas as nossas ações, mostraremos à Deus que nossa passagem valerá cada sacrifício.

Se algo puder ser acurado, REfaça.
Se algo perder o sentido, REssignifique.
Se algo carecer de mais foco, REleia.
Se algo exigir austeridade, REpense.
Se algo for mal interpretado, REforce.
Se algo parecer descabido, REestruture.
Se algo inibir sua coragem, REssalte.
Se algo assolar sua estima, REconstrua.
Se algo tirar sua fé, REcupere.
Se algo apagar seu legado, REssurja.
Se algo levar ao calvário, REnasça.

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Agora, sem hora, na varanda da minha casa. Contemplo o detalhe, ressignifico o silêncio. Eu, ela, nosso filho e uma melodia encaixada. Um café delicioso, nenhuma palavra.

Olhos fechados.
Nariz e ouvidos apurados.
Paladar aguçado, saciado.
Nuvens divorciadas.
A solteirice amarela, queimando.
Olhos abertos, sentidos harmonizados.
A casa inacabada.
Primavera em cada árvore.
Profusão de cores como assinatura.
Cidade com identidade própria.
O templo do azul e branco.
Travestido de dragão.
A confluência de possibilidades.
Quem quer ir, quem quer chegar.
O galo cantando fora de hora.
E a vida me dizendo: - relaxa, se aquieta.
Ansiedade abduzida, eu livre.
Um pedaço de papel.
Uma esferográfica falhando.
Sensações partilhadas.
A prova da minha vida materializada.
Aleluia, simplicidade.

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Em tempos de guerra e matança, trago para reflexão o que disse Jesus aos seus discípulos: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo".

Reflexão... Se o sal vier a perder o sabor, qual seria sua real função? Nenhuma, pois o sal não funciona sozinho. Além de não ser um alimento, também não sobrevivemos apenas com ele.

Entretanto, na medida em que o sal se relaciona com a comida, sua presença afeta completamente o contexto do que comemos. Não podemos vê- lo, mas sabemos que está ali porque sua força se faz sentir.

Se exageramos na dose, estragamos a refeição por completo. Se deixamos de colocar, a refeição perde o gosto e a personalidade. Nós, seres humanos - assim como o sal - mudamos aquilo em que estamos inseridos.

E a luz? Como a luz, alteramos tudo aquilo que está à nossa volta. Quando nos fazemos presentes na medida exata – sem excesso e sem omissão – justificamos nossa vida perante à Deus.

Resumindo... EQUILÍBRIO.

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Não sou louco, sou apenas um criativo que encara a monocromia como uma profusão de cores. O efeito e a magia estão na beleza do coração de quem enxerga o azul no meio do cinza.

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Em um mundo repleto de padrões, um pouco de transgressão pode ser até bom e rentável.

Às vezes é certo estar errado.

Tenho a convicção que começar errado pode fazer com que aquela sugestão considerada controversa acabe tornando tudo possível. O que isso quer dizer? Que inovações não partem da rotina que estabelecemos. Também não são originadas a partir de métodos tradicionais e consolidados. Pelo contrário, o que provoca o “UAU” e modifica o mundo, em geral, vem de alguém que ousou ir por um caminho diferente, ainda não normatizado.

Exatamente, um pouco de transgressão nos padrões diários pode trazer resultados surpreendentes. Aliás, ter segurança para poder “tentar, falhar e aprender” é um ciclo valorizado justamente por quem busca inovar.

Já pararam para pensar que toda lei é uma transgressão da liberdade, e que as grandes riquezas, sejam elas materiais ou de espírito, nasceram de uma emancipação? A imaginação não passa de um modo emancipado da ordem do tempo e do espaço.

Seguir e acompanhar o que eu digo pode ser um bom "ponto de partida" para você sair da caixa. Aprenda com quem vive fora dela e - às vezes - ri dos próprios erros.

Eu, Mariô.
Tu, Mariás.
Ela, Maria.

Maria amanhece aurora
Eduarda vence outrora
Filha do sol
Cria da luz
O canto do rouxinol
Pequena que me seduz
Maria desabrocha uma flor
Eduarda enobrece o amor
Oriunda do ventre materno
Respiro de uma oração
Criança do riso fraterno
Que fez casa no meu coração.

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Algum EGUM, OGUM.

Já desatinei muito ao longo da vida, conjuguei o verbo "doer" no infinitivo, no particípio e no gerúndio. Gritei: - "EGUMedeixa", e ele sempre se foi, ofuscado pela minha luz própria e inata. Oxalá!

Quem aqui nunca sentiu aquela pedrada abstrata, aquela dor tão disseminada que você se perde ao interpretar causa e efeito? Acredito que esta seja a melhor forma de entender que só se afoga quem sabe nadar, e eu comecei minha vida submergindo em quase tudo que tentava.

Sempre terminava com a temida faca de dois gumes nas mãos. Ou afunda na areia movediça ou cria uma carapaça tão forte quanto a armadura de Ogum.

"OGUMeveste", e ele me vestiu, iluminado pela minha luz própria e inata. Oxalá!

E eu? Eu, inconscientemente, saí cavalgando pelas estradas da vida.

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O que é sucesso para você?

Sucesso é subir no topo de uma montanha e apreciar o que ainda resta do que Deus nos reservou, abrir um sorriso largo e refletir sobre as pontes que construímos, as pessoas que beneficiamos, e sobre o direito de ir e vir sem culpabilidade consciente.

Ter a certeza de que o mar não vai nos engolir, pois alcançamos o ponto mais alto que poderíamos chegar com as armas que temos: nossa evolução, seguida de uma persistência que concilia resiliência e propósito.

A bagagem acumulada e dividida até a nossa partida vem da nossa persistência: tanto nas vezes que ganhamos e aprendemos, como nas vezes que perdemos e também aprendemos. Em todas as ocasiões, APRENDEMOS, e este aprendizado não precisa ir conosco para o túmulo.
Este acúmulo de experiências positivas e negativas vai nos tirar - em parte - do ciclo virtuoso de tentativa e erro. Tentaremos e erraremos cada vez menos, e aí nos questionaremos muito:

Por que melhoramos à medida que envelhecemos?
Por que demoramos anos para entender que as glórias e as infâmias não são eternas?

A resposta para todas as perguntas é: CICLO!

Se a vida é um ciclo, ora estaremos por cima, ora por baixo, e a sabedoria vai permitir que este círculo virtuoso traga mais glórias que infâmias.

Se partirmos do pressuposto que a vida começa aos 50, eu por exemplo, tenho pouco menos de 1 ano para acumular toda a bagagem que puder. Assim, pretendo glorificar minha reta final com aquele último gás de persistência, resiliência e propósito.

Por que farei isso? Para que minha paz silenciosa se torne o barulho das guerras que constroem ao invés de destruir.

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Há dezoito anos eu me descobri pai de menina. Na tela do ultrassom vi quando o especialista desenhou um laço em sua cabecinha, e uma lágrima rolou mesmo antes do último traço. Foi algo muito natural, orgânico e incondicional. Minha disponibilidade para amar minha filha e o seu universo foi e sempre será infinita. Não adianta achar que criar um elo eterno com parte de você é algo que se faz instantaneamente, e que se mantém sem dedicação. É necessário entender que aquela menininha precisa do pai presente para se tornar uma mulher autoconfiante.

Quase que por um lapso, abandonei as trevas do egoísmo e caminhei na direção da luz do altruísmo. Me despedi dos meus recifes egocêntricos, e saí gritando para o mundo que Deus tinha confiado uma de suas anjinhas aos meus ensinamentos. Não era tão maduro na ocasião, mesmo assim evitei lançar os dados e deixei Ele me mostrar o caminho.

Quando algo mágico acontece e alguém - mais importante que você próprio - cai nos seus braços, você se reinventa, se recomeça. Foi aí que me vi com a responsabilidade de ser muito mais que um “pailhaço”, precisava amadurecer em um curto período, já que os cromossomos XX tendem a amadurecer na velocidade da luz e eu precisava de uma relação sustentável com o que estava por vir.

Depois de algum tempo você entende a diferença entre andar de mãos dadas e andar de mãos algemadas. Entende que amar não significa cobrar, prender ou até mesmo se apoiar em um estereótipo falido. Entende que presença nem sempre significa liberdade. E entende também que amor não é algo angariado contratualmente. Ninguém é livre parcialmente. A parcialidade aqui pode colocar o “ter” na frente do “ser”, e eu anseio profundamente que a minha menina seja tudo que ela sempre sonhou. Então resolvi colocar a liberdade na frente do amor, e por mais que este espaço me consuma, meu consolo é muito maior ao ver o quanto ela está crescendo linda, inteligente e responsável.

Hoje no dia do seu aniversário, afirmo que minha saudade virou orgulho e que meu coração (assim como a porta da minha casa), estão escancarados para a essência e o amor da minha eterna Manuella.

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Nossa liberdade é parcial?

O máximo de liberdade que podemos almejar é escolher a prisão em que queremos viver o resto de nossas vidas? Um casamento, um emprego, uma cidade, a paternidade, a política, o apego ao "ter".

Enfim, todas as nossas escolhas, incluindo as felizes, implicam algum confinamento, e isto é um fato.

Por isso eu coloco a liberdade na frente do amor. Meu casamento, meu ganha pão, minha cidade natal, meus filhos, meus ideais políticos, meu apego às coisas e pessoas. Se existe amor porque a posse? O amor precisa de asas para ir aonde bem entender, sem amarras, com liberdade.

Os casamentos de verdade sobreviverão, os empregos virarão propósitos, as cidades permanecerão com suas lembranças, pais e filhos respeitarão suas escolhas, as democracias deixarão legados, e "o ser" vai sobrepujar "o ter".

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Se você tem muito chão pela frente, caminhe sem se poupar das provações mundanas.

Quem me conhece, sabe o quanto sou voluntarioso nas questões relacionadas ao meu "consciente profissional" e o quanto preciso ressignificar o meu "consciente pessoal", principalmente quando ativo os gatilhos emocionais.

O simples fato de me perceber vulnerável, já cria uma alternativa de melhora. E é o que ando fazendo com recorrência, sempre que fico diante de uma provação.

Não adianta olhar para o céu com muita fé e pouca luta. O segredo é ter 100% de convicção com apenas 50% de resposta.

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Mesmo com o tempo voando através do próprio reflexo.

Tenho o entendimento que a sensibilidade e a imaginação conservam a mocidade da alma. Sou mortal na minha matéria e imortal na minha consciência.

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Em janeiro (que passou) ele faria quarenta e seis anos de vida.

É como se o seu desenlace espiritual me gerasse uma sensação física de perda, mas que o desconforto estivesse apenas no fato de não me ver vivendo nele. Quando ele dizia o quanto me amava, o quanto me respeitava, é como se eu vivesse nele também e isso me preenchia de alguma forma. A tal da referência sustentada pela reciprocidade incondicional.

Quando lembro, penso, converso com ele; sinto ele perto, como se ainda estivesse na mesma dimensão que eu. As passagens, as memórias se renovam. É como se o ontem virasse o hoje. Aí paro, reflito, e intuitivamente espero o mesmo. É quando me falta a fala, o abraço, o beijo. Ações que se foram com ele.

O que mais sinto falta? Da minha incapacidade de estabelecer um diálogo que me permita dar e receber. Eu falo, mas não ouço mais. Eu abraço, mas não sou mais abraçado. Eu beijo, mas não sou mais beijado. Ele vive em mim, mas não me vejo vivendo nele. É disso que tenho mais falta.
Saudades, meu irmão.

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Você é uma pessoa mecânica, instintiva ou consciente?

O amor mecânico desperta o ódio.
O amor instintivo desperta a incerteza.
O amor consciente desperta a plenitude.

A fé mecânica é loucura.
A fé instintiva é escravidão.
A fé consciente é liberdade.

A esperança mecânica é doença.
A esperança instintiva é covardia.
A esperança consciente é força.

Ao longo dos meus quarenta e muitos, parei de divagar por aí. Estou me afastando dos abalos morais e fazendo um approach com minha consciência.

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Quanta coisa para agradecer. A vida, cada dia, cada noite, o sol, a lua, a plantação e o que vamos colher. As pessoas que amamos e que nos amam de volta. #reciprocidade

Agradecemos a sabedoria e honramos a erudição, mas preferimos criar ao invés de nos apoiarmos em fatos existentes. O trabalho não justifica nossa existência, mas não estamos neste planeta apenas para existir. Queremos multiplicar a subsistência. #longevidade

Agradecemos o sentimento de liberdade ao fecharmos os olhos, já que toda sombra tende a perseguir consciências suspeitas. Aprendemos a adestrar nossa reputação, e nossa consciência sempre nos acaricia mesmo depois de uma bela mordida. #liberdade

Agradecemos nossos dons. Ela faz, ele escreve. E apesar do eco que volta, seguimos fazendo e escrevendo à nossa maneira. Com a certeza que ações não são bordões, disparamos balas de resiliência no peito dos que sentem aquela dorzinha no cotovelo. #maturidade

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O tempo é comparado a um pó muito fino que, distraídos, deixamos escorregar por entre os nossos dedos.

Se lhe damos um bom uso, é a ponte por onde fazemos passar a trama dos nossos dias para fabricar o tecido de uma vida significativa. Portanto, precisamos ter consciência de que o tempo é o nosso bem mais precioso, essencial para a busca da felicidade. Então porque hesitamos quando abdicamos do supérfluo? Que vantagem há em nos dedicarmos ao inútil? A discórdia? Como disse Sêneca: “Não é que tenhamos tão pouco tempo, mas que o desperdiçamos demais.”

A vida é curta. Sempre perdemos, quando deixamos de lado as coisas essenciais, ou às adiamos ao nos deixarmos enredar pelas demandas incoerentes daqueles que brigam por poder. Os anos ou as horas de vida que nos restam para viver são como uma substância preciosa que se desfaz, podendo ser desperdiçada sem que percebamos.

Eu tenho quase meio século por aqui, e encaro o tempo como uma criança que pode desaparecer se não ficarmos de olho, que pode sumir com um estranho se não tomarmos cuidado, ou até mesmo evoluir rapidamente entre fases se não acompanharmos esta evolução. O tempo é nosso e ele não pode se perder indiscriminadamente. Cada fração desse tempo deve ser trocada por algum significado.