Em qualquer estação,
a primavera veste flor!
Corpos tremem,
frio e medo,
correm para esquentar,
covardemente nus,
inimigos morrem
abraçados!
A manhã plácida clareia
o sorriso dos homens.
No jardim, Maria do Rosário,
prece à primavera:
Todas as flores
são rosas
todas as mulheres
são Marias...
Ave pétala,
o seu perfume
faz milagres!
O meu avô deixou para o meu pai,
o meu pai deixou para mim,
deixarei para os meus filhos e netos.
Olhou para a vida e sorriu,
e ela sabe sonhar
com quem sabe sorrir!
Tudo que se divide cresce.
Da chegada ao Porto,
ao pôr do sol.
Um céu reluzente!
Fala, garoto:
Quando nos conhecemos
éramos jovens!
Depois que a face envelhece,
ela volta a escrever:
Contos para a juventude.
Quantos sonhos abandonados,
acostumados à solidão,
trancados e distantes,
esquecidos, jamais a sós!
somos boêmios
de, John Steinbeck.
Bradamos pelos becos
os versos rebeldes de O Uivo,
de Allen Ginsberg.
(vai entender). Porque
apreciam as borboletas
e matam as lagartas!
O meu único par perfeito,
só o meu tênis All Star!
O que pensa do teu sentimento (pensar te faz deixar de sentir?)
- O que pensas? - Não do mundo (é muito) para se pensar!
Os meus amores impossíveis, são sempre possíveis!
Tenho um longo caminho.
Embora, aqui dentro,
tudo o que sinto,
tudo o que vejo
é passageiro.
Ao olhar para trás.
Dou-me conta,
o quanto o horizonte é distante.
silêncio de ordem,
mistério só o meu olhar estático
na paisagem em movimento.