Coleção pessoal de Anatulio
Paisagens vistas por lentes de uma câmera incapaz de detalhar os detalhes , perdem o brilho.
Os olhos são a mágica de tudo.
Assim como os mistérios da alma.
São hieróglifos de livros escritos de trás pra frente.
Indecifráveis se não aprofundar.
E nessa imensidão, são como o abismo.
Como tornados emanando energias.
E nessas vibrações chegam nas nuvens no céu.
Envolvendo no azul ,
Nos segredos profundos do tempo,
Nessa viagem onde almas se reencontram,
Abrem as portas de uma outra vida.
Os pensamentos vão fluindo, envolvendo, penetrando nos poros.
O Tempo sufoca.
O tempo que antecipa o fim, também desata os nós.
O tempo salta escorrendo pelos dedos.
O amor nem sempre é azul, feito céu de anil.
Uma fulga invisível.
Como fogo que queima.
Se Desfaz.
E os pontilhados transformam em círculos e desbotam com o tempo.
Anseios.
Cordão umbilical.
Relatados de um aprendiz.
O silêncio é exercício da alma,
Nesse espaço presente ,
No agora,
Conectado ao universo,
Tempos de dimensões.
Terra nossa, mundo de quinta
E nós, presos na terceira,
Insanos, cegos.
Animais evoluindo, plantas, seres galácticos.
Ainda joga-se lixo nas ruas,
Poluímos ,
Somos zero, na soma de 1.
Zumbis.
Somos a conexão de vários , muitos , todas as colocações que podem exemplificar os inúmeros jeitos de definir as mudanças , práticas evolutivas e desenvolvimento que aprendemos durante a vida.
Todos e tudo nós transformam de alguma maneira. Seja na dor , seja no amor ou numa estrada confusa onde o caminho é sempre o mesmo.
Essencialmente você.
Entrar em êxtase e sentir no fundo, lá no fundo das profundezas e encontrar uma mão pedindo socorro.
É nesse momento que você se joga pra fora, feito um passarinho ferido, se permitindo ser amado, curado e por fim libertado.
Voa..viaja no tempo, no espaço e retorna pra onde nunca deveria ter saído.
A necessidade de sentir é a maior sabedoria que existe. Nunca se perder por nada. Acreditar e se resguardar. Ninguém precisa entender de verdade o que se passa aí dentro . Só você sabe o quanto remou pra chegar até aqui.
Então vamos passarinho, voa , se transforma em águia e por fim , uma fênix.
Força da mulher terra,
das energias xamânicas,
Força dos ancestrais,
Forças dos mestres acionados,
Nossa força.
Força da mulher indígena.
Força do som dos tambores , mulher africana.
Mãos, pés, corpos, olhares, mulher natureza.
Somos o grito de guerra;
Somos mulheres, a idolatria soberana;
Somos a força do amor,
Do equilíbrio,
Da sustenção energética,
Da pureza de menina ,
Somos negras, brancas, pardas, somos iguais.
Somos carne , músculos, combinação de coragem e determinação.
Somos mães,
Somos todas em uma só.
Somos a força de uma nação.
Não desistimos, lutamos contra o ocultismo.
Somos todas as religiões,
Somos o acaso,
Somos movimentos bilateral,
Somos o grito de guerra.
Somos mutantes,
Somos essenciais,
Somos quem da a luz pra continuação da plano terrestre .
Somos respeito.
Somos empoderamento.
Somos o ponto final.
Análises da verdade, correções mentirosas.
Tudo vira história.
Cartadas de truco, erro de jogada.
Não se tem nada a dizer.
Acabou a brincadeira.
Os vencedores levam tudo;
E o perdedor tem que sair de cena.
Talvez o caminho é ir pra casa, se tornar mais forte.
Esperar pelo trem e perder a chegada.
Não existem heróis .
A chance de dizer sentimentos passou. Por bem ou por mal.
Talvez o tempo se torne o maior confidente, o melhor amigo.
O espetáculo acabou , e nesse peça , você é o protagonista.
Assisto de camarote, e julgando os erros.
Essa é a realidade, essa peça é uma aventura sem final feliz.
Ninguém sai vivo.
São pensamentos confuso.
Sonhos se confundem com a realidade.
Os ingressos acabaram e encerraram os ensaios.
A ciência do oculto, silêncio da alma, traços na palma da mão.
A beleza que se vê, admira, através dos olhos enxerga além.
Empatia e simplicidade .
Desejos,
Sentidos,
Intuição,
Diferenças, o reencontro, a pausa do coração.
Enxergar o vazio, perturbador.
São tentativas.
O ciclo se repete.
Voltas em torno do sol.
Caminhos opostos ao encontro do desconhecido.
Sensibilidade ,
Espelhos colados se quebrando.
Reconstruindo, desconstruindo.
Tempo que se faz em segundos.
São fantasmas, estrelas disfarçadas de planetas vistos a olho nu.
Quatro da manhã ,
Sono não vem...
Vejo horas sincronizadas,
Será que é o sicronario do tempo?
Nesse mundo onde somos Kin,
Não somos nomes .
Onde o tempo é ouro e não ferramenta calculada pra guiar os dias.
Temos memórias curta.
Sentimentos não digeridos viram energia densa.
Aprendemos na dor, esquecemos do amor.
Nesse mundo onde tudo é segredo de liquidificador .
Pegamos o retorno,
Sem saber que caminhar em linha reta é o caminho do coração.
Neste registro colorido, há um sorriso instável e confuso.
Um sorriso feito montanha-russa, tempestade e sertão. Risos , lágrimas, tonelada e leveza .
Um sorriso desesperado, mas tão sincero que extrapola os poros .
Sorriso largo e profundo,
Largo, frouxo .
Sem qualquer simetria ou proporção padrão.
Nesse sorriso, o medo, ainda sim, não me alcança .
Tem dias que esse sorriso é meu.
Tem dias que é de quem quiser.
Tem dias que meu sorriso voa.
Tem dias que ele só quer pousar junto com o sorriso de alguém.
São tempos de descobertas,
No passado,
Presente,
Futuro,
Se der pra ser amor, seja,
Se der pra ser gentil, seja,
Se der pra ser alegre, seja,
Se der pra ser solidão, seja só você.
Chuva lá fora,
O céu nublado,
Aqui dentro do carro,
Faz calor, depois faz frio.
O tempo fechado,
Sorriso sem graça,
Olhar compenetrado.
Vejo
Sinto
No respirar das horas
O ar embaça
Não enxerga
Empaca.
Passa.
E da vez que eu me perdi no caminho,
Só consigo lembrar de tu me sorrindo.
Sentada no portão da tua casa,
Lembro do cd de coco,
Do café caboclo...
Da vontade absurda de sentir seu gosto.
Feito fumaça no quarto fechado, tu tomou conta dos quatros cantos.
Acende a fumaça , queima a brasa,
Sou teu corpo, tua fumaça
E os cigarros foram tantos.
Ali pensando, foram tantos.
Sou teu quarto e sua fumaça.
Nas altura,
Sobre as asas que eu desejo ter,
me aproximo das nuvens e encontro coragem,
perspectiva para enfrentar as minhas verdades.
Aqui não funciona o espaço nem o tempo.
É inalcançável,
Flutuo em transição,
Entre os dois destinos em que eu poderia me encontrar.
Conecto com o passado e as lembranças
com o presente suspenso .
E os sonhos e espectativas que ainda não existiram .
Tudo é vário
Temporário
Pequeno
Vago
Raso
Pouco
Inexato
Imaginário
Inenarrável
Ausente
Indecifrável
Ser humano
Ser
Humano.
Esse gostoso amor,
Que envenena.
Eu vou morrendo de amor,
Tanto faz eu quero é mais amor.
Desfalecer de prazer,
morrer de dor.
Tanto faz, eu quero é mais amor.
Água da fonte bebida na palma da mão.
Rosa se abrindo,
Despetalando.
Quem não viu,
Quem não provou
Não viveu de amor
Gostoso veneno
O silêncio se fez nas horas,
Fez as muralhas congelar,
A plantação murchar,
O tempo levou o som,
Roubou a lua,
As partículas em movimentos lento caíram e se desfizeram.
Era um início de um novo começo,
De renascimento.
O amor é uma revolução.
Um movimento que passa pela transformação constante ;
O amor é como o ouro que passa pelo fogo;
É preciso lapidar, transformar, renascer a cada segundo.
O amor não pode ser relações de dependência e submissão, um amor triste.
O amor é leve, simples, genuíno.
Amor quando dói vira a cena.
Criamos a cena e atuamos nela.
Sentimos falta da cena, não do amor ;
O amor é platônico pra muitos.
Criamos, vivemos, imaginamos.
O amor é evolução.
É sentimento involuntário;
É a evolução da revolução.
É a falta de si que se faz no outro.
Ela se foi,
Deixou marcas no chão, um buraco que inunda a cada Chuva.
As músicas alegre viraram trilha sonora de funeral.
E as tristes, trilha sonora do meu coração.
O som dos tambores combinam com o pulsar das minhas veias.
Ela partiu, levou o vento, roubou o sol, mandou embora a lua.
Nesse mundo sem cor, as árvores secaram, as frutas apodreceram.
Despertou o silencio,
Desnuda ficou minha alma.
Ela se foi,
Levou com ela meu coração,
Sem amor, todo sangue secou,
Ressecou.
O correr das lágrimas , desidratou.
Morri...
Uma gota caiu na terra seca, silenciosa.
Nasceu um brotinho;
Cresceu uma folha,
Cresceu, cresceu, cresceu.
Deu flores, linda, cor de rosa.
Posou uma borboleta,
Ela voou, e veio um beija-flor.
Despertou,
O amor voltou,
Renasceu,
Reviveu,
Viveu.