Coleção pessoal de AnaStoppa

Ainda que as circunstâncias te obriguem
a fazer pousos forçados nas pistas da vida,
não perca a classe. Espelhe-se na suavidade
das borboletas que independente dos espinhos
aterrizam com leveza e inigualável beleza.

Felicidade plena não existe. Ela é feita de
pequeninos confetes chamados momentos.
Junte-os e verás que é possível se transitar
na passarela da vida com brilho e sabedoria.

Se a luz apagar acenda uma vela, se esta
perecer vivencie o brilho das estrelas.

Prefira a cor do nada ao invés de colorir a vida com tinta recuperada.

Demonstrar a essência exige paciência.

Primavera

A primavera se estende em nossas vidas
na medida em que nos tornamos capazes de
diferenciar o perfume das flores em meio
ao odor ocre das plantas em decomposição.

Não quero os ramalhetes de flores pré-fabricadas,
dispenso a produção de embalagens
plastificadas, me deixem apenas ver os
jardins das madrugadas.

Alguns cubos de gelo sabor passado, duas
doses de destilado marca lembranças, pitadas
do que foi um grande amor. Salpique com muitas
lágrimas.
Pronto, eis a receita do coquetel da saudade!

Tragédia & Comédia

Se não posso estar contigo na comédia
esqueça-me na tragédia.

Dispense o banal

O amor verdadeiro soma, funde, eleva , completa.
Só vale se for assim. Dispense o genérico e as
migalhas de afeto contidas nos falsos brilhantes.

Independente das intempéries as árvores permanecem em pé.

Arrogância

A arrogância é o passaporte para o
isolamento involuntário.

Não espere vaso ruim se quebrar.
Mude a decoração.

Um coração concretado só sabe sonhar quadrado.

O colorido das borboletas se reserva
para aqueles que respeitam as larvas.

Quem muito se guarda aguarda o nada.

Quem vigia a vida alheia não percebe que
a própria vagueia.

Dever de Educar


Antes da escola, a transmissão dos valores
essenciais aos filhos é dever essencial e
intransferível dos pais.

Varrer do coração os resquícios de um amor
causa à alma incalculável dor.

Meias Emoções

As meias emoções não fazem parte do cardápio
diário que nutre a minha singular existência.