Coleção pessoal de ananeto
O egoísmo não consiste em viver como cada um de nós acredita que tem de viver, mas exigir aos outros que vivam como nós próprios.
O perdão é uma economia do coração: poupa a despesa da ira, o custo do ódio e o desperdício das emoções.
As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e no entanto elas passam por si mesmas sem se admirarem.
Continua a bater à porta e a alegria que há dentro de ti, acabará por abrir uma janela e espreitar para ver quem é.
Dedicatória ao dia de Hoje!
Não me deixes passar por ti, na demanda de um qualquer raro e perfeito Amanhã, e ignorar-te. Um dia, enterrarei as unhas na terra, ou o rosto na almofada, ou espreguiçar-me-ei, ou levantarei as mãos para o céu,desejando mais do que tudo no mundo, o teu regresso.
Por que me encontro com frequência num estado de felicidade? Por impedir que o meu dia de ontem se apodere do meu dia de hoje.
Um professor que o ensine a transformar-se numa pessoa livre e plena de amor é, e sempre foi, por definição, um alquimista.
Teu sorriso
Teu sorriso é a chave mágica
que te conquista o mundo:
_ abre portas, segredos e vidas,
traça roteiros de luz e de cor,
reabre caminhos de esperança perdida,
cria espaços de encanto e amor...
Teu sorriso, radioso e doce,
ilumina o firmamento da tristeza:
apaga o fogo indômito da ira,
é conforto e lenitivo na doença,
gera a bem-aventurança do perdão
e derrete o gelo da indiferença...
Teu sorriso é a voz desse coração
que acolhe, abraça e beija ternamente,
que se alegra ou chora...
É pérola que ofereces a quem chega,
e perfume de saudade
_ esse sorriso de violeta triste,
a despedir-se de quem vai embora...
Ignorância, é saber que quando a Morte nos chamar, iremos habitar uma caixa que alguém escolherá para nós e, ainda assim, apesar de toda a liberdade que nos é dada em vida, escolhemos viver enclausurados nas nossas prisões mentais, apesar das inúmeras portas abertas com saídas para o Norte!Vivemos conscientemente soterrados, pela escuridão da nossa própria mente!
Aos meus filhos, nada dei.
Não dei casas não dei carros
não dei casacos de cabedal nem telemóveis de marca.
Não lhes dei sequer alimentos exóticos,
paladares requintados nem viagens pelo mundo.
Dei-lhes apenas um teto de Sol
um colchão de sonhos
alimentos para a alma
palavras e silêncios.
Dei-lhes ouvidos e atenção.
Dei-lhes um livro em branco
e as competências para o escreverem
com as suas próprias mãos.
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.