Coleção pessoal de anamariagazza
Loquazes ditos
Ritos aflitos
Porém benditos
Atando em feixes
Luzes
Velado agito
Nova face a surgir
Mágica
Única
Páprica ao tempero
Bamboleio
Timoneiro
Muda o rumo
Da nau
Do barco
Ao cerco mórbido
E maré cheia
Incendeia
Incréia
E arrasta
Pós de sí
Sereia
Em noite de verbena
Serena melodia
Zéfiros do norte
A balançar meus cabelos
Zelos teus
Em versos ateus
Reverbero
Ah! Como eu te quero!
Na Natural Seleção
Mãe Natura é Implacável
Se não puser coração
Poesia fica impraticável
Pedro Gonzalez
Belezas ao léu se vão
Só um deserto se ceva,
Se não restar mais paixão...
Respeito à ordem primeva!
Ana Maria Gazzaneo
Paixão?! Chama que abrasa,
Pra me queimar, venha logo
Escancaro a porta de casa
Com ou sem chama, chama fogo...
Pedro Gonzalez
E teu treino com bombeiros?
Tá querendo desafio?
Paixões são fogos morteiros...
Paixão? Arranco o pavio!
Ana Maria Gazzaneo
O estopim já aceso
"nada segura o Sansara"
um beijo de contrapeso
e a colher a seara!
Pedro Gonzalez
Céus desnudos, tudo aclara...
Já não penso mais em nada...
Puro amor que se escancara?
Fico a sonhar na sacada!
Ana Maria Gazzaneo
( ..."nada segura o samsara")
Da sacada ao chão duro
são poucos metros de queda
mas da sacada ao céu puro
é o Cosmo que me enreda!
Pedro Gonzalez
(...Tua altivez, minha estela...)
Quedo-me ao chão, voo espaço...
Tenho as asas da alegria.
De sacada em ti me acho...
Descortinada a poesia...
Ana Maria Gazzaneo
Voo alto, asas ou vinho...
Acrobacias ou tropeços...
Na sacada do vizinho,
Um olhar... Será o começo?
Pedro Gonzalez
Mais em cima, mais embaixo...
Mais do lado, acerto o passo.
Verso truncado ao capricho?
Deixa disso, aperta o laço!
Ana Maria Gazzaneo
Laço apertado, gravata?
Passo apertado, ladeira?
Punho apertado, bravata?
E ela se diverte, faceira!
Pedro Gonzalez
Ele enfim já compreende
De tudo a grande beleza
Diversão que se dispende
Palavrinhas sobre a mesa...
Ana Maria Gazzaneo
Inda que eu fosse mais que a pedra e o sal
Que na água se dissipa
Corpo ao tempo
Já desfeito
Afeito ao fado
Sem conceito
Cumpro a sina!
Rima em rinha
Abduzido o verbo
Oblitero
Reiterando a ação
Tic-tac mórbido...
Alusão ao veio...
Verso... Inspiração!
E o amor, à dor empresta
A face da agonia
Tristeza que amofina
Vontade de viver...
E os dias lassos, passam...
Meus passos que se arrastam...
Exposto meu cansaço...
Vontade de te ver!
Sim, faceira me divirto...
E agradeço a partilha.
Tal não fosse, riso hirto...
Do céu aberta a escotilha!
Graças te dou meu amigo,
Caminhar sempre ao teu lado.
Quiçá doce lenitivo,
Se estenda na vida, ao largo!
Regalado com ternuras
Momentos de tais venturas
Que jamais seja olvidado
Felicidade perdure!
" Entre tapas e beijos"
Chá de mel com poejo
Alecrim e hortelã
Nossa anã paciência
Nesta parca existência
É do CLÃ o Xamã!
Mas urdura em fiapo
Já puido o capacho
Desnudada a verdade...
Gran saudade que invade...
Da inocência de outrora,
Só maldade vigora!
Aquilo a que chamamos o nosso desespero é frequentemente a dolorosa avidez de uma esperança insatisfeita.
Talvez as melhores amizades sejam aquelas em que haja muita discussão, muita disputa e mesmo assim muito afeto.
A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa nem medir o que se diz.
Soneto 18
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
Há certas horas, em que não precisamos de um amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou aqui!
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.
Durante a nossa vida:
Conhecemos pessoas que vêm e que ficam,
Outras que vêm e passam.
Existem aquelas que vêm,
ficam e, depois de algum tempo, se vão.
Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar...