Coleção pessoal de anabiacpa
Acontece que ele não me amava como eu esperava... Bom, o que estou tentando dizer é que eu entendo o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas do mundo e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. Não importa quantos penteados novos você fizer, ou em quantas academias entrar, ou ainda quantas taças de frisante você tomar com as amigas, você ainda vai pra cama, toda noite, pensando em cada detalhe, imaginando o que fez de errado, ou como pode ter interpretado mal, e como foi que por um breve momento, você achou que podia ser tão feliz. Às vezes você consegue até se convencer de que ele, num passe de mágica, irá ate à sua porta... e depois de tudo isso, demore o tempo que tenha que demorar, você vai para um lugar novo, vai conhecer pessoas novas que fazem você se valorizar e pedacinhos da sua alma vão finalmente voltar. E aquela época turva, aquele tempo ou a vida que você desperdiçou, tudo isso começa a se dissipar.
Comprovei que, quase tudo o que já foi escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: as viagens terminam com o encontro dos apaixonados. Que ideia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada, ou algo parecido. Mas estou convencida de que Shakespeare, tenha. Suponho que penso no amor mais do que deveria. Admira-me constantemente seu poder esmagador de alterar e definir nossas vidas. Também foi Shakespeare quem disse que o amor é cego. Pois bem, estou segura de que isso é verdade.
Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.
Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente. A maioria das histórias de amor fala de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos?
Somos vítimas de uma aventura unilateral. Somos os amaldiçoados dos seres queridos. Os seres não queridos. Os feridos que se valem por si mesmos.
Os incapacitados sem estacionamento reservado.
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam mais bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
►Em Teu Ouvido
Quero te beijar,
Quero te morder, quero te agarrar
Sussurrar em seu ouvido o que estou a imaginar
Não consigo aguentar
Essa minha fome, quero te devorar
Estamos a sós no quarto, apenas nós
Devo me controlar para não avançar
Farei o que for possível, mas não posso prometer
Veja onde você se encontra,
Como conseguirei me conter?
Em minha cama você está,
Minha mente ficou embaçada de mais,
Para mandar eu te expulsar
Sei que se eu te tocar, não irei te soltar.
Pela janela a luz do Sol ilumina suas curvas belas
E sobre o meu travesseiro está espalhado seu lindo cabelo negro
O seu corpo me chama,
Estou sendo atraído pela pessoa que tanto me ama
Quero me deliciar com a maciez dos seus seios
E, mesmo agindo como um animal, a verdade é que tenho medo,
Que você se esqueça que eu tenho um lado meigo,
Que nem sempre me comporto deste jeito.
Estou tentando não olhar para você
Pois sei que seus olhos irão me enfeitiçar,
E acabarão tomando controle do meu ser
Preciso me manter longe, preciso me distanciar
Por que se isso continuar, irei te atacar,
Mas seu rosto me instiga
Como conseguirei ignorar uma silhueta tão bonita,
Ocupando a cama em que tenho sonhos em tê-la despida?
O amor que sinto está me levando ao vício
Quero lhe preencher com o que guardo comigo.
Quero que meus lábios caminhem sobre a sua pele
Quero que você arrepie, lhe darei o que merece
Meus sentimentos serão fundidos e renascidos
O desejo que sinto é reforçado pelo extinto
Não sou só eu que sente isso
Eu quero te dar meu carinho,
Quero que você se sinta segura,
Que eu seja seu abrigo.
Me beije, diga que gosta deste jeito
Ah meses sonho com este momento perfeito
E, ao despertar da Lua, iremos nos entregar
Em teu corpo o suor deslizará
Quando o calor aumentar, ficarei louco
De um simples moço, me transformarei em um monstro.
Minha libido está aumentando
Farei de tudo para lhe dar o prazer de um ano
Em seus ouvidos irei dizer o quanto te amo,
Então vamos.
O meu corpo te deseja
Minha mente é sua, minha condessa
Se me falar que almeja as estrelas,
Um pirata astronauta irei ser
Roubarei todas elas para presentear minha deusa
Poetizarei para que abra as portas da felicidade
E quando eu estiver lá, assumirei total responsabilidade
Farei a noite ser eterna, como as luzes da cidade de Barbacena
Um boa noite eu lhe darei ao fechar de seus olhos
E quando acordar, faremos uma viagem para Ipanema,
E mais uma nova noite iremos ter,
Com algemas e uma dose de um bom vinho de Viena
Este é o meu plano, que tal sermos os atores desta cena?