Coleção pessoal de ana_ramos_2
Adormeço
Com saudade
Sonho e viajo...
Te sigo, entre paisagens
Quando acordo
Estou repleta de ti
Saciada no Sentir
Versos Bordados
Ao abraçar o dia
Sonhos me movem
Sussurros, silenciosos
Amago liberto...
Colho versos, que dormiam
Na alma despertam
Fazem de cada amanhecer
Uma nova trilha, a percorrer
Sublinhadas linhas bordadas
Cores diversas brotam
Arco-íris, anel de cores
Infinito circulo, a seguir...
A cada linha laçada
Universo a brotar, em versos
Todas as manhãs
Traços, recomeço
Um novo verso,
Bordo
Sentimentos diversos.
Desejo
Na insanidade do desejo
Tomei-te em meus braços
Demente, te fiz refém
Da tua boca, meu Oasis
Bebi o beijo orvalhado
Senti teus braços, enlaçados
Deitei-me na relva molhada
Saciada adormeci sonhei
Razão de nada
Quando, se perde a razão
No grito acha-se solução
Esperneia se te faz bem...
Nada fica encoberto
Nenhuma cegueira
É permanente.
Atente e não esquente,
Toda vez que
Coloquei expectativa
Em outras pessoas
Sai frustrada,
Por dar valor em demasia
A quem não merece .
Há pessoas de duas caras
Vivem trocando máscaras..
Na vida
Algumas vezes
Precisamos...
De alguns remendos
Costuras e alinhavos
Alguns ficam tão perfeitos
Que mais parecem bordados.
Quanto mais a vida
Nos mostra dificuldades ,
Mais temos que ter vontade
para superar.
Viver é isso
Ir além dos limites
de nossas energias e forças.
As vezes
A saudade é tanta
Queria adormecer
Sonhar te sentir...
Beijar o céu, que é tua boca
Acordar em meio as nuvens
Flutuar emergir...
Ancorar no teu sentir .
Do Sentir
Contidos estão os versos
No recanto, da alma
Palavras que outrora
Foram alarido aos poucos
Se encondem se perdem se vão
Não vislumbras mais
As flores nascendo
Só galhos tornando-se secos
As folhas desfalecendo
Onde estas Tu?
Acaso te perdeste no tempo?
Quando de fato a inercia da mágoa
Te fizer cativo triste descrente
Olha a tua volta, estenda tua mão
Tente tatear o vazio...
Se sentires que a seguram
Pense
É o Amor que mais uma vez
Te ampara, te remove
Para romperes...
As barreiras do tempo.
·
Um Dia
Em algum momento
Eu não puder, dizer-te
Eu te amo
Se a vida em mim expirar
Meus sentidos forem
Levados como um sopro
Ao sabor do vento
Ainda assim
Permanecerei em ti
Me veras no revoar
Das borboletas
No beijo do colibri
Me terás no néctar das flores
Na hora em que a noite, devora o dia
Serpenteando o céu,
Com estrelas brilhantes
Vestir-me-ei de luar
Mostrar-me-ei nos teus devaneios
Teus lábios selarão com um beijo
Consolidando o amor
Que contigo vivi...
Ósculo
Fortes são tuas raízes
Frutos doces, como mel
Teus galhos são copados
Agasalho, infinito, céu...
Limite entre o espaço
Que ocupo no teu abraço
Descanso, saciar...sonhar
Entre o chão e o infinito
Tens tu ó Ser
A magia do encantar
Tu abrigas a brisa o vento
Suave toque, a acarinhar
Como o bater de asas do colibri
Sinto o ósculo adocicado
O ar, a tocar a face, aromatizado
Teu bailado, ao redor
Polinizando, dança, encanta.
Faz sonhar.