Coleção pessoal de amandadrielly
E então aparece alguém na sua vida. E esse alguém te reinventa. Te reconstrói. Coloca um lindo sorriso no seu rosto. E com uma voz doce diz: “De agora em diante, estarei aqui pra sempre”. E então, as mãos se entrelaçam. Vocês andam na rua de mãos dadas. Vocês compartilham sonhos. Vocês fazem planos futuros. Vocês brigam. Vocês sorriem. Os corações aceleram. E tudo agora fica mais lindo. Tudo agora tem forma de coração. Vocês estão apaixonados.
E ai a gente percebe que viver, vai muito mais além do que existir. A gente abre os olhos, se esforça pra enxergar as coisas além do que os olhos podem ver. E enfim conseguimos. Conseguimos compreender o que significa um simples olhar. O som das árvores. Dos pássaros. O movimento das borboletas. Passamos a ter capacidade de distinguir um “eu te amo” falso, de um “EU TE AMO” verdadeiro. Conseguimos compreender o sentido das coisas. Ou pelo menos de parte delas. Entendemos que, se queremos conquistar algo de extrema importância pra nós, precisamos lutar, chorar, sofrer, cair. Mas acima de tudo, precisamos saber da força interior que trazemos aqui dentro. E que é essa mesma força que nos levará a conquistar os nossos sonhos. O coração se enche de esperança, e então acredita que, quem sabe um dia, o mundo possa ser um lugar melhor.
Talvez seja hora de esquecer tudo que me fez mal até agora. Deixar lá atrás as lágrimas. E abrir espaço para os novos e sinceros sorrisos. Não deixar nenhum lugar para tristezas e melancolias. Eu tenho tantos motivos pra sorrir. Pequenos e grandes motivos. Mas que são motivos pra sorrir. Nada de ficar me lamentando pelo que aconteceu lá atrás. Se lamentando por quem não quis permanecer na minha vida. O tempo passa. E muita coisa tem que ficar atrás mesmo. Hoje é outro dia. Hora de esquecer o que passou. E viver o que tenho de viver hoje.
É um olhar profundo. Sim, esse mesmo. O meu. Se olhares bem no fundo dos meus olhos, perceberás. Que é profundo. E que não mente. É preciso muita atenção. Esses olhos aqui não mentem. Posso mentir em um sorriso. Em uma resposta à um “tudo bem?”. Posso mentir na minha forma de falar. Mas nunca no meu olhar. Ah, meu olhar. Esse olhar tem mania de se entregar. Sem que seja preciso sair uma palavra da minha boca.
As vezes acho que é bom esquecer um pouco esse “século vinte e um”. Essa hipocrisia. Essa coisa fingida. Coisas antigas me fascinam. Livros antigos com folhas amareladas. Ouvir um velho flash-back. Palavras mais verdadeiras. Sentimentos mais sinceros. Onde o romantismo não é considerado “coisa de gay”. Onde ficar em casa lendo um livro e tomando um café quente seja mais atraente do que ir a uma festa onde as garotas estão seminuas, e os garotos estão afim de pegar todas e se saírem como galãs. Onde não exista essa coisa de preconceito. Essa coisa de competitividade. Um querer ser melhor que o outro. Onde o que mais interessa é ler um bom livro. É ser sincero em palavras. Em sentimentos. Em ações. Em ser você mesmo.
Gosto de me sentir livre e leve.Gosto de me sentir livre pra ir à lanchonete à tarde, e tomar um copo de coca-cola de 500ml com um hambúrguer delicioso, recheado de queijo cheddar. Gosto de me sentir livre em fazer novas amizades. Gosto de me sentir livre em ir à uma biblioteca e passar horas escolhendo livros. Gosto de me sentir livre em ajudar uma senhora a carregar as sacolas do supermercado e atravessar a rua. Gosto de me sentir livre em tirar fotos fazendo caretas ridículas e me achar linda, mesmo que ninguém ache. Gosto de me sentir livre em ser feliz. Do meu jeito. Mesmo que esse jeito seja estranho e exagerado. Que seja o meu jeito livre e leve de ser feliz.
Bom. Quanto aos momentos e pessoas que ficaram lá atrás, só posso dizer que, foi bom enquanto ficaram aqui comigo. Nunca pude obrigar pessoas a permanecerem na minha vida, e nem a momentos que continuassem acontecendo repentinamente. Como no ciclo vital. Algumas coisas ficam pra trás. E outras, novas, ocupam os lugares vagos. Sempre será assim. E quem sou eu pra mudar isso? O que posso fazer, é deixar ir embora quem quer ir, e receber quem chega. Deixar velhos momentos nas lembranças, e viver os novos. Ser feliz com o que tenho nas mãos hoje. Na medida do possível.
Menininha feito florzinha cor-de-rosa. Dotada de um dom chamado delicadeza. Delicadeza na forma de falar. Delicadeza na forma de se vestir. Delicadeza. Essa palavra a define bem. Menininha delicada. Encanta a muitos com essa sua delicadeza. Menininha frágil, mas forte também. Não é delicada sempre. As vezes também é insensível. As vezes também é áspera. Dura. Quando tem que ser. Mas a palavra que a define melhor mesmo é delicadeza. Essa é a palavra. Menininha mulher, mas ainda assim, menininha.
Poderia me descrever em mil linhas. Em um caderninho de mil páginas. Em um livro de dez centímetros de grossura. Mas talvez eu não conseguisse. Talvez, na verdade, eu não caiba em palavras. Sem contar que por mais que eu me descreva em inúmeras palavras, cada pessoa vai enxergar de modo diferente. Gosto do simples e incomum, repito. Coisas simples me conquistam facilmente. Palavras difíceis e pequenas me fascinam. Coisas um tanto estranhas me deixam estranhamente bem. Uma prateleira de livros velhos, mas com bom conteúdo me deixa com os olhos brilhando. Aquele velho pôr do sol em uma sexta feira calma, e uma xícara de chá de camomila na mão me deixa tranquila. Jardins coloridos. Rosas vermelhas. Pássaros voando e cantando. Vento balançando árvores. Pessoas transitando. Olhares sinceros acompanhados de sorrisos extravagantes. E mais uma porçãozinha de coisas. Mas como já havia dito, talvez eu não caiba nessas meras palavras. Sou muito mais do que expresso em palavras. Sei mais do que aparento. Me conhecer de verdade é uma tarefa pra poucos. Mas não é impossível. É só uma questão de persistência.
Me perguntaram:
- Menina porque escreves tanto?
Inspirei, dei um sorriso de canto, bem leve e disfarçado, e respondi:
- Escrever é mais do que transcrever meras palavras em um papel, esperando em troca respeito e apreciação das pessoas. Escrever é sentir e falar através daquele lápis ou caneta o que se sente. É não ter medo de expressar sentimentos. É uma forma de refúgio. É uma dádiva. É algo maravilhoso. Escrevo porque sinto. Escrevo por me sentir livre pra isso. Escrevo porque amo. Escrevo por amor.
Vai pequenina… Ajuntando seus diamantes, cristais e pérolas. Não se contente com um pedaço de vidro que tem aparência de diamante. Vai separando o que tem valor do que não tem. O que vale a pena do que não vale. Vai aprendendo a ser feliz de verdade. Vai aprendendo a selecionar o que merece teu esforço. O que merece você: Essa pedra preciosa de valor inestimável.
[…] 17:45 da tarde. Entrou no seu quarto e viu seu violãozinho que outrora foi companheiro em todas as horas. Pegou no velho amigo e pensou consigo mesma: - “Nossa cara, quanto tempo, senti sua falta sabia? Passei esse tempo todo cuidado das minhas coisas. Escrevendo bobagens. Choramingando sozinha, e acabei esquecendo de ti violãozinho. Mil vezes desculpa.” Olhava pra ele e o via empoeirado e abandonado. Deslisou seu dedo indicador na superfície do caro amigo e percebeu que a poeira ficou ali no seu indicador. Quis tocar algumas notas. De baixo pra cima. E lá se foi… “Mi”, “Si”, “Sol”, “Ré”, “Lá”, “Mi”… Deu um sorriso de canto meio disfarçado e pensou: - “Ainda com o mesmo som perfeito não é mesmo velho amigo?” Se surpreendeu por ainda estar afinadíssimo. Depois de quase 5 meses parado ali atrás daquela porta. Continuou tocando seu violãozinho durante alguns minutos. Se encheu de alegria por um breve momento. Pois lembrou que a musica a acalmava. E cada nota a fazia sorrir por lhe trazer paz. Prometeu ao seu amigo: “nunca mais vou te abandonar”.
Moça misteriosa. Que gosta de surpreender. Pose delicada e um ar de ousada. Menininha com postura de mulher. Quietinha mas corajosa. Aparência enganam, lembra? Então meu bem. Posso te surpreender. Fica esperto.
Gosto de borboletas. Gosto de pássaros. Gosto de vento no rosto. Gosto de folhas de árvores espalhadas pela calçada. Gosto de poesia. Palavras bem colocadas. Pessoas inteligentes. Pessoas de mente aberta. Pessoas interessantes. Sorrisos dados gratuitamente. Olhares profundos. Sinceridade estampada no rosto. Vontade espontânea de ajudar o outro. Um tanto de espírito aventureiro. E mais um bocadinho de coisas. Sou feita basicamente disso. Coisas simples. Bem simples.
Lá pelas 8:15 da manhã, friozinho agradável. Levantou encheu a xícara de café bem quente. Foi até a janela e olhou o dia, mais uma vez. Adorava fazer isso. Se sentia mais leve quando via tanta beleza naquela luz lá fora. Seu coração não estava intacto como um dia esteve. Estava um pouco arranhado. Ela não sabia bem o que sentira naquele momento em que olhou pela janela. Mas sabia que se sentira melhor depois de ver tanta beleza. Depois de ouvir o som do vento e dos pássaros, como era de costume fazer. Ficou ali durando uns 15 ou 20 minutos. Tomando o café quente que preparou. Depois respirou fundo (de novo) e foi viver. Vestiu a capa da realidade. Foi fingir sorrisos. Foi fingir alegria.
Oh menina. Quão linda tu és. Não desperdices teu tempo com essa gente vazia. Não joga fora a preciosidade que lhe foi dada: viver. Não se entrega tão fácil pequena. Seja difícil. Seja indisponível algumas vezes. Só assim terás o valor que mereces. Falo a verdade quando digo: “Quanto mais você se importa, mais se machuca”. Desapega. Deixa pra lá. Quem se importa vem atrás. Quem se importa prova que se importa.
” Sabe o que eu aprendi ainda meu caro? Aprendi a ser feliz. Aprendi a ser feliz de verdade. Aprendi a dar valor as coisas certas. Aprendi a acreditar naquilo que realmente merece minha confiança. Agora não saio por aí acreditando no primeiro que encontrar ao dobrar a esquina. Não acredito em qualquer abraço. Não acredito em qualquer palavra. Não acredito em qualquer “eu te amo”. Entendi que as pessoas fingem ser o que as pessoas fingem muito bem. Ah meu bem, mas eu também sei o que merece meu esforço. O que merece minha atenção. O que merece minha confiança. O que merece meus mais belos e sinceros sorrisos. Eu sei perfeitamente quem realmente se importa comigo. E, olha, desses eu não abro mão.”
Quer saber? Foi verdade quando eu disse que agora vou me importar mais comigo. Confesso que ando um pouco egoísta. Mas pelo menos meu coração está bem. E estou tentando mantê-lo assim durante mais tempo. E pra isso, tive que aprender a ignorar muita coisa e muita gente. E aprendi mesmo.