Coleção pessoal de altofloresta
O brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.
O importante é o ser e não o vir a ser; um não é o oposto do outro, havendo o oposto ou a oposição, cessa o ser. Ao findar o esforço para vir-a-ser, surge a plenitude do ser, que não é estático; não se trata de aceitação; o vir-a-ser depende do tempo e do espaço. O esforço deve cessar; disso nasce o ser que transcende os limites da moral e da virtude social, e abala os alicerces da sociedade. Esta maneira de ser é a própria vida, não mero padrão social. Lá, onde existe vida, não existe perfeição; a perfeição é uma idéia, uma palavra; o próprio ato de viver e existir transcende toda forma de pensamento e surge do aniquilamento da palavra, do modelo, do padrão.
Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.
Se você pensa que é muito pequeno para fazer a diferença, tente dormir em um quarto fechado com um mosquito!
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos.
Poucas vezes se expõe a honra por amor da vida e quase sempre se sacrifica a vida por amor da honra.
As ciências humanas que aprendemos comumente são aquelas que importava pouco que soubéssemos, devíamos aprender-nos a nós, isto é, a conhecer-nos; de que serve o saber, ou o pretender saber, como o mundo se governa, ao mesmo tempo que ignoramos o como nos devemos governar? Para tudo fomos sábios só para nós somos ignorantes.