Coleção pessoal de asvivencias
Eu sou o retrato daquilo que às vezes está cheio, derrama ou encontra-se vazio. De barro, frágil e nascido da terra. Eu sou minhas próprias lembranças e às vezes as evidencio, apago-as ou deixo o sol brilhar sobre elas.
A importância do umbigo não é para se olhar; ele está lá para nos lembrar que existe um laço entre nós e nossa mãe e, por fim, entre todos os seres humanos.
Tenho um carretel de memórias afetivas e sempre que possível, solto a linha para que elas possam voar livremente no céu como uma dança, inspirando-me. Ainda sou o menino que fazia pipas.
Fluir é deixar a mente e o corpo se entregarem ao movimento natural da vida, sem tentar resistir ou controlar cada aspecto dela. Flutuar é encontrar um equilíbrio entre a leveza e a profundidade, permitindo que a jornada nos leve aonde precisamos ir, sem nos afogarmos em nossas próprias emoções. E aventurar-se sobre pedras no caminho é encarar os desafios como oportunidades de crescimento, de aprender a dançar com as incertezas e encontrar novos caminhos em meio às dificuldades. É deixar que a jornada nos surpreenda, nos ensine e nos transforme, sem nunca perder a coragem de seguir em frente.
Me encontre, me abrace e me sinta onde há luz. Pode ser em qualquer cor, só sempre me ilumine com o seu amor.
Sou eu um vaso. Retrato do que às vezes está cheio, derrama ou encontra-se vazio. De barro, frágil e nascido da terra.
Me prendendo em meus traços, lembro de olhares fixos, bem humorados e abraços. Agora, estou centrado, fazendo e refazendo laços.
Me agarro nos momentos simples da vida e consigo um encontro íntimo com o equilíbrio no meio do caos.
Meus desejos se tornam líquidos ao final de mais um dia chuvoso. Eu busco resiliência nas gotas e me delicio pelo momento vivido e registrado.
Cada vez que olho atentamente para os tons que a vida me dá, mais força para procurar novas cores eu tenho.