Coleção pessoal de asvivencias
Encontro abrigo não apenas sob o teto que me protege, mas também nos momentos em que a natureza se abre para me receber. Cada gota que cai é um convite para me refugiar na serenidade do momento presente, como o meu chapel pendurado delicadamente em um galho dançando ao ritmo da chuva.
Ela me convida a perder-me na fragrância efêmera, celebrando a beleza fugaz que a natureza gentilmente nos oferece.
O sempre é uma pena, pois, limitado pelo tempo, torna-se efêmero, cai na areia com leveza mas deixa-se levar pelo vento.
A delicadeza não exclui a força, assim como as luzes não apagam as sombras; juntas, elas definem nossa resiliência e caráter.
Não há dor que não sare com gratidão, assim como não há tristezas que se desfazem com um olhar mais cuidadoso pelo próximo, pelas coisas belas que acontecem a todo instante ao nosso redor e coisas que passam despercebidas no nosso cotidiano. Tudo isto é gratuito.
Experimentar é perceber que também não temos controle sobre todas as coisas, que algo pode escapar das nossas mãos em um piscar de olhos, que o sabor pode não ser tão agradável ao nosso paladar ou mesmo o cheiro não ser tão gentil com o nosso olfato, mas essas experiências permanecerão registradas para toda a vida.
Retribuições têm sabor e agradecimentos têm suas cores. E assim, o simples vai ganhando espaço e mais vivacidade.
Nos detalhes reside a magia da excelência, pois a perfeição é ilusória, mas a busca pela excelência é essencial.
Somos resultado de instantes. Nossa existência é moldada por breves momentos e somos forjados pela efemeridade da passagem do tempo. Que horas são?!
Cultivar minha alma, estimular minha imaginação e me conectar com a magia contida no ato de simplesmente olhar para o céu. À medida que o sol gradualmente se punha, encerrando esse espetáculo fugaz, meu coração transbordava de gratidão. Aquelas nuvens, haviam me presenteado com um lembrete poderoso: a vida está repleta de momentos fugazes, que exigem que nos abramos para a beleza que reside nas pequenas sutilezas do mundo.
A beleza e a serenidade dessa nova imagem eram igualmente arrebatadoras, evocando uma sensação de exploração e descoberta que percorria a minha pele. Nesse momento de silêncio interno, onde meu olhar desbrava cada canto das nuvens, busco propósitos e questionamentos internos que se desfazem assim como as nuvens se transformam.
Nessa contemplação efêmera, encontro um momento de pausa e reflexão, uma oportunidade de mergulhar nas profundezas do meu ser. É um momento em que as perguntas se dissolvem nas brumas do céu, mas as respostas se multiplicam e se tornam mais vívidas, como raios de sol que atravessam as nuvens.
Fortaleza não é apenas resistência sem fraqueza, mas sim encontrar luz em meio às sombras e perseverar, tal como as folhas verdes que buscam o sol para crescer, evoluir e cumprir sua missão.
Sou eu um vaso, moldado pela mão divina,
À espera de ser preenchido pela vida.
A cada dia, sou preenchido de esperança,
E em mim, as razões da vida são depositadas.
Assim como a terra que me gerou,
Eu sou também um produto do amor e dedicação,
De cada gota de chuva que cai,
E do sol que aquece e me faz firme e me molda.
Sou um recipiente de sonhos e desejos,
De momentos bons e maus, de risos e ensejos,
E a cada fase da vida, sou reinventado,
Pois em mim, um novo destino é traçado.
Às vezes, me sinto cheio de alegria,
E transbordo de felicidade a cada dia,
Em outros momentos, sinto-me vazio,
E busco em mim mesmo o meu alívio.
Mas, como um vaso, sempre encontro um jeito
De me encher, renovar e seguir em frente, sem receio,
Pois a vida é um ciclo que não para.
Sou eu um vaso,
Retrato do que às vezes está cheio, derrama ou encontra-se vazio.
Sou de barro, frágil e nascido da terra.
São os contrastes da vida que nos permitem enxergar as nuances e assim nos expandimos, nos libertando das amarras da visão limitada.
Assim te desejo, com todo o frescor dos dias quentes, como um líquido refrescante que acalma a alma nos dias frios de inverno. Que seja uma explosão de sabor ao estalar entre meus dentes e um toque teu que me relaxa suavemente, como se me transportasse para um estado de tranquilidade profunda.
Eu sou o retrato daquilo que às vezes está cheio, derrama ou encontra-se vazio. De barro, frágil e nascido da terra. Eu sou minhas próprias lembranças e às vezes as evidencio, apago-as ou deixo o sol brilhar sobre elas.
A importância do umbigo não é para se olhar; ele está lá para nos lembrar que existe um laço entre nós e nossa mãe e, por fim, entre todos os seres humanos.