Coleção pessoal de Allanaverena

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ALEATORIEDADE

Me perdoe por eu ser diversa, mas eu não sei ser uma só, um padrão previsível e estável, eu sou aleatória de natureza, eu não tenho ordem, sou confusa e confundo pessoas, eu não sei o que é ter uma vida organizada, porque na maioria dos casos o que eu planejo segue um outro rumo, as coisas são tão inesperadas que se eu jogo uma caneta no chão corre o risco que ela volte e atinja minha cara, e as coisas são sempre um desafio, mas eu também não reclamo, quando tudo parece triste eu me lanço ao mundo e procuro consolo na arte, Configurar minha vida seria um desperdicio de descobertas

SER QUEM EU SOU

Eu quero a aventura e magia de ser quem eu sou
as vezes eu não sei quem sou, eu queria me conhecer como as outras pessoas, mas eu estou o tempo todo sentindo coisas que eu não entendo, como se eu fosse incapaz de conhecer meu próprio mundo, uma estranha que vaga em um universo de emoções nada estáveis,

INQUIETUDE

eu sou o desejo inquieto de venerar cada segundo, sim, eu sou um ser cujo olhos só refletem incertezas, medos bobos, e sensibilidade caótica, paixões vulgares e incomum, sou a loucura fugindo da sanidade,
Transmito-me em tons e sons, em palavras e escritas, faces e expressões, agoniso meu querer, em cada gesto me tomo em queda de meus tormentos, até quando me refaço me despedaço
e mesmo se tivesse dúzias de mim, ainda assim, seria poesia

MEMÓRIAS

as memórias são como tesouros uns amaldiçoados e outros divinos, carregamos por aí, eles também pesam na soma de quem somos, e é com isso que devemos lutar (também)

UM POUCO DE PAZ

Muito de mim pede um pouco de paz, paz de espiríto mesmo sabe? Dessas que você dança e os olhos mareja de felicidade, de um instante em que as coisas não pese sobre seus ombros como as más escolhas que você já fez, eu realmente quero um minuto de silêncio que aja silêncio, porque aqui dentro faz tanto barulho, e não consigo focar só nas coisas boas quando tem tanta coisa ruim ao meu redor, eu quero a calmaria do azul do céu, e do verde das árvores, quero sintonizar meus batimentos na vida e não em ponteiros de relógios, se for possível eu quero mesmo, e se não for possível eu quero também.

Tenho medo| poema

sempre se tem algo pelo que lutar, um amor, uma ideia, ou contra uma vida vazia
tenho medo de uma vida vazia, de uma existência fútil imersa na estabilidade diária, eu tento fugir de tudo que é rotina mas é algo maior do que a gente, me faz eu me sentir um peão vagando em um jogo que não posso ganhar (não sozinha) mas eu tento resistir, eu faço qualquer coisa que cabe sentimento, eu torno o meu medo meu conselheiro, eu sei é estranho, mas devemos está sempre prontos pra usar as ferramentas que temos, resistindo a essa vida como podemos

Sentir

Estou presa a uma cadeia de sentimentos que seguem me deteriorando a cada passo, as vezes sentir é cruel, e vida até se torna perigosa, é difícil deter a sí mesmo, e a gente baila em um vendaval de desafios diários em busca de algo que nos caiba ou nos suporte com todos nossas frustações, somos omissos de nossas emoções, gritamos quando estamos com raiva, choramos quando sentimentos tristeza, e rimos quando estamos felizes, é uma mistura de sonhos travessos. Eu tenho saboreado o gosto de ser triste, e amarga

Sempre fui fascinada pela vida e seus mistérios, sempre quis saber mais do pouco que sabia

Razões

Somos tão pouco e ao mesmo tempo tão muito
penso que a poesia tem que ser disseminada,espalhada em todos os cantos, de todos os modos, ela é como uma chave que desperta o nosso melhor, nossa verdadeira natureza e está no que sentimos, somos bem mais que um pedaço de carne viva, somos uma pequena faísca, mas com um interior infinito

Quem mandou eu ser intensa

Sentimentos virados do avesso,
Sentindo cada gota da minha própria intensidade
Logo eu que me dizia ser tão intensa
Estou provando do meu próprio veneno
Ora intensidade ora insanidade
Arde e tão pouco deixa descansar,
estremece a alma, e dobra os sentidos
num ápice de loucura infâmia,
eu me deixei levar pelas minhas tolices otimistas,
e talvez agora esteja me levando pelas tolices pessimistas
Dois mundos em uma pessoa
sei que ninguém há de entender,
pois procurei palavras para explicar
mas nenhuma chegou a tamanha intensidade do que estou sentindo.

Nostálgico

vejo detalhes que a vida me põe e me lembra de tantas coisas que não consigo descrever, mesmo com os embaraços e remendos de minhas próprias lembranças, tudo parece atemporal, porque as coisas me tocam de um jeito tão nostálgico, sinto que estou aqui, mas minha alma não é daqui, que veio de eras asperas e antiquadas, sinto que meu gosto pela simplicidade é minha herança, e o meu legado, sinto tantas coisas que se pudesse numeraria, mas não se pode organizar o abstrato

EFÊMERA NATUREZA

Somos todos seres de natureza efêmera, imprevisíveis, giramos em torno de nossas próprias icógnitas eu digo isso porque no fundo eu só quero explodir o que tou sentindo nos meus versos para que essas coisas não me atormentem mais, e nem atormentem os que estão a minha volta, eu vivo morrendo e renascendo a todo instante, as borboletas tem uma só metamorfose durante a vida, e eu tenho várias, basta horas e eu já não sou mais a mesma, eu já tentei me curar dessa vida efêmera, mas isso tambem é o belo de se viver, é de não ser descoberto e se descobri a cada instante, é entender que você tem milhões de versões por dentro e tenta ser a melhor delas, e o jeito é ser, e ser tudo que der vontade

MORTE POÉTICA - Allana Verena

somos humanos e com mil guerras por dentro, cada dia uma luta, uma morte poética
cada dia eu perco um pedaço de mim nessa luta, cada dia eu morro diferente e acordo de novo, a gente vive alimentando uma chama no peito, uma esperança fugida de que as coisas sempre vão da um jeito de melhorarem que minha chama apague, eu vivo saindo dos trilhos como um trem desgovernado, mas no final é isso que é a vida, é está bem em uma hora, e desabando na outra