Coleção pessoal de alineoliveirab
ENCERRANDO CICLOS
Desprender, soltar, deixar ir o que tem que partir.
A dor do fim reprime e eu não consigo dizer adeus.
Adeus às boas lembranças
Adeus ao amor
Eu esperei por algum tempo o reconhecimento do meu esforço.
Foi em vão.
Encerrando ciclos, não sei como fazer isso
Mas eu preciso
Não por causa do orgulho ou fraqueza
E sim para que outras lembranças tenham espaço dentro de mim
O SILÊNCIO
O tempo fechou
As nuvens pretas tomaram o espaço de todo o céu azul.
O sol foi embora, não vejo a lua.
Começou a chover.
Me calo, mas grito em silêncio
Mudo o foco, mas o grito ainda arde meus ouvidos.
MAIS UM
Sintomas anormais são notados
Um teste revela o que há.
Algo novo está se formando.
Uma sorriso largo se abre e os olhos não se contém em lágrimas
Espectativas então são criadas
Cenas são repassadas várias e várias vezes.
Ah, que dádiva!
Agora sim viverei o que tanto sonhei.
De repente um sinal
Todavia, não parece ser algo normal.
Está tudo bem, a alma afirma para si
O corpo reage, a apreensão se torna cada vez mais forte
A resposta não era a que eu esperava.
Não está tudo bem.
O novo se foi.
Os olhos novamente não se contém em lágrimas
Toda aquela alegria se tornou em pranto de dor
Mais um aborto começou.
27 Outonos
Já são altas horas na madrugada de uma sexta feira fria e silenciosa.
O tempo vai passando e os dias parecem tão curtos,
Porém ao mesmo tempo monótonos.
27 outonos, onde as folhas caem e os dias ficam mais escuros
Avisando que o inverno está para chegar.
A beleza transforma-se em feiura, e a juventude em velhice.
Deixe-me suspirar pela vida
que reflete no meu ser.
Assim, penso nas horas
que não posso mais perder
e nas que eu perdi tentando me encaixar.
Me deixem ficar aqui, sozinha no meu quarto refletindo como é bom agradecer pelo bem que é viver, vivendo.
Obrigada!