Coleção pessoal de alexandreparanhos

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Não precisamos de permissão para sermos maiores do que o espaço que ocupamos no universo.

Nada que jogue pra cima / caia machuque / cicatrize e descasque / que não deixe marca / mas lembraremos para sempre / do salto e da queda.

Meu caminho é onde piso / não vou adiar pisa-lo / asfalto tambem gasta.

A lua pode ser mais quente do que o sol / só depende do angulo em que ela é vista.

Deixar de insistir nunca vai ser desistir.

Consciência tranquila nos faz dormir bem até do lado oposto da cama, com a cabeça no reto e os pés no travesseiro.

A noite nada mais é do que um pé de cuturno amassando o dia numa quina qualquer / nada especial.

Hoje só consigo algumas gramas do que vem a ser o eco de meus pensamentos.

De repente amar é teorema, pura lógica, de repente amar é aplicar, mas assim como a matemática na distância dos livros, se esquece como que faz, se esquece como é amar, na distância de quem sabe o que é amor.

Para definir uma pessoa, não basta apenas observar o tom das roupas que a mesma espoe no varal. É preciso essa tal sensibilidade.

De que adianta chorar e molhar por fora, por dentro seca.

Amaldiçoado é o coração que sofre de fratura esposta.

Na vida ah uma grande ampulheta desnecessária, se eu pudesse a quebraria.

A lembrança arde feito azeite quente quando respinga na pele.

A vida é uma cachorragem/ Uns latem fingindo raivoso / uns raivosos se calam fingindo acoados/ Ambos animais

Escrevo para descascar as feridas, não necessariamente as minhas.

Coração insólido, ora plumas de pavão, ora cabeça de avestruz.

Deixe que o tempo cure essa ferida cavada a culpas jogadas sobre você.

Livra-te dessa frieza antes de cogitar deitar em minha cama quente.

Essa noite dormi no chão / essa manhã acordei no teto.