Coleção pessoal de alessandrahorta
Me entrego inteira
porque te quero
apagando a fogueira
que acendeu em mim,
quando te conheci.
Loucura é esse intento
e quase tormento quando,
em meus apelos atrevidos,
não te posso amar assim,
tão loucamente!
Me vejo ilha,
compartilhando
sozinha
sentimentos
e amando,
voraz!
Me desprendo das amarras,
volto a ser quem era,
me sinto bela.
Em um pequeno espaço
de tempo
amo, junto meu corpo
e me enrosco
àquele que quero
e espero.
Miro,
cevo,
esquento!
CÍRCULO
(06/04/20011)
Oriundo
mundo
profundo,
rotundo,
fecundo,
onde circundo
vagabundo.
Num segundo
me afundo,
aprofundo,
inundo e
abundo
fundo...
redundo!
Um anjo surgiu...
Anjo de luz,
anjo de amor,
anjo de paz!
Sigo passos
e rastros
cibernéticos
e poéticos
desse anjo
que adoça minha alma,
já cansada!
Anjo alento.
Quanto amor pode caber
num coração
quase sem razão?
Amor sublime
que se exprime
em gestos,
palavras
e poemas.
Tudo que tenho são momentos vagos de um dia, ou um momento feliz.
Me equilibro, como trapezista... mas ainda não encontrei a corda que me segure!
Quanta vaidade
sonhar,
em apenas um mergulho,
lançar
a âncora
dos sentimentos.
Estacionar um momento
vadio, sombrio.
Sou peste!
Peste celeste,
quase agreste,
mas não inerte!
Aperreio é pouco,
quando me chateio!
Quero a paz,
em nome de Deus!
A paz dos meus,
e dos seus.
Aquela que traz
serenidade
quando tentam me subordinar
à iniquidade!