Coleção pessoal de Aleishow
Relevar. Verbo que aprendi a conjugar com maior frequência e que tornou a paz de espírito mais constante desde então.
INDAGANDO CERTEZAS
É possível garantir o equilíbrio entre o racional e o emocional?
E deixar que a mente sinta e o coração pense ao menos em uma de nossas decisões mais importantes?
Quem nunca trocou uma boa noite de sono para refletir sobre como seria se tivesse feito uma escolha equivocada? Ou como seria se não tivesse feito nada?
A zona de conforto vira incômodo, mas tudo que é novo também incomoda e demora a ser digerido. Não é verdade?
E se de fato nada fosse por acaso?
Se as coisas acontecem por algum motivo pelo qual o destino revelará num futuro próximo?
Se não, desistir seria a mais viável opção?
Demonstrar a fraqueza humana não seria, então, a prova de que não somos dignos da vida e de tantas outras maravilhas que Deus nos proporcionou? Gratuita e incondicionalmente?
Não seria ingratidão?
O que seria de nós se não fossem as adversidades, os problemas e as tristezas?
Como as realizações poderiam ser festejadas sem que fossem conquistadas com um mínimo de esforço? Sem dificuldades?
Por que não olhar as novas oportunidades com bons olhos?
Por que ser tão pessimista e colocar como decisivos apenas os sentimentos ruins?
Por que não agradecer só pelo fato de estar vivo e ainda ter o livre-arbítrio para tomar decisões?
Por que é tão difícil tudo isso? Mas por que as certezas também têm sido tão duvidosas?
Entre tantas indagações, uma única vontade: eu trocaria minha paz de espírito pelas dúvidas que angustiam as pessoas que amo, neste momento.
É quando deixamos o medo e as inseguranças ocuparem nossa vida que perdemos tempo ignorando a felicidade.
Agradecer a Deus por todas as circunstâncias da vida porque nenhum jorro d’água brota sem que Ele permita.
A VIDA, O TEMPO E OS PLANOS
A vida, o tempo e os planos
Passamos a vida inteira responsabilizando o tempo por amenizar nossas angústias e frustrações. “Calma que o tempo dará a resposta”, “o tempo vai passar”, “é só com o tempo”. Acredito que essa seja apenas uma maneira de motivarmos as esperanças por dias melhores novamente, não?
Eu não contesto a sabedoria do tempo e até acredito na necessidade dele, mas enquanto esperamos por isso a vida continua acontecendo. E ela não espera e precisa de novos estímulos para dar continuidade ao seu ciclo.
A partir daí entram os planos. Todo ser humano é movido ao planejamento seja ele a curto, médio ou longo prazo. Planejar o futuro, desejar conquistas e traçar metas para alcançá-las é o que realmente dá sentido as nossas vidas, diariamente.
Só que às vezes fazer planos demais pode ser arriscado e é sensato ter a consciência de que eles podem falhar a qualquer momento. Tudo é risco, principalmente quando se faz planos coletivos cuja realização não dependa apenas de nós. A queda é grande e a gente custa a se levantar, mas o mais belo é que a vida nos retorna à realidade e mostra o quanto é possível seguir em frente e começar de novo.
Às vezes é possível retomar sonhos que ainda não foram concretizados. É permitido ser feliz de formas diferentes que ainda não conhecíamos e para isso basta acolher as oportunidades. Se você tem ao que se apegar então [fé, família, amigos, alguém especial] isso se torna mais fácil, na verdade bem mais fácil.
Fazer novos planos é um grande aliado no combate ao sofrimento. Porém é importante reconhecer que sofrer também é importante, pois embora não pareça, nos faz mais fortes e experientes tanto quanto os arrependimentos.
E depois de tudo isso, em algum momento, vamos entender [e eu espero firmemente por isso] que ao longo da vida nunca houve tempo perdido, apenas tempo pouco aproveitado, mas que nada deixou de ser um grande aprendizado.
Se não conseguimos mais combater nossos monstros interiores, talvez seja a hora de permitir que o destino se encarregue da luta.
Saiba que você nunca será o melhor, porque sempre haverá alguém melhor que você em algum aspecto. Na humildade, por exemplo.
Amar é tão bom! As pessoas deveriam desfrutar mais desse sentimento e não falo de amor ao próximo, sobretudo, falo de amor-próprio.