Coleção pessoal de AleFenix

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⁠Escrevo sobre o que me aflige,alegra e me toma.
Não sei dizer a quantas anda minha direção.
Sou desenfreada e suscetível,choro ao som de canções nostálgicas e por dentro,grito.
Me decifrar não é um feito.Sou clara como água limpa e turva como um céu nublado, mas quem me ler,terá uma biografia complexa,porém sonhadora,sexualmente voraz e humanamente sofrível.
Empática e contraditóriamente,individualista.
Entregue,porém,exigente.
No fundo só quero ser notada,não vista.Por que ver é diferente de notar e tocar é diferente de sentir.
Meu nome é Ânsia e sobrenome,carência.

⁠Era tudo tão simples.
Pés descalços,unhas por cortar,cabelos emaranhados e a cabeça nas nuvens.
Haviam sonhos nos quais acreditávamos e a penúmbra da noite,indicava aconchego,carinho de mãe e uma ótima noite de sono.
Sorríamos de situações improváveis e sequer cogitávamos preocupações de ordem financeira ou sentimental.
A professora,o colega de classe,primeiro amor,tudo era tão único e intenso!
Sonhamos com nosso futuro e acordamos nu'um pesadelo.
Só desejei crescer e todo prazer de viver diminuiu,enquanto as dores só aumentam.

⁠Não julgue minha sofreguidão.
Seu tempo ja se foi ou ainda ei de chegar.
Sabendo da doçura e do amargo a que me propus,creia que irá entender minha persistência.
Cada um ei de viver,a seu tempo e a sua maneira.Uns lavados até a alma,salgados de lágrimas e/ou adocicados pelos beijos.
Não se pode fugir,é tão certo quanto a morte(literalmente).

⁠Ouço falar em melhorias e simultâneamente,em tragédias.
Um misto de fé com incredulidade,a humanidade adoecida,moral e fisicamente.
Todo o veneno sendo disseminado debaixo de nossos narizes e a inércia,comodismo e conformismo,atracados ao corpo e alma como sanguessugas.
Foram cruéis o holocausto,apartheid e todas as mazelas a que fomos submetidos mas essa a que estamos aceitando agora,passa do contexto "humanamente" suportável.
E permanecemos dormindo ao som da marcha fúnebre.

A noite é voraz e rápida,isso quando a plenitude nos é rotina e os pensamentos ,sóbrios.
O inconformismo em não sermos suficientes,na luta diária em agradar e doar-se⁠,na inconsistência das palavras e ações do outro,é ali que nos encontramos enquanto a chuva cai na vidraça e o sono não vem.
É árduo e quase suicida!!
Fugir não é a melhor saída ,ja que tudo continua aqui dentro.

⁠Quisera eu,não sentir nada.
Quisera estar alheia a tudo que remete aos sentimentos e escravidão.
O cérebro trai mais que o próprio coração,não se desvia dos pensamentos,tampouco da fé no outro.
Idiota pensar que a reciprocidade é obrigaçao pois é exatamente neste ponto,que erramos.