Coleção pessoal de AlbaAtroz

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⁠Não consegui tudo aquilo que dei para ter

⁠Versejo não somente minha coragem, mas também o meu medo
E o que te diz meus versos ou o que te escrevo?
Esta minha literatura que busca teu apreço,
O que te suscita neste ensejo?

Versejo o que o ensejo suscita-me...

⁠Não basta apenas estar sentindo aqui, tenho que, através da escrita, existir aí ou lá; viver em outros; transitar minhas ideias e ideais pelas mentes; confluir e desvelar as dores, incitar amores e o que mais aprazer ou descontentar os sujeitos...

⁠Não se angaria conhecimentos para mantê-los presos em nós - externá-los e difundi-los é a meta principal...

⁠Infelizmente, nenhum dos nossos se mantém ou sai deste ringue sem carregar visíveis marcas de duras lutas travadas.

⁠A sua insatisfação é a satisfação de alguém sonhando em chegar pelo menos onde você chegou. Sua felicidade pode ser a tristeza daquele acima de você na criada cadeia social.

Veste-se um mundo e desnuda-se outro.⁠

⁠De mim esmoreço - de mim adoeço
Comprimo os meus lábios, chacoalho a cabeça
Mas não me abandona este peso.
De tão cortante título, carregá-lo é sacrifício
Eu nem sei se poeta é aquele horizonte que chacoalha-me
Mas aqui dentro me desperta a todo momento num grito

"Inverter ordens e sequências do escrito original, sinonimizar e incorporar em um fundo falso, são as técnicas mais utilizadas pelos plagiadores"

⁠"O plagiador saúda o autor original com um ósculo no Getsêmani"

A dor de ter sido plagiado é um dos mais duros golpes literários de que padece o autor original⁠.

Grita o meu erro e cala-se em meu acerto - o contrário é um caso exponencial.

Um aviso prévio sobre uma perda futura, faz-nos viver um presente consternado...

Vivi boa parte da vida ouvindo a objetividade alheia dizer-me que a minha subjetividade nunca me levaria a lugar algum...

Pra uma mente diversificada e vibrante, liberta de amarras, com tantas grandes ideias pululando, num fluxo enlouquecedor, é impossível não observar a superficialidade dos assuntos e não agir em detrimento de tolices como também não criticar ou rechaçar ideias tolas demais...

Vítimas ingênuas, inseguras, tomadas por um medo imaginário, não se unem a ninguém que queira entrar em confronto com o opressor, mas se unem contra quem tentar libertá-las do opróbrio que o próprio opressor, alienador, incutiu ser uma condição normal, uma justificativa pra elas se manterem vivas...

Cedo ou tarde nos rancam à força do nosso chão e instalam uma triste saudade no lugar...

É chegada a hora de se posicionar, encarar estrategicamente a dura e vil realidade de frente, se quisermos ter, nem que seja, uma mínima possibilidade de vencê-la.

Estamos a bordo, em acomodações de terceira classe, é claro!, de um luxuoso e excludente navio que, em caso de naufrágio, não nos oferecerá bote ou colete salva vidas...