Coleção pessoal de AgostinhodeHipona2

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⁠"A desesperança nos homens é um dos melhores antídotos contra a tristeza continuada — e aparentemente sem sentido — que alguns chamam de depressão".

⁠"A longo prazo, o idiota letrado é mais daninho para um país que o político corrupto".

⁠"Os maus, não conhecendo retamente a si mesmos, não podem verdadeiramente amar-se, pois amam o que pensam ser [e não o que são]".
SANTO TOMÁS DE AQUINO
("Suma Teológica", II-II, q. 25, art. 7)

Algumas premissas e corolários estão implicados no que diz Santo Tomás nesta passagem: (1) há nos maus uma desordem no conhecer e no querer; (2) os maus – a saber, os que ordinariamente não têm reta intenção no agir – estão sempre enredados nalgum tipo de auto-engano, julgando ser o que não são; (3) aos maus está vedada a felicidade, pois ninguém pode ser feliz em desacordo com os dados da realidade; (4) os maus se fazem cegos ao mundo superior dos valores, pois orbitam em torno de conveniências e interesses medíocres, tópicos, autocentrados.

Decerto todos nós carregamos zonas de sombra n'alma, no sentido de que nos conhecemos imperfeitamente. Porém o que está aqui em jogo é uma maldade mais decisiva, mais profunda que a do vulgo, um tipo de cegueira mental inviabilizador da pessoa humana. Como diz Garrigou-Lagrange, em seus solilóquios o egoísta elabora pensamentos errôneos a respeito de si mesmo e das demais pessoas, que o levam a uma trágica morte psíquica. Trata-se de um diálogo interior eivado de enganos e conducente à derrota existencial; daí podermos dizer que a tendência da maldade é retroalimentar-se, piorar com o tempo.**

O trecho aludido da "Suma" vai além, quando o Aquinate frisa que, por sua vez, os bons, conhecendo-se veramente a si mesmos ("boni autem vere cognoscentes seipsos") alcançam a região de interioridade distintiva da nossa humana condição. São profundos, têm reais dilemas, procuram melhorar os critérios de suas ações e escolhas, etc.

No decorrer da vida, o melhor que pode suceder a uma pessoa é ir alcançando aos poucos o estado habitual de veracidade, no qual pode contemplar a realidade com olhos de ver. Neste caso, o sujeito ama não o que pensa ser, mas o que é.

Sem isto não há bondade possível.
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** A maldade não é a caricatura dantesca que se costuma fazer dela. No homem, todo e qualquer distanciamento do amor implica distintos graus de maldade.

P. S. Numa circunstância como a que me encontro, triturado de maneiras diversas, vejo quão abençoado é ver com clareza os meus próprios desvios ao longo da vida, percebendo quantas vezes não fui tão bom quanto devia ser. E mais: é razoável supor que, se voltasse atrás, provavelmente cometeria os mesmos erros, por fraqueza.

O melhor, contudo, é saber que posso pedir a Deus a graça de vencer-me a mim mesmo".

⁠"No Brasil, a única certeza socialmente aceita é a da opinião".

⁠"A verdade morre no reino da opinião".

⁠"O otimismo dos idiotas é o fermento das revoluções".

⁠"O perspicaz, quando se põe a adivinhar o coração alheio, transforma-se em suspicaz; daí a que sucumba à injustiça é um pulo. É muito simples: esperteza demais descamba, invariavelmente, nalgum tipo de maldade.

Entre os que supõem conhecer as motivações dos homens estão os murmuradores, os detratores, os de língua bífida.

É uma escória que confunde sagacidade com malícia".

⁠"Em tempos de decadência, a solidão moral é o refúgio dos homens de bem".

⁠"O futuro de todo crápula é apagar o seu passado".

"⁠No Brasil, o que mais avança é o atraso".

⁠"O ateísmo é a superstição que tem a Deus por objeto".

⁠"Todo covarde é jactancioso".

⁠"A liberdade humana manifesta-se mais belamente em não querer do que em querer".

⁠"Diminuir voluntariamente os quereres é a expressão sublime da liberdade humana".

⁠"Não poder odiar é o signo maior da onipotência divina".

⁠"Se o demônio fosse onipotente não conseguiria odiar".

⁠"Ódio é impotência cega".

⁠"A susceptibilidade eriçada e politicamente correta dos dias atuais transforma divergências em inimizades irrevogáveis".

⁠"Em questões de consciência, é sempre melhor errar com as próprias convicções que acertar com as alheias. Neste último caso, o aprendizado é nenhum e o acerto tem escassíssimo valor moral".

⁠"A imensa maioria dos homens vive com a audácia com que não se atreveria a morrer".