Coleção pessoal de AgostinhodeHipona2
"Ninguém jamais se arrependeu de manter a paz interior; de tê-la perdido todos se arrependem, cedo ou tarde".
"O genuíno amor é pródigo no que dá e insatisfeito com o que deu. Se uma pessoa acha que deu tudo, é porque amou pouco".
"Ou a erudição serve ao amor, e à humildade que é o seu instrumento próprio; ou serve à soberba – e por conseguinte à vaidade, que é o seu sintoma agônico".
O malicioso começa por ver o bondoso como alguém ingênuo, e termina por odiar não apenas a bondade, mas a pura e simples idéia de bondade.
"Os ciúmes não podem ser piores do que quando são a própria vaidade a tremer de ódio.
Na escala das glórias nanicas, a vaidade espiritual leva a palma de ouro, seguida da vaidade intelectual. Não é por mero acaso que nos ambientes intelectualizados imperam a murmuração, a detração e a calúnia, nesta ordem".
"A alma genuinamente devota não exibe a sua devoção como se fora um troféu. É discreta, contida, austera, quase envergonhada do amor que traz no coração.
Como diz Santo Tomás no belo comentário que fez a um Salmo, há lágrimas que lavam delitos ("lacrymae lavant delictum"), e estas são justamente as da alma devota — que chora compungida por não se sentir à altura do amor que sente, ao qual quer fazer jus.
Tamanha delicadeza só é possível em segredo; só Deus a pode ver".
"O perseverante é fiel aos princípios em quaisquer circunstâncias; o obstinado, apaixonado pelas circunstâncias mesmo quando estas atropelam os princípios".