Coleção pessoal de AgostinhodeHipona2
"Nas grandes crises e nas dores em geral, mesmo entre cristãos é difícil aceitar que, na infinita escala de bens e males que há na realidade,** tudo concorre providencialmente para o bem. Somente quem aceita o mistério e compreende esta difícil verdade consegue dar graças a Deus no infortúnio e nas derrotas, pois crê na infalibilidade da divina providência.
Estrepar-se pode até ser sublime, mas não para quem vive sob o peso moral da mediocridade.
O sofrimento é o ordálio de fogo da fé, como também o modo próprio de aperfeiçoamento das virtudes, a começar pela fortaleza (que suporta) e pela temperança (que modera), ambas plasmadas na luta".
"O nível de discórdia numa sociedade é proporcional ao declínio do padrão de inteligência dos seus cidadãos, pois nestes casos perde-se a percepção comum das evidências básicas que dão coesão ao corpo social. O resultado disto é que a maior parte das pessoas deixa de amar e de odiar as mesmas coisas, passando as contendas e a desconfiança a ter livre curso.
Em breves termos, onde o nível médio de inteligência é baixo, não há verdades comuns reconhecidas; onde não há verdades comuns reconhecidas, as pessoas não amam as mesmas coisas; e onde as pessoas não amam as mesmas coisas, a tendência é que se odeiem umas às outras.
Neste cenário, os legisladores – também facciosos e cegos – criarão um corpo jurídico que potencializará a discórdia.
As trevas, o caos, a prostituição das consciências e a maldade são o canto do cisne dessa sociedade de pessoas idiotizadas".