Coleção pessoal de AdrianoHungaro
Existem coisas ditas como imperfeitas e outras como perfeitas. Certamente que todas as adversidades que a vida nos apresenta podem ser ditas realmente como: imperfeitas. Todavia, o nosso encontro, a nossa química, a nossa cumplicidade e a sintonia que temos... são simplesmente: perfeitíssimas! E essa perfeição jamais perderemos!
Não precisa ter tempo, precisa apenas e tão somente ter intensidade, a maior intensidade possível. Porque é preferível passar poucos segundos de intensidade que séculos sem intensidade alguma.
Fui ali no céu brincar com as estrelas, domar cometas e saltar buracos negros. Um dia me encontro, um dia te encontro. Um dia além dos céus, além de nós.
Você pode até conseguir tirar minhas cores, meus sons e meu ar. Você pode até conseguir tirar meus sóis e minhas noites estreladas. Todavia, jamais conseguirá tirar de mim meus sonhos.
Existem dois tipos de mulheres: aquelas que gritam para chamar a atenção e aquelas que chamam a atenção sem dizer uma palavra.
Já vi muitos carvões virarem diamantes. Todavia, nunca consegui ver nenhum diamante que tenha virado carvão.
SONETO DOS TEUS BEIJOS
Que sejam para sempre bem molhados
Molhados e com gosto adocicado
Teus beijos em mil beijos bem selados
Teus lábios beijam sempre apaixonados
E além de serem doces e molhados
Que teus beijos sejam em mim despudorados
No toque tão lascivo do pecado
Teus beijos para sempre eternizados
Eu quero ter teus beijos minha amada
Com boca, com tua lingua, com teus lábios
Ter sempre esses beijos bem selados
Bons beijos com o gosto do pecado
Teus beijos entre nós despudorados
Na certeza de um beijar apaixonado
SONETO DOS BEIJOS MOLHADOS DE MALDADE
Era uma vez um amor
Que fez da dor sua morada
Um amor que desamou
No desamor de uma estrada
E no desamor fez história
E dela uns mil poemas
De cada poema brotou
Mil lágrimas, dez mil dilemas
E as lágrimas por pura vaidade
Na boca molhada beijaram
Por desamor e maldade
E o beijo por pura maldade
Nas bocas tão doces que esteve
Deixaram salgadas saudades
AMAR EU SEMPRE AMEI
Amar... quantas vezes eu amei,
Em tons e cores, edredons, sabores.
Amar de modo indefinido,
Amar sinceramente, de modo lindo!
Um amar inexplicável, um amar mais que bonito
Entre rosas e primaveras, um amar de eras...
Um amar tão lindo, que só se pode
Compará-lo ao fim do infinito!
Um amar cheio de certezas, cheio de clarezas
Um amar sem procurar respostas.
E esse amar como eu amei,
Em versos refinados, em belas prosas.
Amar eu sempre amei; entre poemas e rosas
Entre a magia inexplicável de saber que se sabe amar
Sem precisar saber respostas; de forma indefinida,
Só a forma de amar, a de amar por toda a vida!
SONETO DO AMOR NA PRIMAVERA
Dá-me todas tuas rosas nesta nova primavera
Dar-te-ei em troca muito mais do que esperas
Dar-te-ei luz, novas cores, novas eras
E meu amor, muito mais do que quimeras
Por tuas rosas, dar-te-ei a minha vida
Dar-te-ei tudo, tu serás minha querida
Para sempre a minha amada
Pela simples poesia desenhada
E nos caminhos mais floridos, dar-te-ei dias tão lindos
Entre todas tuas rosas, dar-te-ei a minha prosa
Dar-te-ei o meu estar e a razão mais exata de sonhar
Nessa nossa primavera, muito mais que tuas rosas
Dar-te-ei o meu calor, dar-te-ei todo meu ar
Dar-te-ei o meu amor, simplesmente por te amar
SONETO DOS POEMAS MAL ESCRITOS
Quanta bobagem eu leio em teus poemas
São poemas que, para mim, não dizem nada
Eu prefiro emudecer e não escrever
Se tiver que desenhar tuas vãs palavras
Teus poemas são de fato: inexpressivos
Os teus temas quando lidos: doem ouvidos
Os teus versos são no fundo: mal escritos
E vive-los faz brotar - um mal sentido
Teus poemas são lamentos e tristezas
Lá no fim, só demonstram tua pobreza
Sem contexto, sem paixão, não têm clareza
Então veja e emudeça nas palavras
Teus poemas - mal escritos - causam náusea
Sem vernáculo, sem idéias e sem alma
SONETO DO POEMA DO AMOR ETERNIZADO
Se te escrevo um verso de amor
Ele será para sempre um verso amado
E dentro de mim pode haver só dor
Mas é a dor do meu amor, não te doado
Se te desenho enfim, novo poema
Para mim há sempre nele um belo tema
Um poema de amor eternizado no infinito
O teu poema de amor sempre tão lindo
E que ecoe para sempre e por toda a vida
Na hora alegre da chegada ou
Na hora triste da fria despedida
O meu poema desenhado é para ti poema amado
Poema que te escrevo por nosso amor
Por nosso amor... para sempre eternizado!
RECEITA DE UM AMOR
Precisa ter carinho, precisa ter abraços.
Precisa ter palavras e gestos delicados.
Precisa ter bons beijos, precisa ter desejos,
Precisa ter paixão, queimando o coração.
E precisam ter sorrisos e muita alegria...
Precisa ter juízo e sempre compromisso.
Precisam ter ajustes e alguma inquietude;
Não pode ter tolices e nem viver mesmices.
E precisa mais que isso.
Não pode existir dor e nem ter falsidade...
Precisa existir sempre... verdade, só verdades.
Para manter um grande amor...
Precisa ter postura, ter doses de loucura
E bom jogo... bom jogo de cintura.
SONETO DOS TEUS ARCO-ÍRIS
Que nunca sejam gris teus arco-íris
Que tenham muito mais que sete cores
Que tenham muito mais que amplitude
Que a vida que colorem seja doce
E doce eternamente em bons sabores
Brilhantes num jardim cheio de flores
Radiantes e refletindo sentimentos
Gravando para sempre bons momentos
E que as cores se espalhem pela terra
Perfumadas pelas lindas primaveras
Renovadas pelo amor que te espera
Tuas cores de arco-íris radiantes
Coloridas nos caminhos, cintilantes
Preciosas como os grandes diamantes
SONETO DO SONHAR EM TE AMAR
Sonhar que vou te amar não é sonhar
Não é... e nem jamais será uma quimera
Sonhar que para sempre vou te amar
É como acreditar na tua primavera
E nessa infinitude dos sonhos
Indistintamente, passam-se as eras
Passa todo infinito de esperança
Passa toda a energia da matéria
E o meu sonhar em te amar
Não passa e nem se acaba
Ultrapassa a vida mais concreta
Sobrepõe-se a toda vã espera
O sonhar em te amar, não é sonhar
Não é... e nem jamais será uma quimera
ESSE AMAR É MINHA PAZ
Pode ser que entre nós
Não exista quase nada
Que os olhares que nós demos
Nunca virem duas palavras
Pode ser que tudo é vão
Que assim é vã a espera
Pode ser que entre nós
Nunca existam primaveras
Pode ser que o nosso encontro
E sua grande infinitude
Nunca passe de quimera
Seja apenas - gesto rude
Pode ser que seja isto
Pode ser um pouco mais
Mas até eu concluir
Esse amar é minha paz