Coleção pessoal de Adalbernardes
A caneta e o papel
São os meus melhores amigos
Minha diversão logo começa
Quando preencho estes espaços vazios
Fom
Cram
Toc
Bam
Zing
Zoing
Trim
Toing
Ploft
Zapt
Drim
Plaft
Vrum
Cabrum
Tic
Tac
- Mas o que é isso?
- Que ideia é essa?
- Isto não é nada
- É só uma Onomatopeia!
Palavras
Todas grifadas
Todas faladas
Todas usadas
Todas estudadas
Todas marcadas
Todas engraçadas
Todas guardadas
Todas acabadas
Todas sem mágoas
No meio do nada
Tudo muda
Até à própria mudança
Com o tempo
Elas permanecem as mesmas
Mudando tudo
Exceto à própria mudança
- Parece que está faltando alguma coisa no mundo
- O quê?
- O amor
- Mas o amor precisa de alguém para amar....
- De quem o amor precisa?
- De você!
A guerra é
O jovem cansando
E o velho lucrando
O jovem chorando
E o velho cantando
O jovem morrendo
E o velho falando
- O que é a vida?
- Um jogo para nos fazer sofrer.
- O que é o sofrimento?
- Um jogo para nos fazer viver.
- O que faremos então depois de viver?
- Correr atrás da eternidade, pois antes da morte a vida não descansa. Na vida só o imprevisto é certo. Então... vamos!
- Para onde?
- Para a eternidade.
- Fazer o quê?
- Viver de verdade.
O Bem e o Mal
Eles estão em todo o lugar
Basta procurar para os encontrar
Não estão acima nos céus
Não estão embaixo no mar
O Bem e o Mal
É fácil os encontrar
Estão dentro dos corações dos homens
É só saber o que escolher
E decidir qual deles deseja explorar
Encontre a dama
Ela deve estar aqui ou ali
Ela está voando no ar
Encontre a dama
Ela vai sorrir ou sonhar
Ela está esperando seu par
Encontre a dama
Muda daqui
Muda dali
Muda pra cá
Muda pra lá
Mudam as coisas
Mudam as pessoas
Só para estar
No mesmo lugar
A visão da chuva caindo
Os olhos da menina chorando
As lágrimas do rio que sai
Dela secando o pranto
Do outro lado da Lua
Espreito-te ó sorte
Fostes minha fugitiva
Como eu sou da morte
Ei-la de pegar-te
E com todas as forças
Abraçar-te
Tudo que preciso
É só um pouquinho de sorte
Nada para fazer aqui
Nada para fazer ali
Nada para fazer em nenhum lugar
Em nenhum lugar
Nada para fazer
Não sou Mário Quintana
Piorou ser Manuel Bandeira
Agora não sei quem vai escrever
O poema de minha vida inteira