Coleção pessoal de Abreu2010

Dinheiro não compra amigo
Sua falta o faz perdê-lo
Ele a se esvair, sumir, evaporar
A lhe deixar, no breu, sem zelo...

Seu mundo ruiu
O amor acabou
A distância o traiu
Era o mal o vencedor
Que até o bem, destruiu!

Se libertar é se dar numa lente de aumento.

Tem Sbrobo de todo jeito
Até no formato do seu coração
Qualquer tamanho, sempre perfeito
É só querer, pode até enrolar na mão.

E enxergo vida, nas ondas, a espumar
Mas no chocar das pedras, sinto tua dor
A nos unir, no machucar intermitente
Forte, não choras, e diz que nem sentes.

Num passado não tão recente
Teu vermelho era sangue-azul
Num sofrer profundo, inclemente
Hoje é quase todo rubro, até Jesus!

Nunca, nunca te vi tão linda
Tão arrumada e bem vestida!

O amor, igual a tarde, arde e passa
E como o tempo, esvai-se na hora tardia
A dor que fica, no coração se instala
Se juntando às dores que nele existia.

Viver é somar as dores e dar-lhes cores.

Em teu âmago, varri a língua, lânguida
Primeira vez, a sorver-te, tudo obsessão
Lépido, ágil como um coelho, certeiro
Acertei em cheio tão secreta molhação.

A fofoca, igual serpente venenosa, rasteja pelas veias dos fracos, tolos e ociosos.

Enxergo o viver pela excepcionalidade de mais um dia vencido, vivenciando a intensidade de cada segundo curtido, na certeza de solução para cada problema encontrado, tirando proveito a incorporar, da vida, todo aprendizado.

Havendo amor, toda perseguida é cheirosa flor.

Manter o pecado em segredo sepulcral não o exime da culpa.

Por mais que existam bifurcações, o enlevado coração sempre estará a nos encorajar pelos caminhos da emoção.

Multicor é o branco de toda paz almejada.

O branco da paz, em harmonia, mostra-se sempre em cores vivas.

Explosão primeira, fulgurou o universo; astros, gestação.

Se não cuida bem de mim um Deus, antes me cuido eu!

O rico produz o risco onde só os pobres trabalham o lixo!